Carlos Alberto Litti Dahmer -foto: Francine Scudeler
O caminhoneiro autônomo, Carlos Alberto Litti Dahmer, do Rio Grande do Sul, criticou o Projeto de Lei Complementar 147/19 apresentado no dia (11) pelo Plenário do Senado que expandiu a categoria do MEI (Microempreendedor Individual) aos caminhoneiros.
Para Litti, que é diretor da CNTTL e vice-presidente da CGTB, o
senador que elaborou esse texto, desconhece a realidade do
caminhoneiro autônomo. “Isso é um presente de grego em pleno Natal
para nós caminhoneiros. Quem aderir ao MEI irá pagar 20% de
impostos. Hoje nós pagamos 10%”, rebateu.
A pedido do governo, foi o senador Jorginho Mello do PL de Santa Cantaria, que incluiu essa redação ao Projeto de Lei Complementar como forma de "agrado" aos caminhoneiros .
Litti explicou que o transportador autônomo até R$ 25
mil reais de produção mensal é isento de tributação
e acima desse valor é taxado em 10%.
“Transformar a gente em MEI. Eles chamam isso de benefício? Ainda
bem que a decisão de escolha é do caminhoneiro”, ironiza.
Tramitação
Segundo o PLC, entidades como o Sebrae, a Confederação Nacional das
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Comicro) e a Secretaria
da Micro e Pequena Empresa no Comitê Gestor do Simples Nacional
(CGSN) farão parte dessa redação.
O projeto aprovado pelo Senado segue para a Câmara, onde deve ser
votado na próxima semana e, caso seja aprovado, será encaminhado
para a sanção presidencial.
Hoje no Brasil existem cerca de 1 milhão de transportadores
autônomos, cerca de 700 mil são representados pela CNTTL.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
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