Berzoini: “Temer quer excluir pobres do direito de aposentar”

Ex-ministro da Previdência do governo Lula avalia que Reforma de Temer fará contribuição dos pobres viabilizar aposentadoria dos ricos

Por: Agência PT
Publicação: 07/12/2016
Imagem de Berzoini: “Temer quer excluir pobres do direito de aposentar”

divulgação

A Reforma da Previdência que o governo golpsita de Michel Temer (PMDB) quer aprovar, é uma reforma “golpista que exclui os pobres do direito de aposentar”, avalia o ministro da Previdência Social do primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ricardo Berzoini.

Na terça-feira (6), Temer encaminhou ao Congresso Nacional sua proposta de Reforma da Previdência, que estabelece 65 anos como idade mínima para homens e mulheres se aposentarem, além de aumentar o tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos.

Segundo o petista, a proposta do golpista não leva em conta a desigualdade social, que tem consequências na expectativa de vida. “Se você for em um bairro de classe média, a expectativa de vida é de 88 anos, 90 anos. Em um bairro pobre, será de 63, 64 anos. Ou seja, aprovar 65 anos como idade mínima para se aposentar é dizer o seguinte: vamos ter o INSS onde a contribuição dos pobres viabiliza a aposentadoria da classe média e dos ricos”, explica Berzoini.

Como consequência, segundo o parlamentar, o mais pobre se aposentará ganhando menos e tendo contribuído por mais tempo, “enquanto o outro vai se aposentar ganhando mais, e tendo contribuído menos tempo. É injusto”.

“Sem falar que para conseguir garantir 100% do valor da aposentadoria, o trabalhador, seja qual for, terá que ter 49 anos de contribuição”, acrescenta o deputado, se referindo a regra imposta pela Reforma, que estipula que o tempo mínimo de contribuição de 25 anos dará direito a apenas 76% da aposentadoria.

 “Se ele quisesse fazer isso, faria uma reforma para os novos ingressantes no sistema. Mas não é o que Temer está fazendo. A sua reforma pega, inclusive, gente que tem 49 anos e 11 meses de idade, por exemplo, que vai ter que entrar na regra de transição”, enfatiza.

Para Berzoini, uma verdadeira Reforma da Previdência precisa ter o “traço da solidariedade, da sustentabilidade, da visão social, da concepção da Constituição de 88, que é uma Previdência pública, e não um negócio para os bancos.

 



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