Foto: Sindicato
Os estivadores de Santos, litoral paulista, voltaram a paralisar todos os navios atracados nos terminais de contêineres do porto. A paralisação aconteceu na segunda (4) defronte ao terminal da Libra, na Ponta da Praia.
Segundo o presidente do sindicato dos Estivadores de Santos, Rodnei Oliveira da Silva ‘Nei’, os operadores (empresários) aumentaram o número de vinculados em detrimento dos avulsos e não respeitaram o direito de greve na sexta-feira (1º), quando operaram navios com mão de obra da tripulação.
Nei e o advogado Marcello Vaz Santos aguardam parecer do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra da Silva Martins Filho, um requerimento de medida cautelar protocolado pelo sindicato na sexta-feira (1º), quando houve greve de 24 horas.Se o parecer for favorável, o processo TST-ED-1000895-40.2015.5.02.0000, já julgado pelo TST, poderá ser apreciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), inviabilizando a utilização de 66% de mão de obra vinculada contra 34% avulsa.Nesta segunda-feira, segundo Nei, o sindicato dos operadores portuários do estado de São Paulo (Sopesp) aumentou para além de 66% o vínculo de estivadores, o que dispensou a escala de aproximadamente 540 avulsos nas operações deste primeiro dia útil da semana.
Os trabalhadores entendem que, apesar do TST ter concedido aos empresários a possibilidade de utilizar 66% de mão de obra vinculada contra 34% avulsa, o processo ainda não transitou em julgado.Isso, segundo Nei e Marcello, quer dizer que a tramitação do processo ainda não terminou. “Tanto que provavelmente ele será apreciado no STF”, explica o sindicalista.O sindicato dos estivadores defende que, enquanto o STF não se pronunciar, ou seja, enquanto o processo não transitar em julgado, a paridade deve ser de 50% vinculados e 50% avulsos.Esse percentual, explica Nei, está previsto no acordo coletivo de trabalho de 2014 entre os dois sindicatos, válido até hoje, visto que o Sopesp se nega a negociar sua renovação.
A segunda medida judicial providenciada em Brasília pelo advogado Marcello Vaz é um recurso extraordinário, interposto no TST, onde é analisado, em primeiro grau, para depois rumar ao STF.A categoria reivindica resposta do sindicato dos operadores portuários do estado de São Paulo (Sopesp) às reivindicações de data-base de 1º de março.Os estivadores defendem a paridade de 50% de trabalhadores avulsos em atividade nos terminais, enquanto os empresários do setor insistem na vinculação de 66% da mão de obra.
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