"Queremos resgatar a confiança da categoria metroviária no Sindicato", diz Rodrigo Kobori

O dirigente é candidato da Chapa 1-CUT e CTB do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, e conta com apoio da CNTTL

Por: Viviane Barbosa, da Redação da CNTTL
Publicação: 16/08/2022
Imagem de

Kobori com os trabalhadores metroviários - foto: Arquivo Pessoal

Os metroviários de São Paulo vão às urnas nos dias 28, 29 de agosto e 2 de setembro para eleger a nova Diretoria do Sindicato da categoria. 

A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) apoia a Chapa 1 CUT/CTB, encabeçada pelo metroferroviário, Rodrigo Kobori. 

Em entrevista ao site da CNTTL, o candidato a presidente, o agente de segurança e atual secretário de assuntos jurídicos do Sindicato dos metroviários de São Paulo, Rodrigo Kobori, contou sobre sua trajetória de vida, de luta no movimento sindical e de compromisso com a categoria metroviária.


 

Leia a seguir:

CNTTL: A categoria metroviária vai às urnas neste final de mês para eleger uma nova Diretoria. Conte para nós quem é o Kobori?

Rodrigo Kobori: Eu já sou a quarta geração de metroferroviário na família. Meu bisavô foi ferroviário da REFESA, meu avô foi ferroviário da Sorocabana e minha mãe foi metroviária funcionária de estação, ingressou no metrô em 1987 e ficou até 2008 quando se aposentou e sai da empresa. Eu acompanho os metroviários, portanto, desde 1987 quando tinha sete anos de idade, frequentando as estações. O Sindicato eu frequento desde a inauguração da sede no Tatuapé para acompanhar as atividades de esporte, lazer e cultura.

CNTTL: Conte-nos sobre a sua trajetória no movimento sindical?
Kobori: Ingressei no metrô como agente de segurança em 2001, depois de um curto período na guarda metropolitana de SP. Cursei a faculdade de direito e fiz estágio no depto jurídico do metrô em 2005. Após me formar em 2007 achei que podia contribuir mais com a categoria a qual pertenço e participei da minha primeira eleição do Sindicato compondo a gestão sindical de 2007 a 2010. Entre 2010 a 2016 participei de algumas gestões da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e em 2016 retornei para a gestão sindical na qual ocupo até o momento a diretoria como secretário de assuntos jurídicos do sindicato. Também fiz parte da direção da FENAMETRO (Federação Nacional dos Metroferroviários) entre 2017 a 2021 como secretário geral.

CNTTL: Qual balanço que você faz da atual gestão do Sindicato?
Kobori:
O modelo proporcional colegiado, na teoria, é o formato mais democrático e seria o ideal para a participação dos setores que representam a categoria. Foi um formato aprovado no congresso de 2015 e uma experiência nova para a categoria metroviária. Contudo, a maioria da direção, composta pelas chapas 2, 3 e 4 (ligadas ao Conlutas/PSTU/PSOL) se colocou como oposição (o que soa como estranho, já que a maioria deveria ser situação) e com dois coordenadores gerais indicados para a direção o sindicato, transferiram a responsabilidade de dirigir o sindicato para a chapa 1 (CUT/CTB) que é a minoria na direção. Além disso, a falta de diálogo e interlocução política da maioria da direção com a empresa e o governo de SP, fizeram a categoria metroviária acumular perdas e não avançar na conquista de novos direitos. Por isso, nós da Chapa 1 defendemos desde a eleição passada, o fim do colegiado, através da realização de um plebiscito e que foi aprovado pela imensa maioria da categoria.

CNTTL: Quais são as principais propostas da Chapa 1 para a categoria metroviária?
Kobori:
Queremos resgatar a confiança da categoria no sindicato com a presença efetiva dos seus diretores nas áreas. A categoria precisa daquele saudoso sindicato das décadas anteriores a 2010, na qual a categoria avançava em conquistas, participava das lutas, era respeitado no cenário político, tanto pelo governo como pela direção da empresa. Queremos um sindicato que use o apoio das centrais e dos partidos para a luta dos metroviários e metroviárias.

CNTTL: A Chapa 1 apresenta uma renovação de 50%, o que isso simboliza para categoria?
Kobori: 
A relação na luta de classes está diferente do que já foi e as relações de trabalho também passaram por mudanças. O movimento sindical e os sindicatos precisam se apropriar das novas ferramentas de luta e organização dos trabalhadores e trabalhadoras. O sindicato precisa estar conectado com a sua categoria. A renovação proposta pela nossa Chapa1 busca aproximar o sindicato dos metroviários e metroviárias. A militância tradicional está se aproximando cada vez mais de “vestir o pijama” como fala um grande militante da categoria (Onofre Gonçalves) e ter o merecido descanso, mas não antes de formar a próxima geração de lutadores. Por isso, também não abrimos mão de contar com a experiência daqueles companheiros e companheiras que ajudaram a construir toda a história dessa categoria.

CNTTL: Estamos em um ano eleitoral importante e decisivo. Qual a importância de elegermos candidatas/os comprometidos com a classe trabalhadora nas casas legislativas e no governo paulista?
Kobori: Os trabalhadores sofreram muitas perdas desde o golpe contra a presidenta Dilma, tivemos reforma trabalhista, aprovação das terceirizações, reforma da previdência etc. Metroviários e metroviárias também sofreram e sofrem a mais de 30 anos com os governos liberais do PSDB e seus antecessores. Além das lutas dos trabalhadores, tanto os executivos como os legislativos têm papel importante para a vida das pessoas, pois os governantes tomam várias decisões que vão impactar nossas vidas. Por isso, é muito importante que a gente consiga eleger governantes que tenham simpatia por nossas necessidades e alinhados com as nossas pautas. Para os metroviários e metroviárias é importante encerrar esse ciclo liberal e privatista dos PSDB em são Paulo.

CNTTL: Caso a Chapa seja eleita, o que espera imprimir como marcas da sua gestão? 
Kobori: 
A Chapa1 propõe o resgate da participação da categoria nas decisões do Sindicato, o resgate da confiança da base na direção do sindicato, o empenho para atuar na defesa das pautas de interesse de metroviários e metroviárias, o diálogo com o governo e a direção da empresa para reduzir o acirramento e desgaste da categoria na defesa dos seus direitos, mas sem preparar para enfrentar os governos e a direção do metrô contra os ataques independente de qual seja o governo. Queremos que a categoria participe do Sindicato, queremos o sindicato defendendo primeiro os metroviários e vamos ter o Sindicato que ouça a categoria. Quando tivermos uma divergência de opinião vamos colocar a categoria para decidir e seguir a decisão da maioria da categoria.



 



Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran

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