Alemanha vai investir 86 bilhões em suas ferrovias

A maior parte do dinheiro sairá dos cofres federais, que arcarão com 62 bilhões de euros, enquanto a DB deverá investir 24 bilhões de euros

Por: Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha
Publicação: 15/01/2020
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trem alemão

O governo alemão e a operadora de serviços ferroviários Deutsche Bahn (DB) assinaram nesta terça-feira (14/01) um acordo bilionário para modernizar a malha ferroviária do país.

Ao longo dos próximos dez anos, serão investidos 86 bilhões de euros (cerca de 400 bilhões de reais) na modernização da rede. A maior parte do dinheiro sairá dos cofres federais, que arcarão com 62 bilhões de euros, enquanto a DB deverá investir 24 bilhões de euros.

Isso implica um gasto anual médio de 8,6 bilhões de euros para renovar trilhos, pontes e estações ferroviárias, controles de sinalização, garantir acessibilidade, além de dobrar o número de maquinistas e passageiros até 2030.

O projeto faz parte dos esforços da Alemanha para intensificar medidas visando reduzir as emissões de CO2, na luta contra as mudanças climáticas. Além disso, há anos o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os países da zona do euro instam Berlim a gastar mais para estimular a economia do bloco.

A Deutsche Bahn também está lutando com uma participação de mercado em declínio, no setor de frete. O programa acordado representa um aumento de 54% de investimentos em relação ao período 2015-2019, disse o governo.

Por ocasião da assinatura do acordo, o ministro alemão dos Transportes, Andreas Scheuer, e a diretoria da DB falaram de uma ofensiva histórica de modernização. "Será a década dos trilhos. Espero que a Deutsche Bahn aproveite esta oportunidade", declarou Scheuer, observando que o serviço deve se tornar mais pontual, eficiente e melhor.

A reputação do país de gerir uma rede ferroviária eficiente e pontual ficou abalada nos últimos anos. Em muitos pontos dos 33 mil quilômetros de extensão da malha ferroviária alemã, há grande necessidade de investimento nas instalações parcialmente danificadas. Nas principais rotas, pontes que remontam ao último imperador alemão, há mais de 100 anos, precisam urgentemente de reparo. Muitos trilhos também estão deteriorados, o que é uma das razões para os atrasos e outras interrupções.

A Deutsche Bahn desempenha um papel importante no programa de proteção climática de Berlim. O objetivo é fazer com que mais passageiros troquem o carro e o avião por um transporte ferroviário mais ecológico. Para tal, o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) nas rotas de longa distância foi reduzido no início do ano, deixando as passagens mais baratas.

O presidente da empresa, Richard Lutz, enfatizou, no entanto, que as melhorias precisarão de tempo, e que as restrições para os passageiros devido ao maior número de canteiros de obras deverão ser reduzidas através de uma "construção favorável ao cliente".

Vozes críticas

Alguns duvidam, contudo, se o novo contrato de serviço e financiamento entre o governo alemão e a Deutsche Bahn vai realmente propiciar melhorias visíveis para os passageiros.

O político verde Matthias Gastel, especializado em assuntos de transportes, falou de uma "operação de emergência" para evitar um colapso iminente na malha ferroviária alemã: devido a décadas de subfinanciamento crônico das ferrovias, haveria um déficit investimentos de mais de 50 bilhões de euros, e "levará de 15 a 20 anos para que seja eliminado o gargalo de investimentos provocado pela coalizão de governo em Berlim".

Em troca dos subsídios estatais, a DB, enquanto proprietária da malha ferroviária, deverá apresentar relatórios sobre sua situação e desempenho. A empresa se encontra altamente endividada, o transporte de cargas registra perdas. Além disso, nos últimos meses ela foi abalada por uma disputa de poder interna.

Ainda no primeiro semestre de 2020, o ministro Scheuer pretende realizar uma reunião de primeiro escalão para discutir questões fundamentais sobre a DB. O encontro deverá abordar, em primeira linha, as complexas estruturas da empresa.



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