Kobori com os trabalhadores metroviários - foto: Arquivo Pessoal
Os metroviários de São Paulo vão às urnas nos dias 28, 29 de agosto e 2 de setembro para eleger a nova Diretoria do Sindicato da categoria.
A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) apoia a Chapa 1 CUT/CTB, encabeçada pelo metroferroviário, Rodrigo Kobori.
Em entrevista ao site da CNTTL, o candidato a
presidente, o agente de segurança e atual secretário de assuntos
jurídicos do Sindicato dos metroviários de São Paulo, Rodrigo
Kobori, contou sobre sua trajetória de vida, de luta no
movimento sindical e de compromisso com a categoria
metroviária.
Leia a seguir:
CNTTL: A categoria metroviária vai às urnas neste final
de mês para eleger uma nova Diretoria. Conte para nós quem é o
Kobori?
Rodrigo Kobori: Eu já sou a quarta geração de
metroferroviário na família. Meu bisavô foi ferroviário da REFESA,
meu avô foi ferroviário da Sorocabana e minha mãe foi metroviária
funcionária de estação, ingressou no metrô em 1987 e ficou até 2008
quando se aposentou e sai da empresa. Eu acompanho os metroviários,
portanto, desde 1987 quando tinha sete anos de idade, frequentando
as estações. O Sindicato eu frequento desde a inauguração da sede
no Tatuapé para acompanhar as atividades de esporte, lazer e
cultura.
CNTTL: Conte-nos sobre a sua trajetória no movimento
sindical?
Kobori: Ingressei no metrô como agente de
segurança em 2001, depois de um curto período na guarda
metropolitana de SP. Cursei a faculdade de direito e fiz estágio no
depto jurídico do metrô em 2005. Após me formar em 2007 achei que
podia contribuir mais com a categoria a qual pertenço e participei
da minha primeira eleição do Sindicato compondo a gestão sindical
de 2007 a 2010. Entre 2010 a 2016 participei de algumas
gestões da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e em
2016 retornei para a gestão sindical na qual ocupo até o momento a
diretoria como secretário de assuntos jurídicos do sindicato.
Também fiz parte da direção da FENAMETRO (Federação Nacional dos
Metroferroviários) entre 2017 a 2021 como secretário geral.
CNTTL: Qual balanço que você faz da atual gestão do
Sindicato?
Kobori: O modelo proporcional colegiado, na teoria, é o
formato mais democrático e seria o ideal para a participação dos
setores que representam a categoria. Foi um formato aprovado no
congresso de 2015 e uma experiência nova para a categoria
metroviária. Contudo, a maioria da direção, composta pelas chapas
2, 3 e 4 (ligadas ao Conlutas/PSTU/PSOL) se colocou como oposição
(o que soa como estranho, já que a maioria deveria ser situação) e
com dois coordenadores gerais indicados para a direção o sindicato,
transferiram a responsabilidade de dirigir o sindicato para a chapa
1 (CUT/CTB) que é a minoria na direção. Além disso, a falta de
diálogo e interlocução política da maioria da direção com a empresa
e o governo de SP, fizeram a categoria metroviária acumular perdas
e não avançar na conquista de novos direitos. Por isso, nós da
Chapa 1 defendemos desde a eleição passada, o fim do colegiado,
através da realização de um plebiscito e que foi aprovado pela
imensa maioria da categoria.
CNTTL: Quais são as principais propostas da Chapa 1 para a
categoria metroviária?
Kobori: Queremos resgatar a confiança da categoria no
sindicato com a presença efetiva dos seus diretores nas áreas. A
categoria precisa daquele saudoso sindicato das décadas anteriores
a 2010, na qual a categoria avançava em conquistas, participava das
lutas, era respeitado no cenário político, tanto pelo governo
como pela direção da empresa. Queremos um sindicato que use o apoio
das centrais e dos partidos para a luta dos metroviários e
metroviárias.
CNTTL: A Chapa 1 apresenta uma renovação de 50%, o que isso
simboliza para categoria?
Kobori: A relação na luta de classes está diferente
do que já foi e as relações de trabalho também passaram por
mudanças. O movimento sindical e os sindicatos precisam se
apropriar das novas ferramentas de luta e organização dos
trabalhadores e trabalhadoras. O sindicato precisa estar conectado
com a sua categoria. A renovação proposta pela nossa Chapa1 busca
aproximar o sindicato dos metroviários e metroviárias. A militância
tradicional está se aproximando cada vez mais de “vestir o pijama”
como fala um grande militante da categoria (Onofre Gonçalves) e ter
o merecido descanso, mas não antes de formar a próxima geração de
lutadores. Por isso, também não abrimos mão de contar com a
experiência daqueles companheiros e companheiras que ajudaram a
construir toda a história dessa categoria.
CNTTL: Estamos em um ano eleitoral importante e decisivo.
Qual a importância de elegermos candidatas/os comprometidos com a
classe trabalhadora nas casas legislativas e no governo
paulista?
Kobori: Os trabalhadores sofreram muitas perdas
desde o golpe contra a presidenta Dilma, tivemos reforma
trabalhista, aprovação das terceirizações, reforma da previdência
etc. Metroviários e metroviárias também sofreram e sofrem a mais de
30 anos com os governos liberais do PSDB e seus antecessores. Além
das lutas dos trabalhadores, tanto os executivos como os
legislativos têm papel importante para a vida das pessoas, pois os
governantes tomam várias decisões que vão impactar nossas vidas.
Por isso, é muito importante que a gente consiga eleger governantes
que tenham simpatia por nossas necessidades e alinhados com as
nossas pautas. Para os metroviários e metroviárias é importante
encerrar esse ciclo liberal e privatista dos PSDB em são Paulo.
CNTTL: Caso a Chapa seja eleita, o que espera imprimir como
marcas da sua gestão?
Kobori: A Chapa1 propõe o resgate da participação da
categoria nas decisões do Sindicato, o resgate da confiança da base
na direção do sindicato, o empenho para atuar na defesa das pautas
de interesse de metroviários e metroviárias, o diálogo com o
governo e a direção da empresa para reduzir o acirramento e
desgaste da categoria na defesa dos seus direitos, mas sem preparar
para enfrentar os governos e a direção do metrô contra os ataques
independente de qual seja o governo. Queremos que a categoria
participe do Sindicato, queremos o sindicato defendendo primeiro os
metroviários e vamos ter o Sindicato que ouça a categoria. Quando
tivermos uma divergência de opinião vamos colocar a categoria para
decidir e seguir a decisão da maioria da categoria.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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