Consciência Negra: Movimento negro vai às ruas denunciar ataque aos direitos do governo Temer

O ato, que completará 13 edições, está marcado para as 11h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista

Por: Rede Brasil Atual
Publicação: 17/11/2016
Imagem de Consciência Negra: Movimento negro vai às ruas denunciar ataque aos direitos do governo Temer

Arte do Movimento Negro

No próximo domingo (20), quando se comemora do Dia da Consciência Negra, militantes do movimento negro convidam manifestantes a sair às ruas de São Paulo contra o governo de Michel Temer, contra o genocídio da população negra e pela manutenção de políticas sociais. O ato, que completará 13 edições, está marcado para as 11h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.

Ex-senador e parceiro de Martin Luther King na luta em favor dos direitos dos negros nos Estados Unidos, o reverendo Jesse Jackson participará da marcha. "Vemos com preocupação a crescente onda conservadora no Brasil de conteúdo racista, misógino, classista e fascista, com forte impacto em São Paulo, ameaçando direitos conquistados, violando a Constituição, aumentando a violência, o desemprego e a precarização do trabalho", dizem os organizadores da manifestação no texto de apresentação do ato, no Facebook.

"O Brasil é um país fundado no racismo. O país é fruto de uma construção racista de nação e de quase 400 anos de escravidão", afirma o militante do movimento negro Douglas Belchior. "Os estudos de qualidade de vida mostram isso: a maioria dos negros está na precariedade, nos espaços de violência e de negação de direitos. Os negros são minoria nos cargos altos e entre os ricos, mas são maioria entre os que não têm casa, os que são presos e as vítimas de violência policial."

Os negros ganham, em média, 57,4% do rendimento de trabalhadores brancos, segundo dados do IBGE, de 2013. São maioria dos cadastrados no programa Bolsa Família, e a taxa de analfabetismo é duas vezes maior entre os negros (11,5) do que entre os brancos (5,2). Menos de um terço dos candidatos a governador nas eleições de 2014 eram negros.

"Uma das principais provas que o racismo persiste é o genocídio da população negra. A morte negra é vista como algo habitual e cotidiana, que continua a não motivar reação social. O racismo continua a se manifestar da forma mais violenta possível e perversa possível: exterminar a população negra", diz Douglas.

O número de pessoas negras assassinadas por armas de fogo no Brasil é 2,6 vezes maior que o de pessoas brancas, segundo o Mapa da Violência de 2016. Entre 2003 e 2014, houve queda de 27% na taxa de mortes por armas de fogo entre os brancos, enquanto entre os negros ocorreu aumento de 9,9%.


Serviço:
Bloco das mulheres negras na XIII Marcha Da Consciência Negra de São Paulo
Data: 20 de novembro
Concentração: A partir das 11h



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