A Central Única dos Trabalhadores (CUT) é uma organização sindical de massas em nível máximo, de caráter classista, autônomo e democrático, adepta da liberdade de organização e de expressão e guiada por preceitos de solidariedade, tanto no âmbito nacional, como internacional. A CUT foi fundada em 28 de agosto de 1983, na cidade de São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo, no 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora.
O QUE QUEREMOS?
A defesa dos interesses imediatos e históricos da classe
trabalhadora, melhores condições de vida e trabalho e o engajamento
no processo de transformação da sociedade brasileira em direção à
democracia e ao socialismo.
Organizar, representar sindicalmente e dirigir numa perspectiva
classista a luta dos trabalhadores brasileiros da cidade e do
campo, do setor público e privado, dos ativos e inativos.
NOSSOS PRINCÍPIOS
• Defender que os trabalhadores se organizem com total
independência frente ao Estado e autonomia em relação aos partidos
políticos, e que devem decidir livremente suas formas de
organização, filiação e sustentação material;
• Garantir a mais ampla democracia em todos os seus organismos e
instâncias, assegurando completa liberdade de expressão aos seus
filiados, desde que não firam as decisões majoritárias e soberanas
tomadas pelas instâncias superiores e seja garantida a unidade de
ação;
• Desenvolver sua atuação de forma independente do estado, do
governo e do patronato, e de forma autônoma em relação aos partidos
e agrupamentos políticos, aos credos e às instituições religiosas e
a quaisquer organismos de caráter programático ou
institucional;
• Considera que a classe trabalhadora tem na unidade um dos pilares
básicos que sustentarão suas lutas e suas conquistas. Defende que
esta unidade seja fruto da vontade e da consciência política dos
trabalhadores da cidade e do campo;
• Solidariedade com todos os movimentos da classe trabalhadora, em
qualquer parte do mundo, desde que os objetivos e princípios desses
movimentos não firam os princípios da CUT. Defenderá a unidade de
ação e manterá relações com o movimento sindical internacional,
desde que seja assegurada a liberdade e autonomia de cada
organização.
NOSSO COMPROMISSO
• Desenvolver, organizar e apoiar todas as ações que visem a
conquista de melhores condições de vida e trabalho para o conjunto
da classe trabalhadora da cidade e do campo;
• Lutar para a superação da estrutura sindical coorporativa
vigente, desenvolvendo todos os esforços para a implantação de sua
organização sindical baseada na liberdade e autonomia sindical;
• Lutar pelo contrato coletivo de trabalho, nos níveis geral da
classe trabalhadora e específico, por ramo de atividade
profissional, por setores, etc.;
• Apoiar as lutas concretas do movimento popular da cidade e do
campo, desenvolvendo uma relação de unidade e autonomia de acordo
com os princípios básicos da Central;
• Defender e lutar pela ampliação das liberdades democráticas como
garantia dos direitos e conquistas dos trabalhadores e de suas
organizações;
• Construir a unidade da classe trabalhadora baseada na vontade, na
consciência e na ação concreta;
• Promover a solidariedade entre os trabalhadores, desenvolvendo e
fortalecendo a consciência da classe, em nível nacional e
internacional;
• Defender o direito da organização nos locais de trabalho,
independentemente das organizações sindicais, através das comissões
unitárias, com o objetivo de representar o conjunto dos
trabalhadores e dos seus interesses;
• Lutar pela emancipação dos trabalhadores como obra dos próprios
trabalhadores, tendo como perspectiva a construção da sociedade
socialista.
QUEM REPRESENTAMOS?
A CUT é a maior central sindical da América Latina e a 5.ª maior do mundo, estando presente em todos os ramos de atividade econômica. Segundo os dados de março de 2004 somava:
3.326 | - Entidades Filiadas |
7.468.855 | - Trabalhadoras e Trabalhadores Associados |
22.487.987 | - Trabalhadoras e Trabalhadores na Base |
NOSSA ORGANIZAÇÃO
A CUT se organiza em dois níveis:
1 - Organização Vertical
Parte dos locais de trabalho, buscando aglutinar as atividades
afins em suas formas organizativas, dela fazem parte as
organizações sindicais de base, as entidades sindicais por ramo de
atividade econômica e as federações e confederações, também por
ramo atividade econômica.
2 - Organização Horizontal.
Tem por objetivo construir a unidade dos trabalhadores promovendo
sua organização intercategoria profissional enquanto classe em
âmbito regional, estadual e nacional. Além da estrutura nacional, a
CUT está organizada em todos os 26 estados e no Distrito
Federal.
INSTÂNCIAS DE DELIBERAÇÃO E ÓRGÃOS DE
APOIO
O Congresso e a Plenária Nacional são os órgãos máximos de
deliberação da Central. O Congresso Nacional é realizado a cada
três anos, quando é eleita a Executiva Nacional composta por 25
membros efetivos e 7 suplentes . A Direção Nacional é composta pela
Executiva Nacional e mais 83 membros efetivos representando as
estaduais da CUT e a Estrutura Vertical., escolhidos conforme o
estatuto da Central.
Para cumprir eficazmente os seus objetivos e as deliberações, a CUT
tem uma estrutura interna complexa com funções vinculadas a
Administração, Comunicação, Formação, Políticas Sociais, Política
Sindical, Mulher Trabalhadora, Relações Internacionais e
Organização. Conta ainda com comissões sobre a Amazônia, Meio
Ambiente e Combate a Discriminação Racial. Os organismos para o
desenvolvimento de políticas específicas e assessoria são a Agência
de Desenvolvimento Solidário (ADS), o Observatório Social, o
Instituto Nacional de Saúde no Trabalho (INST) e o Departamento de
Estudos Sócio-Econômicos e Políticos (DESEP). Tem ainda sete
escolas sindicais: Escola Sul (Florianópolis-SC), Escola São Paulo,
Escola 7 de Outubro (Belo Horizonte- MG), Escola Amazônia
(Belém-PA), Escola Chico Mendes (Porto Velho-RO), Escola
Centro-Oeste (Goiânia-GO) e Escola Marise Paiva de Moraes
(Recife-PE).
CRONOLOGIA DAS LUTAS
Esta é uma cronologia das principais lutas e mobilizações de âmbito
nacional organizadas pela Comissão Nacional Pró-CUT e pela CUT, com
a participação de outras entidades dos movimentos democráticos,
populares e sindicais. A sua apresentação tem um objetivo apenas
referencial, sendo que o aprofundamento das pesquisas pode ser
feito no Centro de Documentação e Memória Sindical da CUT.
1981
1.ª CONFERÊNCIA NACIONAL DAS CLASSES TRABALHADORAS (CONCLAT)
21 À 23 DE AGOSTO 1981
A 1ª CONCLAT reuniu 5.030 delegados no município de Praia Grande,
São Paulo, na primeira grande reunião intersindical realizada no
Brasil desde 1964. Como atividade preparatória, foram realizados
encontros estaduais das classes trabalhadoras (ENCLATs) em 16
estados e no Distrito Federal. No temário do congresso constava a
discussão sobre direito ao trabalho, sindicalismo, saúde e
previdência social, política salarial, política econômica, política
agrária e problemas nacionais. No plano de ação foi aprovado a
convocação de um dia nacional de luta em 1.º de Outubro e a
indicação de uma greve geral. A CONCLAT deliberou pela criação da
Comissão Nacional Pró-CUT.
DIA NACIONAL DE LUTA
1.º DE OUTUBRO 1981
Este dia foi organizado pela Comissão Nacional Pró-CUT quando foi
entregue ao Governo Militar um manifesto exigindo o fim do
desemprego, da carestia, contra a redução de benefícios da
previdência social, pela reforma agrária, direito à moradia,
liberdade e autonomia sindicais, e por liberdades democráticas.
Ocorreram manifestações em vários estados, no Rio de Janeiro, no
Largo da Carioca, e na Praça da Sé em São Paulo as manifestações
reuniram em torno de 5 mil pessoas cada uma.
1982
PROTESTO CONTRA O PACOTE DA PREVIDÊNCIA - DECRETO LEI 1910
02 DE JUNHO 1982
Grande manifestação em Brasília convocada por 388 entidades
sindicais e 4 confederações. As mobilizações se estenderam até o
dia 16/06 - data da votação do projeto na Câmara Federal.
1983
GREVE GERAL
21 DE JULHO 1983
A greve foi organizada pela Comissão Nacional Pró-CUT contra o
arrocho salarial e contou com a paralisação de cerca de 3 milhões
de trabalhadores de importantes categorias em vários estados, como
metalúrgicos, comerciários, bancários, metroviários, servidores
públicos, etc. Ocorreram grandes manifestações públicas nas
principais capitais e regiões metropolitanas, com passeatas,
arrastões e piquetes. O governo militar reprimiu durante,
intervindo em sindicatos, cassando dirigentes e prendendo
trabalhadores.
1.º CONGRESSO NACIONAL DA CLASSE TRABALHADORAS
26 À 28 DE AGOSTO 1983
O congresso foi convocado pelo setor combativo da Comissão Nacional
Pró-CUT e realizou-se em São Bernardo do Campo, São Paulo, com a
presença novamente de mais de 5 mil delegados de todo o país. O
plano de lutas aprovado pedia o fim da lei de segurança nacional e
eleições diretas para presidente. Também constava o combate às
política econômica e salarial do governo, contra o desemprego, pela
reforma agrária, em defesa da liberdade e autonomia sindical, com o
fim das intervenções nos Sindicatos dos Metalúrgicos de São
Bernardo do Campo e Diadema, Petroleiros de Paulínia, Metroviários
e Bancários de São Paulo e no Sindicato dos Petroleiros de
Mataripe, na Bahia. Ao final foi aprovada a criação da Central
Única dos Trabalhadores (CUT) e eleita uma direção nacional
colegiada com mandato de 1 ano, tendo como coordenador geral Jair
Meneguelli, metalúrgico de São Bernardo do Campo..
1984
PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
18 DE MAIO 1984
Participaram da Plenária ocorrida em São Paulo, delegados de 18
estados que realizaram um balanço da implantação da CUT. Entre suas
resoluções a CUT reafirma sua posição de exigir boicote dos
parlamentares ao Colégio Eleitoral e define o dia 25 de maio como o
dia nacional de luta e greve geral, como forma de retomar a luta
pelas Diretas Já.
1.º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
24 À 26 DE AGOSTO 1984
Também foi realizado em São Bernardo do Campo, São Paulo, com a
presença de 5.222 delegados de todo o Brasil. O congresso avaliou o
primeiro ano de implantação da CUT e a situação econômica e social
do país. Suas principais resoluções foram a organização de uma
campanha nacional de luta em torno das reivindicações imediatas, a
luta pelas diretas-já, a definição da greve geral como principal
instrumento de luta dos trabalhadores. Foi eleita a direção
nacional da CUT, tendo como presidente Jair Meneguelli, metalúrgico
de São Bernardo do Campo.
MARCHA À BRASÍLIA POR DIRETAS -JÁ
10 DE OUTUBRO DE 1984
Foi organizada pela CUT que agregou outras proposições à marcha:
pela reforma agrária, salário desemprego, reajuste trimestral e
contra o decreto-lei 2.065 que arrochava os salários. Os
trabalhadores manifestaram-se nas plenárias do congresso nacional e
entregaram aos deputados o projeto de redução de jornada de
trabalho para 40 horas semanais. A marcha serviu também para o
lançamento da "Campanha Nacional de Luta" pela conquista das 40
horas semanais sem redução de salário.
1985
GREVE NACIONAL DOS BANCÁRIOS
11 E 12 DE SETEMBRO 1985
Impulsionada pela CUT, foi a maior greve nacional da categoria
reunindo 700 mil bancários que paralisaram o sistema financeiro do
país por dois dias. A greve foi vitoriosa, com os bancários
conseguindo um índice de reajuste acima do que determinava a
política salarial do governo.
PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
13 À 15 DE DEZEMBRO 1985
A plenária foi realizada em São Bernardo do Campo, São Paulo, e
dela participaram 232 delegados. Em suas resoluções constam a
preparação da campanha nacional de lutas, a reivindicação de uma
constituinte livre e soberana e pela reforma agrária. Também foi
apresentado um modelo de organização sindical baseada na Convenção
87 da OIT, a ser discutida no II CONCUT, e que tratava da liberdade
e autonomia sindical.
1986
2.º CONGRESSO NACIONAL DA CUT"
01 À 03 DE AGOSTO 1986
O congresso foi no Rio de Janeiro e contou com a participação de
5.564 delegados de todo o Brasil. No temário do congresso constou a
conjuntura econômica e política do país, o projeto de nova
estrutura sindical e as mudanças estatutárias. Entre suas
principais resoluções estavam a recuperação das perdas salariais
impostas pelo plano cruzado, redução da jornada de trabalho para 40
horas semanais, direito de greve, reforma agrária e participação
popular na constituinte. Jair Meneguelli foi reeleito presidente da
CUT.
GREVE GERAL
12 DE DEZEMBRO 1986
Foi convocada pela CUT e CGT (Central Geral dos Trabalhadores) em
defesa do salário, pelo congelamento geral dos preços, em defesa
das estatais, contra o plano cruzado e o pagamento da dívida
externa. Contou com a adesão de 25 milhões de trabalhadores que
realizaram manifestações por todo o país, em algumas regiões, como
no ABC paulista, a paralisação foi total.
1987
PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
05 À 07 DE JUNHO 1987
Participaram desta plenária 227 delegados, em São Bernardo do
Campo, São Paulo, onde aprovaram a articulação da Jornada Nacional
de Lutas como preparação à Greve Geral, a intensificação da coleta
de assinaturas de apoio às propostas populares de emendas à
constituição.
GREVE GERAL
20 DE AGOSTO DE 1987
A greve geral foi organizada novamente pela CUT e CGT e convocada
em repúdio ao Plano Bresser que mais uma vez arrochava os salários.
Contou com a participação total dos metroviários e ferroviários,
entre outras categorias, e ocorreram manifestações em várias
cidades de todas as regiões do país, envolvendo milhões de
trabalhadores
1988
CAMPANHA NACIONAL DE RECOMPOSIÇÃO DAS PERDAS SALARIAIS
MARÇO 1988
A campanha foi movida pela CUT e tinha como principais
reivindicações a reposição das perdas salariais segundo a tabela do
DIEESE, reajuste mensal de salários, 40 horas semanais,
estabilidade com garantia no emprego, liberdade de organização no
local de trabalho, contrato coletivo de trabalho e unificação das
datas base. No dia 15 de março foi feita a entrega da pauta aos
governos Federal e Estaduais e a partir daí mobilizações e
assembléias aconteceram em todas as regiões do país.
3.º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
07 À 11 DE SETEMBRO 1988
Com a participação de 6.244 delegados reunidos em Belo Horizonte,
Minas Gerais, discutiu-se a conjuntura da época e as tarefas da
CUT; concepção e prática sindical, além de questões organizativas.
Foi o maior encontro sindical ocorrido no Brasil em todos os
tempos. Jair Meneguelli foi novamente reeleito presidente da
Central.
1989
GREVE GERAL
14 e 15 DE MARÇO 1989
A CUT e a CGT se uniram para a realização desta greve contra o
"Plano Verão", a recessão e o desemprego, pela recuperação das
perdas salariais e reajuste mensal de salários de acordo com a
inflação, além do congelamento real dos preços dos produtos. Cerca
de 35 milhões de trabalhadores aderiram ao movimento com grandes
manifestações nas capitais e regiões metropolitanas.
PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
04 A 06 DE AGOSTO 1989
A Plenária foi realizada mais uma vez em São Bernardo do Campo, São
Paulo, e aprovou um plano de lutas contra a inflação e a
especulação, em defesa do salário, pela reforma agrária e o não
pagamento da dívida externa. No plano de ação constava a preparação
de uma nova greve geral e a unificação das campanhas salariais.
Participaram da Plenária Nacional 202 delegados vindos de todo o
Brasil.
1990
GREVE NACIONAL DAS CATEGORIAS EM LUTA
10 DE JUNHO 1990
Foi organizada pela CUT e pelas Confederação Geral dos
Trabalhadores e Central Geral dos Trabalhadores e tinha como
reivindicações a garantia da reposição mensal da inflação e das
perdas salariais, fim das demissões, contrato coletivo de trabalho,
desapropriação das terras cadastradas no Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (INCRA), reforma agrária, defesa dos
serviços públicos, não pagamento da dívida externa. Ocorreram
manifestações e atos públicos em diversos estados e nas grandes
cidades.
PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
17 À 19 DE AGOSTO 1990
A Plenária foi realizada em Belo Horizonte, Minas Gerais, com a
participação de 168 delegados que aprovaram uma campanha em defesa
dos salários, do emprego, do patrimônio público, da democracia e da
reforma agrária. Como parte do Plano de Ação foi aprovada a
realização de uma "Campanha Salarial Nacional Unificada" de todos
os trabalhadores da base sindical da CUT e articulada com todos os
setores populares e democráticos organizados da sociedade
civil.
DIA NACIONAL DE LUTA PELA SEGURIDADE SOCIAL
07 NOVEMBRO 1990
Este Dia Nacional de Luta foi organizado pela CUT e diversas
entidades da sociedade civil, como a Confederação Nacional de
Associações de Moradores (CONAM) e a Plenária Nacional de Saúde,
contra os vetos do presidente Collor à Lei Orgânica da Seguridade
Social, exigindo que o Congresso Nacional votasse pelos direitos do
Trabalhadores. Foram realizadas manifestações, debates e visitas a
parlamentares em diversos estados e nas grandes cidades.
1991
JORNADA DE ABRIL CONTRA O GOVERNO COLLOR
ABRIL 1991
Em defesa da previdência social, aposentadoria por tempo de
serviço, saúde pública gratuita, defesa do serviço e ensino
públicos e pela reforma agrária. Realização de assembléias em todas
as instâncias da CUT, passeatas e atos públicos em todo o país,
culminando em grandes manifestações populares no dia 1.º de
Maio.
GREVE GERAL
22 e 23 DE MAIO 1991
Convocada pela CUT, Confederação Geral do Trabalhadores e Central
Geral dos Trabalhadores, pela reposição das perdas salariais,
garantia de emprego, defesa dos serviços públicos, reforma agrária,
fim do aumento abusivo nos preços dos aluguéis e prestações da casa
própria e defesa da democracia. Várias categorias paralisaram suas
atividades, reunindo cerca de 19,5 milhões de trabalhadores, houve
protestos nas capitais e regiões metropolitanas.
4.º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
04 À 08 DE SETEMBRO 1991
Participaram do congresso, em São Paulo, 1.554 delegados
representando entidades sindicais de todo o país. Foi aprovado o
combate ao projeto neoliberal do governo Collor, e resoluções
contra o veto presidencial à política salarial e contra as
privatizações. Também foram discutidos novos temas como a
integração regional e o Mercosul e a reestruturação produtiva. Mais
uma vez, Jair Meneguelli foi reeleito para a presidência da
Central.
1992
DIA NACIONAL DE LUTA EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA
21 DE FEVEREIRO 1992
Também foi considerado como um dia nacional de lutas dos
aposentados em defesa da Previdência Social e pelo pagamento do
reajuste de 147,06% expurgado dos aposentados pelo governo Collor.
Aconteceram atos públicos em todo o Brasil, sendo que em São Paulo
uma manifestação reuniu mais de 2 mil pessoas.
DIA NACIONAL DE PROTESTO - DIGA NÃO AO GOVERNO COLLOR
13 DE MARÇO 1992
A "Campanha Nacional Por uma Vida Melhor, com Liberdade e
Democracia" foi promovida pela CUT, partidos políticos e movimentos
sociais e teve seu auge no dia 13 de Março, quando o Governo Collor
completou dois anos. Entre as reivindicações constavam salário e
emprego para todos, defesa das estatais e do serviço público,
reforma agrária, contra a violência e a corrupção, contra o FMI e o
não pagamento da dívida externa. Ocorreram manifestações em todo o
país, sendo que em São Paulo um ato público reuniu 10 mil
pessoas.
5.º PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
15 À 18 DE JULHO 1992
Participaram 297 delegados representando 1.837 entidades filiadas.
A Plenária aconteceu em São Paulo e decidiu sobre temas polêmicos
como a filiação internacional da CUT à Confederação Internacional
de Organizações Sindicais Livres (CIOSL), a participação da CUT nas
câmaras setoriais, a substituição dos departamentos por ramo da CUT
por Federações/Confederações, além da realização da Campanha
Nacional de Luta exigindo salário, emprego e reforma agrária. Foram
aprovadas as seguintes palavras de ordem: Basta de Corrupção! CPI
prá valer! Impeachment já! Pelo Fim do Governo Collor!
JORNADAS DE LUTAS DOS TRABALHADORES RURAIS
ABRIL - JULHO DE 1992
Promovida pela CUT, Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (CONTAG), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e outras entidades. Entre
as reivindicações constavam terra para plantar e morar, crédito
rural subsidiado, salário digno, previdência garantida aos
trabalhadores rurais, saúde de qualidade, demarcação das terras e
autonomia aos povos indígenas e garantia dos direitos aos atingidos
por barragens. As jornadas ocorreram em três etapas de 27/04 a 1.º
de Maio, em fins de Maio e de 20 a 25/07 com mobilizações em todas
as capitais, ocupação de terras e órgãos públicos, acampamentos e
manifestações em Brasília.
CAMPANHA PELO IMPEACHMENT DE COLLOR - MOVIMENTO PELA ÉTICA NA
POLÍTICA
JUNHO - OUTUBRO DE 1992
A campanha nacional pelo impeachment de Collor reuniu a CUT,
partidos políticos e movimentos sociais. Todos pediam ética na
política, voto aberto dos deputados no processo de impeachment e o
fim da corrupção. As manifestações ocorreram em todos os estados,
nas principais cidades, reuniram milhares de pessoas entre julho e
outubro, e culminou com o afastamento do presidente Collor.
1993
6.ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
24 À 28 DE AGOSTO DE 1993
Ao completar 10 anos de existência a CUT realizou esta plenária em
São Paulo com a presença de 349 delegados. As principais resoluções
foram a participação ativa na "Campanha contra a Fome e a Miséria",
a confirmação da participação da CUT nas Câmaras Setoriais, o
combate à revisão constitucional e a aprovação da cota mínima de
30% de mulheres nas instâncias de direção da Central.
MOVIMENTO NACIONAL CONTRA A REVISÃO CONSTITUCIONAL
SETEMBRO - NOVEMBRO DE 1993
Movimento contra a reforma constitucional da carta de 1988
organizado pela CUT, partidos políticos, movimentos sociais e
outras centrais sindicais. Ocorreram uma série de manifestações
durante todo este período com dia nacional de luta, ocupação de
Brasília, plebiscito nacional e atos públicos em várias
localidades.
1994
DIA NACIONAL DE PROTESTO CONTRA O PLANO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
(FHC)
23 DE MARÇO 1994
Atendendo à convocação da Direção Nacional da CUT, milhares de
trabalhadores vão às ruas protestar contra mais um arrocho salarial
provocado pelo plano de estabilização econômica do governo Itamar
Franco e do seu ministro Fernando Henrique Cardoso (FHC), que
instituiu a Unidade Real de Valor (URV). Em São Paulo, a greve dos
condutores, carreatas e bloqueio de rodovia deram o tom das
manifestações. Por todo o país o panorama foi o mesmo, com dezenas
de categorias realizando greves.
JORNADA NACIONAL DE LUTA
ABRIL - MAIO DE 1994
Este foi um período de intensa agitação contra o plano econômico do
ministro Fernando Henrique Cardoso, contra as privatizações e a
revisão constitucional. Os servidores públicos federais fizeram
greve no mês de abril. No dia 11 de maio aconteceu um dia nacional
de luta em defesa das reivindicações, com manifestações em todo o
país. A CUT, a CONTAG, o MST e outros movimentos sociais
organizaram, em maio, o 1º Grito da Terra Brasil contra a fome, a
miséria, pelo emprego e reforma agrária.
5.º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
19 À 22 DE MAIO 1994
Participaram do congresso, em São Paulo, 1.918 delegados que
aprovaram a luta pela recuperação dos salários, pela redução da
jornada de trabalho, por moradia, saúde e emprego dignos, reforma
agrária e por um novo modelo econômico para o Brasil. O congresso
também priorizou as lutas nas questões de gênero e anti-racial.
Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, metalúrgico de São Bernardo
do Campo, foi eleito presidente da CUT pela primeira vez.
1995
CAMPANHA NACIONAL EM DEFESA DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES E DA
CIDADANIA CONTRA AS REFORMAS NEOLIBERAIS DE FHC
MARÇO - MAIO DE 1995
A campanha teve como principal eixo a defesa da Previdência Pública
e permitiu levar a resistência sindical e popular às reformas
neoliberais para um patamar mais avançado. Nos dias 05 e 27 de
abril aconteceram manifestações em todo o Brasil que contribuíram
para o desgaste do governo. O dia 1º de Maio também serviu para
reforçar a insatisfação popular contra as reformas neoliberais. No
dia 03 de Maio teve início a greve de vários trabalhadores do setor
público e das estatais em busca da recuperação das perdas salariais
e também contra as reformas do governo. Pararam as atividades perto
de 200 mil trabalhadores, ficando marcante no período a greve
nacional dos petroleiros, com duração de 32 dias, e que foi a
principal luta de resistência à política de privatizações do Estado
em setores estratégicos e que estava sendo promovida pelo governo
Fernando Henrique Cardoso (FHC).
7.ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT - ZUMBI DOS PALMARES
30 DE AGOSTO À 02 DE SETEMBRO 1995
Nesta plenária, a CUT e os 369 delegados homenagearam o líder negro
Zumbi, que viveu no século XVII e comandou a resistência à
escravidão no nordeste brasileiro. Foi aprovada uma ampla jornada
de mobilizações e lutas em defesa das reivindicações. Uma das
principais resoluções da plenária, realizada em São Paulo, tratou
do tema Sistema Democrático de Relações do Trabalho (SDRT). Um
momento importante foi o ato solene de filiação da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) à CUT.
1996
GREVE GERAL
21 DE JUNHO 1996
A greve geral deflagrada no dia 21 de junho, com sucesso, em todo o
país, abriu o caminho para a realização de novas mobilizações
contra as políticas neoliberais do governo FHC. O movimento foi
organizado pela CUT, Força Sindical e CGT e tinha como principais
reivindicações emprego, salário, aposentadoria digna, reforma
agrária e manutenção dos direitos sociais dos trabalhadores. A
decisiva participação popular à greve, que contou com a
participação de cerca de 12 milhões de trabalhadores em todo o
país, mostrou uma forte indignação com as políticas econômicas e
sociais do governo.
8.ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT - CANUDOS
29 À 30 DE AGOSTO 1996
Esta plenária homenageou Canudos, movimento popular que aconteceu
no Nordeste brasileiro nos últimos anos do século XIX e que foi
dizimado pelo governo republicano, havendo milhares de mortos. Os
371 participantes reunidos em São Paulo, discutiram e aprovaram a
realização da campanha "Reage Brasil - Contra as Políticas
Neoliberais de FHC" em conjunto com outros movimentos sociais. Como
referência dessa caminhada em defesa dos direitos sociais, a CUT
apresentou aos demais setores organizados da sociedade a proposta
de realização de uma Conferência Nacional em Defesa da Terra, do
Emprego e da Cidadania.
1997
CAMPANHA REAGE BRASIL - CONTRA AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS DE FHC
ABRIL - MAIO 1997
Nesse período teve continuidade a Campanha Reage Brasil, aprovada
na 8ª Plenária Nacional da CUT, quando ocorreu uma série de
mobilizações em todo o país. Entre os dias 2 e 4 de abril foi
realizada, em Brasília, a Conferência Nacional em Defesa da Terra,
do Emprego e da Cidadania, dando origem a um processo que culminou
no Fórum Nacional de Luta por Trabalho, Terra e Cidadania. No dia
17 de abril aconteceu o Dia Nacional de Lutas, marcado com
manifestação, paralisações e um grande ato em Brasília com mais de
50 mil pessoas. O 4º Grito da Terra Brasil, organizado pela CUT,
CONTAG e outras entidades, também fez parte dessa campanha e teve
como principais reivindicações o piso salarial para o trabalhador
rural, liberação das aposentadorias, política de assentamentos e
desapropriações, política agrícola para os pequenos produtores.
CAMPANHA ABRA O OLHO, BRASIL!!!
25 DE JULHO 1997
Organizado pela CUT, MST, CNBB, UNE, UBES e Partidos Políticos de
oposição por terra, trabalho, moradia, salário, previdência pública
e justiça social e contra as reformas neoliberais de FHC. Teve seu
auge nas comemorações do dia do trabalhador rural, 25 de julho, com
atos públicos e passeatas reunindo 70 mil manifestantes em todo o
país, sendo que em São Paulo cerca de 15 mil manifestantes fizeram
passeata na avenida Paulista.
6.º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
13 À 17 DE AGOSTO 1997
Os 2.266 delegados presentes no congresso realizado em São Paulo,
decidiram articular a luta contra a aprovação das reformas
administrativa e previdênciária, impulsionar a luta contra o
desemprego e pela redução da jornada de trabalho, sem redução de
salários. Mais uma vez a política econômica e neoliberal do governo
FHC foi condenada. O metalúrgico Vicentinho, do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC, foi reeleito presidente da Central.
CARAVANA NACIONAL EM DEFESA DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES
06 A 12 DE NOVEMBRO DE 1997
Passando por mais de 300 cidades em todo território nacional, a
caravana em defesa dos direitos dos trabalhadores, incluindo uma
previdência pública de qualidade, terminou em Brasília com uma
grande carreata que percorreu vários órgãos do governo, incluindo o
Palácio do Planalto e os Ministérios.
ENCONTRO POPULAR CONTRA O NEOLIBERALISMO, POR TERRA, TRABALHO E
CIDADANIA
06 DE DEZEMBRO DE 1997
Convidados pela CUT, entidades populares, partidos políticos de
oposição e outros setores organizados da sociedade, quase 4 mil
delegados de todos os estados brasileiros participaram deste
encontro, em São Paulo, para lutar contra as políticas neoliberais
de FHC. Foi aprovado o Manifesto por Trabalho, Terra e Cidadania e
as entidades presentes constituíram uma Coordenação Permanente, que
será denominada de Fórum Nacional de Luta por Trabalho Terra e
Cidadania, que encaminhará as lutas daí por diante.
1998
JORNADA NACIONAL DE LUTAS POR EMPREGO E DIREITOS SOCIAIS
MARÇO A SETEMBRO DE 1998
Durante este período, a CUT e as demais entidades do Fórum Nacional
de Luta por Trabalho, Terra e Cidadania concentram seus esforços na
luta contra a desemprego. Foram constituídos fóruns estaduais,
organizadas caravanas para Brasília, montados acampamentos e também
foi criado um sistema para o cadastramento dos desempregados. O
auge das manifestações aconteceu no mês de maio: dia 1º houve o
lançamento das caravanas, no dia 13 teve início o acampamento
organizado pelo movimento negro, em Brasília, e no dia 20 um grande
ato público, também no Distrito Federal.
MARATONA NACIONAL CONTRA O PACOTE E PELO EMPREGO
DIA 13 DE NOVEMBRO DE 1998
A Maratona Contra o Pacote e pelo Emprego foi convocada pela CUT e
demais entidades do Fórum Nacional de Luta (FNL) em repúdio ao
Pacote Fiscal do governo que retirava direitos e em defesa do
emprego e dos trabalhadores. Foram organizadas várias atividades em
todo o Brasil, como atos públicos, passeatas, reuniões e
panfletagens.
1999
DIA NACIONAL DE LUTA EM DEFESA DO BRASIL
26 DE MARÇO DE 1999
O Dia Nacional de Luta organizado pela CUT em conjunto com as
demais entidades do Fórum Nacional de Luta por Trabalho, Terra e
Cidadania contra a política econômica de FHC, reuniu mais de 100
mil pessoas em manifestações em todo o território nacional. As
reivindicações "Basta de FHC e do FMI", "Em defesa do Emprego", "Em
defesa dos salários e pela valorização do salário-mínimo", Em
defesa da Terra, pela efetiva Reforma Agrária" foram reafirmadas
como mobilizadoras para convocação do 1º de Maio em todo o
país.
9.ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT - SANTO DIAS
17 À 20 DE AGOSTO DE 1999
A 9.ª Plenária nacional da CUT homenageou o metalúrgico Santo Dias,
assassinado por um policial durante uma greve, em São Paulo, em
1979. Os 454 delegados reunidos em São Paulo aprovaram a
organização e o empenho da CUT em uma série de mobilizações
previstas para o segundo semestre, entre elas a Marcha dos 100 mil
sobre Brasília, a mobilização contra a guerra fiscal, um dia
nacional de paralisação em outubro e o repúdio à implantação da
Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).
26 DE AGOSTO 1999
MARCHA DOS 100 MIL SOBRE BRASÍLIA
A chamada Marcha dos Cem Mil conseguiu sacudir a população
brasileira e mostrar ao governo que era preciso mudar, na medida
que foi a principal manifestação contra a política de FHC. A CUT e
as entidades do Fórum Nacional de Luta por Trabalho, Terra e
Cidadania se fortaleceram ao entregar ao presidente das Câmara dos
Deputados um abaixo-assinado com 1 milhão e 300 mil assinaturas
exigindo o enquadramento do presidente da república em crime de
responsabilidade e a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) no Congresso Nacional para investigar a privatização do
Sistema Telebrás. Também era exigida a mudança da política
econômica com a retomada do crescimento, mais empregos e melhores
salários, a redução da jornada para 40 horas semanais e a reforma
agrária.
DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO E PROTESTO EM DEFESA DO EMPREGO E DO
BRASIL
10 DE NOVEMBRO 1999
Contra FHC e sua política econômica, emprego para todos, redução da
jornada de trabalho sem redução de salário, saúde e educação de
qualidade, reforma agrária, aposentadoria integral à todos,
investimento nas áreas sociais e pelo não pagamento da dívida
externa foram as principais reivindicações. O movimento contou com
mais de 1,5 milhões de trabalhadores envolvidos e atos promovidos
pela CUT e pelas demais entidades do Fórum Nacional de Luta por
Trabalho, Terra e Cidadania em todo o país.
2000
JORNADA EM DEFESA DO BRASIL
ABRIL DE 2000
A CUT e as demais entidades do Fórum Nacional de Luta por Trabalho,
Terra e Cidadania desencadearam esta jornada exigindo a suspensão
do pagamento da dívida externa e do seus juros; a redução da
jornada de trabalho, sem redução de salário; reforma agrária e
política agrícola, aumento geral dos salários e do salário-mínimo;
defesa dos direitos dos trabalhadores; fortalecimento e expansão
das redes públicas de saúde e do ensino e a construção de casas
populares. A primeira etapa da jornada culminou com a realização de
grandes atos de 1º de Maio, tendo como referência nacional o Ato no
histórico Estádio de Vila Euclides, em São Bernardo do Campo.
7.º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
15 À 19 DE AGOSTO 2000
Realizado em Serra Negra - SP com a presença de 2.309 delegados que
aprovaram resoluções contra a precarização do trabalho, a luta pela
redução da jornada de trabalho, sem redução de salário, contra o
banco de horas e as horas-extras. Novamente a política neoliberal
do governo FHC foi duramente condenada. O professor João Antonio
Felício, de São Paulo, foi eleito ao final do congresso o novo
presidente da CUT.
2001
MARCHA À BRASÍLIA PELA INSTALAÇÃO DA CPI DA CORRUPÇÃO, PAGAMENTO
DOS EXPURGOS DO FGTS, REAJUSTE SALARIAL PARA OS SERVIDORES
PÚBLICOS
05 DE ABRIL 2001
No dia 05 de abril mais de 20 mil pessoas protestaram em Brasília
pela instalação da CPI da Corrupção e também por outras
reivindicações, como o pagamento imediato e sem desconto da
correção das constas expurgadas do FGTS e por reajustes salariais
aos servidores públicos que estavam há sete anos com os salários
congelados. A mobilização foi organizada pelo Fórum Nacional de
Luta por Trabalho, Terra e cidadania, que reúnia a CUT, entidades
populares, partidos políticos de oposição e outros setores
organizados da sociedade civil.
MARCHA À BRASILIA "UMA LUZ PARA O BRASIL - CONTRA O APAGÃO E A
CORRUPÇÃO"
27 de JUNHO 2001
A Marcha à Brasília organizada pela CUT e demais entidades do Fórum
Nacional de Luta por Trabalho, Terra e Cidadania tinha como os
eixos de mobilização as palavras de ordem "Xô Corrupção, Chega de
Privatização e de FHC". Mais de 60 mil pessoas fizeram passeata e
ocuparam a Esplanada dos Ministérios exigindo o fim do apagão,
política de racionamento de energia devido a falta de
investimentos, e da corrupção. Mais uma vez a política econômica de
FHC foi denunciada como a verdadeira causadora da crise social.
2002
DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA A REDUÇÃO DOS DIREITOS DOS
TRABALHADORES
21 DE MARÇO 2002
Contra as reformas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no
seu artigo 618, propostas por FHC, e que retirava direitos dos
trabalhadores, ocorreram paralisações, manifestações e. passeatas
em todo o país, envolvendo diversas categorias profissionais. Todas
essas mobilizações conseguiram impor uma derrota no governo, no seu
ministro do trabalho e na Força Sindical, que defendia a
flexibilização na legislação trabalhista.
10.ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
08 À 11 DE MAIO 2002
Os 414 delegados reunidos em São Paulo discutiram e aprovaram temas
relativos à estrutura sindical, as políticas permanentes da
Central, questões estatutárias e reafirmaram o compromisso da CUT
com os interesses históricos da classe trabalhadora conclamando a
nação brasileira a votar em Lula - Presidente.
2003
8.º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
03 À 07 DE JUNHO DE 2003
Realizado em São Paulo com a presença de 2.712 delegados, de todo o
país, que definiram a estratégia da CUT frente ao novo governo
democrático popular. As principais resoluções foram a defesa de uma
reforma da previdência que amplie os direitos dos trabalhadores,
contra a ALCA e a defesa de uma integração que atenda aos
interesses dos trabalhadores e pelas reformas agrária e agrícola.
Pela primeira vez em sua história, a CUT contou no seu congresso
com a presença de um presidente da república, o metalúrgico Luís
Inácio Lula da Silva, eleito com o apoio da CUT no final de 2002. O
Congresso elegeu o metalúrgico Luiz Marinho, de São Bernardo do
Campo, o novo presidente da CUT.
2006
9º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
[09/06/2006]
Realizado em São Paulo com a presença de 2.700 delegados de todo o
país, que aprovaram estratégias da CUT para o próximo período, bem
como o apoio a reeleição do presidente Lula. Algumas das principais
bandeiras de luta aprovadas foram: a aprovação de uma Reforma
Sindical Democrática e pela liberdade e autonomia sindical;
fortalecimento das campanhas salariais unificadas; por um projeto
de desenvolvimento nacional e sustentável da economia com geração
de empregos e renda entre outras. O Congresso elegeu o sociólogo e
eletricitário, Artur Henrique da Silva Santos, para comandar a CUT
Nacional até 2009.
Mídia
Canal CNTTL