CNTT-CUT denuncia precarização nos serviços de moto-táxi
No último Congresso da CNTT-CUT, realizado em 2005, os delegados
e delegadas aprovaram a realização de uma Campanha permanente
contra os serviços de moto-táxi.
A Confederação condena esses serviços porque é uma forma de
subemprego, com disfarce do contrato de trabalho em que, no caso de
acidentes, o motociclista é sempre o responsável, arcando com os
danos. Já em caso de morte do usuário passageiro, cabe observar que
o pagamento de um seguro é algo impossível para a maioria desses
trabalhadores.
A implantação dos moto-táxis concorre diretamente com os coletivos
urbanos e o serviços de táxis devidamente legalizados. O impacto é
significativo sobre a arrecadação do transporte coletivo urbano, já
que o número de passageiros por linha diminui, provocando efeitos
imediatos sobre os benefícios conquistados e gerando desemprego
imediato para motoristas e cobradores.
Além disso, a fragilidade e a vulnerabilidade do veículo, nesta
modalidade, é evidente, contrariando um preceito constitucional
elementar que é o direito à segurança na prestação do serviços
públicos, seja individual ou coletivo. O Código de Trânsito
Brasileiro ignora a figura do motociclista como prestador de
serviço de transporte, também coletiva ou individualmente.
Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo, 2005, revelam que acidentes com motos matam nove vezes mais que outros veículos.
A Campanha da CNTT-CUT tem a finalidade de tornar clara a ilegalidade desses serviços junto às esferas federal, estaduais e municipais, porque a aceitação passiva desses serviços significa a precarização dos serviços de transporte devidamente legalizados.
Mídia
Canal CNTTL