Foto: rodoviários da Bahia
Diante da atual conjuntura política do país, na qual há um avanço da ultradireita neoliberal, rodoviários da base da CNTTL em todo o país estão divulgando em suas bases uma carta convidando a categoria a refletir sobre o que está em jogo nesta eleição de 2018.
“Não estamos diante de uma disputa eleitoral qualquer, há uma clara divergência entre dois projetos distintos: Um, Neoliberal Agudo, que atinge em cheio as nossas relações trabalhistas e outro, Social Democrata, que busca amenizar o sofrimento dos trabalhadores e do povo no geral”, destaca o documento.
Confira a seguir:
ELEIÇÕES 2018 E OS REFLEXOS PARA A NOSSA CATEGORIA
Faltando poucos dias para o 2° turno das eleições presidenciais, os trabalhadores rodoviários são convidados a refletir acerca de suas decisões, destinos e sobre os novos desafios para a classe trabalhadora ante aos riscos iminentes contra os seus salários e direitos.
Não estamos diante de uma disputa eleitoral qualquer, há uma clara divergência entre dois projetos distintos: Um, Neoliberal Agudo, que atinge em cheio as nossas relações trabalhistas e outro, Social Democrata, que busca amenizar o sofrimento dos trabalhadores e do povo no geral.
É fato que após o golpe impetrado pelos partidos de direita em 2016 deu-se início a um vigoroso processo de desmonte das Leis Trabalhistas (CLT) e de flexibilização dos nossos direitos.
As mais de 100 alterações praticadas na Reforma Trabalhista, que contou com a Resistência do Partido do candidato de Esquerda e com o voto explícito e apoio do candidato de direta, não foi para melhorar a vida dos trabalhadores, mas sim, para aprofundar ainda mais o seu sofrimento.
Questões tais como:
A Demissão Concensuada, que permitiu a instituição do corte da metade do Aviso Prévio, de metade da multa sobre o FGTS, além da perda do direito ao Seguro Desemprego, é, no mínimo, imoral.
A Jornada de Trabalho de 12 horas alternada com intervalos de 36 horas é uma acinte. A Redução do horário de almoço para 30 minutos é um desrespeito ao trabalhador, o Custeio dos Processos Judiciais, no caso de derrota contra o patrão, é uma injustiça sem tamanho. As novas Normas contra grávidas e lactantes, o Banco de horas, o Parcelamento das férias, a Jornada intermitente que se propõe a pagar apenas as horas e dias trabalhados são, sem dúvida, retrocessos votados e aprovados pelo candidato da extrema direita, que contribuiu para fragilizar ainda mais a vida dos trabalhadores.
Nesse bojo, houve também a Lei da Terceirização, que dispensa comentários, a PEC dos Gastos Públicos, que congelou recursos vitais para as famílias mais pobres nas áreas da saúde, educação e segurança publica por 20 anos, e a mudança na política econômica, que rompeu com a concessão de Aumentos Reais de Salário e que nos 2 últimos anos reajustou os salários mínimos com índices abaixo da inflação. Esta mesma política nefasta foi a que fez disparar os preços do gás de cozinha e da gasolina.
O atual governo abriu mão de controlar diretamente o preço dos combustíveis, substituindo as costumeiras variações inflacionárias por ajustes dos preços baseados na flutuação do mercado internacional. Qual foi o resultado dessa política equivocada e que contou com o apoio velado do atual candidato da direita?
Em 2 anos o diesel foi reajustado 229 vezes, devido a transferências compulsórias e imediatas ao consumidor, contra apenas 16 reajustes praticados pelos governos anteriores (Lula/Dilma) num período de 12 anos.
Isto não quer dizer nada?
Os desmontes não param aí. No cardápio das malvadezas contra os trabalhadores já foram anunciadas: A retomada da Reforma da Previdência ainda este ano, que visa aumentar a idade e o tempo de contribuição dos trabalhadores, o fim do 13° Salário, que acaba com o salário extra de final de ano dos trabalhadores e o fim da gratificação de férias, que possibilita um pouco de comodidade financeira aos trabalhadores, após um ano de labor.
Isto não é pouca coisa: O candidato que VOTOU para impedir que as trabalhadoras domésticas passassem a ter direitos trabalhistas é o mesmo que votou para entregar o nosso Pré-sal a grupos estrangeiros e que aprovou o perdão da dívida de 1 trilhão para as empresas multinacionais do petróleo. Dinheiro este que poderia ter sido usado para melhorar a saúde e a educação do povo mais pobre.
Assim, se de um lado o candidato neoliberal já se declarou várias vezes contrário a manutenção de Programas Sociais (Fies, Prouni, Cotas, Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, etc.) de outro lado o seu economista já fala em recriar um novo imposto nos moldes da extinta CPMF.
É tudo isso bom para os rodoviários? É tudo isso bom para o conjunto dos Trabalhadores?
A nossa análise eleitoral tem que perpassar as questões meramente de simpatia ou de antipatia de siglas partidárias ou de candidatos para FOCAR NAS QUESTÕES TRABALHISTAS, que é o que nos interessa.
É um equívoco muito grande da parte de qualquer trabalhador votar agora em um candidato que planeja acabar com direitos históricos como: O 13° salário e a gratificação de férias e depois querer pressionar o Sindicato na data base para garantir reajustes, isenções e conquistas infinitamente menores.
Se de um lado o projeto do candidato da extrema direita visa tão somente proteger os interesses dos empresários, algo explícito em suas falas de que: "Os trabalhadores teriam de escolher entre direitos ou (sub) empregos", de outro lado o candidato da esquerda se compromete em: Anular a nefasta Reforma Trabalhista, fazer uma Reforma Previdenciária que não aumente o tempo de trabalho e de contribuição dos Trabalhadores, isentar do pagamento de imposto de renda quem recebe abaixo de 5 salários mínimos, absorver a proposta de Ciro Gomes de zerar o Cerasa de consumidores inadimplentes e de fazer o Brasil voltar a crescer girando a roda da economia.
Infelizmente, todos estes pontos que são muito claros e cristalinos para alguns companheiros não estão sendo tão nítidos e perceptíveis para outros.
Apesar disso, é fato que cada rodoviário tem o seu direito sagrado de votar em quem quiser. Da minha parte, cumpro aqui o meu dever, como dirigente, representante da nossa categoria, de fazer essas ponderações em nome da democracia, da manutenção da nossa liberdade sindical e do interesse no bem estar de todos os trabalhadores.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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