Valmir de Lemos, Índio - presidente do Sindicato da Central do Brasil - foto: divulgação
Preocupados com a agenda “privatista” dos governos federal (Bolsonaro- sem partido) e estadual (João Dória/PSDB), os ferroviários irão debater o tema em reunirão, no dia 5 de fevereiro, às 13h, na sede da CUT, em São Paulo.
O encontro é promovido pelo Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil e conta com o apoio da Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários da CUT (FITF) e da CNTTL.
Em entrevista às páginas amarelas da Revista Veja, publicada no dia (10), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, reforçou a agenda privatista, de entrega do patrimônio público para iniciativa privada, e informou que em 2019 foram realizados 27 leilões de concessão, entre estradas, aeroportos e ferrovias.
O ministro disse à Veja que neste ano já estão programados 44 leilões neste ano, sendo 22 de aeroportos. Os dois maiores, Santos Dumont, no Rio, e Congonhas, em São Paulo, passarão ao setor privado até 2022.
Sobre o modal ferroviário, Tarcísio disse que hoje, 15% das cargas são transportadas por trens e com a privatização aumentará para 30% em 2025.
O presidente do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, Valmir de Lemos, mais conhecido como Índio, rebateu essa informação do ministro, afirmando que a “privatização não irá melhorar o transporte de malha ferroviária no país”.
“A privatização não irá resolver os problemas do setor. Têm os gargalos e a competição com o transporte rodoviário. E ainda tem mais: a malha ferroviária no Brasil está diminuindo”, conta o sindicalista.
Enquanto o governo Bolsonaro quer "privatizar tudo", o governo alemão anunciou que irá investir 86 bilhões em suas ferrovias, visando modernizar e tornar mais eficiente malha ferroviária do país, fazendo com que mais passageiros troquem carro e avião por trens.
Detalhe: a maior parte do dinheiro sairá dos cofres
federais. O governo alemão arcará com 62 bilhões de euros, enquanto
a DB deverá investir 24 bilhões de euros.
Resistência
Índio disse ao Portal da CNTTL que o momento é de construir ações de resistência, em conjunto com o Macrossetor da CUT (que reúne Confederações de Trabalhadores dos setores de comércio e serviços), para barrar qualquer privatização tanto nas ferrovias, como em outros setores.
"Nessa reunião, no dia 5/2, faremos isso. Precisamos criar um plano de ação unificado. As privatizações só trarão mais desemprego e beneficiarão apenas os empresários”, disse.
O Sindicato da Central do Brasil representa cerca de 10 mil ferroviários e ferroviárias das seguintes empresas: Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Central Logística (Rio), Super Via (Rio), VALEC Engenharia, Construções e Ferrovias (Federal), Rede ferroviária em Taubaté, a MRS e as ferrovias da cidade de Pindamonhangaba (SP) até Campos do Jordão (SP).
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