15 de março: Todos nas ruas para barrar roubo de direitos

Presidente da CUT, Vagner Freitas, acredita reformas previdenciária e trabalhista serão derrubadas pela mobilização nacional

Por: CUT edição Redação CNTTL
Publicação: 13/03/2017
Imagem de 15 de março: Todos nas ruas para barrar roubo de direitos

divulgação

Nesta quarta (15),  CUT junto a todas as centrais sindicais brasileiras e movimentos sociais do campo e da cidade promoverão um Dia Nacional de Paralisação.

Em entrevista ao Portal CUT, o presidente da Central, Vagner Freitas, aponta porque a proposta de reforma trabalhista começa a ganhar visibilidade. Não por acaso, quando a insatisfação com o roubo da aposentadoria promovido pelo ilegítimo Michel Temer (PMDB) cresce na sociedade.
8 de março 
Para Freitas, os atos do 8 de março foram muito grandes em todo o país e atacaram duramente a reforma da Previdência do Temer. “ Eu participo dos atos do Dia Internacional da Mulher desde 1991 e nunca um tão bonito e tão forte como esse. Levantou muito o moral e deu um belo pontapé para o dia 15. As mulheres colocaram uma energia em todo mundo e nossos sindicatos estão muito organizados e vibrantes para fazer a paralisação”, destaca.

Negociar reforma da Previdência

Freitas frisou que a CUT mantém a postura de não negociar a proposta de reforma da Previdência com o governo golpista  “Não é por intransigência ou radicalismo, mas porque não é uma proposta para melhorar. A CUT estará cumprindo um desserviço ao trabalhador se negociar, ao invés de 49, 45 anos de contribuição. Ao invés de a idade mínima para aposentar ser de 65, passar 62 anos. Isso é entrar na lógica que o Temer quer para passar a proposta dourando a pílula. Não dá para discutir com um governo golpista, que não foi eleito e que foi colocado para cumprir algumas tarefas”, ressalta. 

Recuperação da economia 

O presidente da CUT também alertou que o governo golpista não apresentou uma única proposta para recuperação econômica. “Tudo que fazem é tirar direitos dos trabalhadores para tirar gasto público. Só que isso não é gasto, é direito e política social. Por mais que a imprensa fique especulando e torcendo para ver uma luz no fim do túnel, de que há uma recuperação, não podem esquecer que vivemos uma instabilidade institucional. A cada minuto há uma denúncia nova contra o presidente golpista, o presidente da Câmara, do Senado e centenas de parlamentares. Fora que o corte de gasto em investimento social sucateia a infraestrutura e torna isso um problema para quem deseja investir no país”, salienta.

O dirigente reafirma que o que gera emprego é aquecimento da economia, mas que os golpistas  não vieram para resolver problemas de trabalhadores, mas de quem financiou o golpe como os rentistas, que querem dominar o setor de óleo e gás e por isso não pode ter Petrobras. “É para esse povo que estão governando e por isso não podemos negociar a retirada de mais direitos dos trabalhadores”, finaliza.
 



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