“Só unificar os trabalhadores não é suficiente, têm que politizá-los para derrotar essas reformas”, diz Arlindo Chinaglia
Evento continua nesta quarta-feira (22) na sede da Contag, em Brasília
Por: Viviane Barbosa, da Redação CNTTL/CUT Publicação: 22/11/2017
Arlindo Chinaglia - foto: Marcelo Lima
O Seminário Nacional sobre a Reforma Trabalhista, Organização e
Ação Política da Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Transporte e Logística da CUT (CNTTL) começou nesta
terça-feira (21), em Brasília, e está bem representativo.
Participam na sede da Contag (Confederação Nacional da
Agricultura) cerca de 100 dirigentes dos modais de transporte
aéreo, rodoviário, viário (agente de trânsito), metroviário,
ferroviário, portuário e de cargas filiados à Confederação de
todo o país.
Durante a mesa abertura, que reuniu lideranças dos setores de
transportes, do movimento sindical e parlamentares, o presidente da
CNTTL, Paulo João Estausia, o Paulinho da CUT, falou da importância
do “comprometimento e da disciplina” de cada dirigente nesse
Seminário para avançar nas lutas dos trabalhadores em transportes,
principalmente, nesse momento de ataques aos direitos, com a Lei
Trabalhista, apelida por Paulinho de “Deforma Trabalhista”, que
alterou mais de 100 artigos da CLT e com o próximo ataque em curso,
que é a reforma da previdência.
"Tivemos um grande golpe com essa LeiTrabalhista, por
isso, precisamos estar preparados. Do ponto de vista de
representação somos o maior ramo organizado dentro da
CUT. Neste Seminário vamos fazer um trabalho minucioso com
todos os modais estratégicos e também queremos
envolver outras importantes categorias nessa luta. A Lei
Trabalhista é um retrocesso para classe trabalhadora. e temos que
organizar a nossa estratégia para que possamos ampliar
cada vez mais nossas mobilizações e paralisações", frisa.
O importante é politizar a base
O deputado federal (PT-SP), Arlindo Chinaglia, fez uma
retrospectiva relatando que desde que a direita voltou ao poder no
Brasil, por meio do golpe do impeachment da presidenta Dilma
Rousseff, a classe trabalhadora está perdendo tudo o que conquistou
em meses. “Nas gestões de Lula e Dilma, tiramos 40 milhões de
pessoas da miséria e hoje estamos assistindo a volta da
miséria e a piora da desigualdade social”, relata.
Chinaglia fez um alerta aos dirigentes, destacando que os
sindicatos têm um papel indiscutível de unir os trabalhadores em
pautas específicas, mas é preciso avançar mais. “Unificar
não é suficiente. Se o Sindicato não politizar a sua base, não
adianta nada. Também não adianta aprender só ouvindo, tem que
se preparar”, conta.
O parlamentar reforçou aos sindicalistas que para mobilizar
os trabalhadores tem quer ter ideologia na
cabeça. “Se o povo soubesse o que é mais valia,
entenderia que o sistema capitalista suga até sua vida pelo
lucro. O empresário é um explorador, ele ganha do salário dos
outros. O capitalismo opera hoje com o convencimento, a ponto de as
pessoas acharem normal ser pobre ou rico. O papel de vocês é
desconstruir esse convencimento”, frisa.
Só indignação não basta
Arlindo também orientou os sindicalistas a irem para os
bairros, ouvir os cidadãos comuns e os milhões de brasileiros
desempregados, que têm a triste ilusão de que a reforma trabalhista
vai gerar empregos.
“Só indignação não basta, não nos iludamos, temos que fazer o
convencimento. Olha a Reforma Trabalhista, ela tira direitos,
enfraquece sindicatos e dificulta a Justiça. A maior força do
trabalhador é a greve. Não estamos derrotados, e temos o
dever de organizar e lutar com todas as nossas forças, mas com
ideologia. Para 2018, faço um apelo aqui a todos vocês: mostrem
para os trabalhadores, amigos e parentes quem são os deputados que
destruíram seus direitos, façam campanha contra eles, para não se
reelegem em 2018”, finaliza.
Principais falas durante a
abertura
“Precisamos construir com outros segmentos da sociedade uma
mobilização nacional para dar uma resposta à altura da classe
trabalhadora contra esses golpistas corruptos que se acham donos do
Brasil”, José Renato. diretor da Federação Nacional dos
Portuários (FNP).
“Não podemos esmorecer e junto com a CUT e com os movimentos
sociais podemos organizar uma paralisação nacional para que
possamos barrar a reforma da previdência, que é ruim para os
trabalhadores e para povo brasileiro”, Orisson Melo, diretor do
Sindigru e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil
da CUT (FENTAC).
“No dia 28 de abril, fizemos a maior greve geral dos últimos
tempos. Os rodoviários do DF pararam 100%. Sempre repito essa frase
do Lula: que ninguém ouse duvidar da capacidade de luta da classe
trabalhadora. Hoje, precisamos construir a solidariedade de
classe para conquistaremos o que almejamos”, Julimar, da CUT-DF
e da Contracs.
“Toda vez que a CNTTL precisou de nós sempre atendemos. De tanta
greve que fizemos, virei até freguês do TRT. O movimento sindical
tem muita gente acomodada. Temos que ir pra rua e dar prejuízo para
os empresários, mexer no bolso deles. Covarde não aquele que não
luta, mas aquele que aceita tirar seus direitos sem lutar”,
Jorge, presidente do Sindicato dos Rodoviários do DF.
“Esse Seminário veio no momento oportuno para que possamos sair
daqui e pensarmos ações de combate e resistência no dia seguinte”,
Francisco França, presidente da FESTTT.
“Foram alterados mais de 100 artigos da CLT que são prejudiciais
aos trabalhadores. Não podemos fazer greve só com os
rodoviários, temos que envolver as demais categorias”,
Jota Carlos, presidente da Federação Norte Nordeste dos
Rodoviários.
“Temos que debater seriamente nesse Seminário como ficará a
sustentação não só dos nossos sindicatos, mas das nossas
federações, que hoje todas estão consolidadas, da nossa
Confederação e da CUT”, Wagner Menezes, Marrom, diretor de Saúde da
CUT-SP e da CNTTL/CUT.
“Nosso país está acometido por uma doença que foi o golpe, o
impeachment e a ruptura do estado democrático de direito. Essa
doença apresentou sequelas com uma série de projetos
nefastos, que congelam recursos, querem mudar o ensino médio,
assim como a reforma trabalhista e agora vem a previdência.
Então cabe a nós fazer um enfrentamento a essas sequelas”, Rodrigo
Brito, é presidente da CUT-DF.
“A classe trabalhadora será brutalmente atingida com essa
reforma trabalhista, e as mulheres serão as mais prejudicadas.
Vamos debater nesse seminário encaminhamentos em defesa das
trabalhadoras”, Kelly Cristina, diretora da CNTTL e dos Rodoviários
de Sorocaba.
“A CUT realizou recentemente um Congresso e tirou
resoluções políticas, que tratam da sustentação financeira e sobre
o ponto de vista jurídico da reforma trabalhista. As greves gerais
tiveram papel importante e vamos sair daqui com propostas de
enfrentamento contra os patrões”, Eduardo Guterra, vice-presidente
da CNTTL e diretor da executiva da CUT Nacional.
Seminário Nacional sobre Reforma Trabalhista 21/11/2017
Seminário Nacional sobre Reforma Trabalhista
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Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL:José Carlos da Fonseca - Gibran
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