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As mulheres estão tomando coragem e denunciando seus agressores. É o que aponta o levantamento da Central de Atendimento à Mulher Disque 180. O disque-denúncia do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos é a principal porta de acesso aos serviços que integram a rede nacional de enfrentamento à violência contra a mulher.
Segundo dados, 179 relatos de agressão por dia e mais de 32 mil ligações relatando a violência contra a mulher só no primeiro semestre do ano passado. Além de 634 mil atendimentos, de janeiro a outubro de 2015, 56% maior que o mesmo período de 2014, quando 406 mil vítimas foram atendidas.
O Mapa da Violência 2015 traz um número ainda mais assustador. Entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino passou de 3.937 para 4.762, que representam 13 homicídios femininos diários.
Hoje no Brasil, homem que mata mulher pelo fato dela ser mulher é criminoso. A Lei do Feminicídio, sancionada pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, em Março de 2015, altera o código penal para prever o crime como homicídio qualificado e inclui-o no rol dos crimes hediondos, com previsão de pena de até 30 anos.
Mas a Lei Maria da Penha de 2006, outra conquista da luta das mulheres, alerta que há outras formas de violência.
Machismo e Racismo
Além da motivação em denunciar, o levantamento também revela outra face da violência. Mais da metade das denúncias foi de violência contra mulheres negras. Ao todo foram 58,55% das ligações, somando contatos por terceiros ou pela própria vítima.
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