CNTTL repudia movimento “extremista” e “autoritário” do cantor bolsonarista Sérgio Reis

Esse movimento também é ilegítimo e anti-democrático porque defende a intervenção militar -- sistema político que fez mal ao Brasil por muitos anos.

Por: Viviane Barbosa, Redação CNTTL
Publicação: 16/08/2021
Imagem de CNTTL repudia movimento “extremista” e “autoritário” do cantor bolsonarista Sérgio Reis

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A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) repudia as declarações do cantor bolsonarista, e ex-deputado  federal, Sergio Reis, que organiza uma paralisação no dia 7 de setembro, com participação de empresários do agronegócio.
 
Este cidadão está desautorizado a falar em nome da categoria e não representa os caminhoneiros raízes, ou seja, os autônomos e celetistas, que lutam diariamente para sobreviver diante de condições precárias de trabalho.

A pauta defendida por esse grupo é extremista e autoritária porque propõe ataques à democracia, quando pleiteia  ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). Esse movimento também é ilegítimo e anti-democrático porque defende a intervenção militar -- sistema político que fez mal ao Brasil por muitos anos.

Lamentável a postura de Sergio Reis que se uniu aos empresários do agronegócio, para defender seus próprios interesses e do presidente Bolsonaro, que está queimado nacionalmente devido às apurações da CPI da COVID-19 no Senado Federal e em queda de popularidade por suas ações ineficientes e negacionistas à frente do combate à pandemia no país.

Importante lembrar que Sergio Reis quando foi deputado federal nunca apresentou uma pauta coletiva em prol dos caminhoneiros autônomos e agora “fala em nome da categoria”, de forma irresponsável para confundir a opinião pública.  Bolsonaro também disse “que não gastaria um minuto do seu tempo com os caminhoneiros".

Os 800 mil caminhoneiros autônomos e celetistas da base da CNTTL não compactuam com essa "politicagem” e seguem na luta prol de sua pauta legítima: exigem do Governo Bolsonaro uma revisão da política de preços da Petrobras, que reduza o preço do Dieesel; que o Congresso Nacional aprove aposentadoria especial com 25 anos de contribuição para categoria, que exerce uma atividade desgastante, e que o STF tenha celeridade no julgamento da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete.   

Os caminhoneiros filiados à CNTTL também reforçam a importância da defesa da democracia, que não pode estar em jogo, deve ser mantida e exercida. 


Carlos Alberto Litti Dahmer é diretor da CNTTL, o caminhoneiro autônomo e presidente do Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga) de Ijuí-RS.

 



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