Lidiane Ponciano
Com o palco do plenário principal do 12º CONCUT lilás e 100% feminino, na quinta-feira (15) foi aprovado por unanimidade as resoluções do 8º Encontro Nacional das Mulheres da CUT, que aconteceu em Brasília em março deste ano.
Políticas para mulheres do campo, da cidade, da floresta e das águas, como o tema da violência, direitos sexuais e reprodutivos, creche pública de qualidade, igualdade salarial e a ratificação da convenção 156 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata do compartilhamento das responsabilidades domésticas, foram discutidos durante o "Encontro da Paridade" que reuniu mais de 600 sindicalistas.
A CUT, como a única central do mundo e a mais democrática, foi a primeira a implantar a paridade na sua direção, fato que nos leva a ter grandes compromissos com as demandas das mulheres trabalhadoras", explicou a secretária Nacional de Mulheres Trabalhadoras, Rosane Silva.
O encontro teve debates sobre as políticas públicas e o papel do estado na vida das mulheres, definição das estratégias e ações para dar visibilidade e reconhecimento a contribuição social, político e econômico das mulheres disputando outro modelo de desenvolvimento com inclusão social, superação da desigualdade e contra a opressão que as mulheres sofrem cotidianamente no mundo do trabalho e na sociedade.
Resoluções do 8ºEncontro Nacional das Mulheres da CUT
As mulheres construíram coletivamente, durante o 8º Encontro Nacional, resoluções que inclui a defesa da Petrobrás, Reforma Política e a Democratização da Comunicação.
Confira abaixo as principais resoluções:
- Sensibilização das direções dos ramos e sindicatos sobre a paridade
- Mapeamento da quantidade de mulheres na CUT
- Paridade nas delegações em todos os fóruns da CUT
- Secretarias de Mulheres das Estaduais devem participar da coordenação dos CECUTs
- Formação sobre o tema, para poder viabilizar a discussão de gênero nos sindicatos CUTista – com envolvimento de homens e mulheres
- Lutar por creche nos sindicatos e nas mesas de negociação
- Pensar uma política de enfretamento contra o assedio moral e sexual no movimento sindical e no trabalho
- Formação sindical – estruturar curso de formação na CUT sobre a luta feminista, abordando a luta das mulheres na CUT, com recorte racial.
- Implementação do Plano Nacional de Saúde Integral da Mulher
Despedida
Depois de aprovado o caderno de resoluções das mulheres cutistas, a presidenta da CUT, Carmen Foro, fez questão de homenagear a secretária de Mulheres Trabalhadoras, Rosane Silva, que terminou seu mandato na sexta (16).
“Seu compromisso de alma com o projeto de igualdade e com a CUT deixará marca na história desta central, a paridade é só um passo. Nós sairemos do congresso e vamos construir as bandeiras das mulheres e lutar pela divisão igualitária dos cargos de poder da nossa central. A paridade não é só um número!”.
Rosane emocionada falou que sairá da CUT outra pessoa, outra mulher. “Eu saio mais fortalecida e aguerrida para continuar a luta com mais igualdade, socialista e feminista”, finalizou a dirigente.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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