divulgação
A pesquisadora da Unicamp, Juliane Furno, em artigo ao site Brasil
Debate, argumenta que as mulheres serão as mais prejudicadas como o
Projeto de Lei 4330, que permite a terceirização total do trabalho
e que foi aprovada na Câmara no último dia 8 de
abril.
Para Juliane, “se a constituição cidadã de 1988 foi um “ponto fora
da curva” em um momento histórico de recessão econômica e de aposta
das promessas de “salvação” de corte liberal, o mesmo se pode dizer
quanto à aprovação de um dos principais projetos de precarização e
rebaixamento da força de trabalho, em um período histórico de
avanços trabalhistas, representado pelo baixo índice de desemprego
e pela constante valorização real do salário
mínimo”.
Segundo a pesquisadora, o impacto da lei será maior sobre as
mulheres. “Visto que as mulheres ganham em geral somente 80% do
salário dos homens, isso significa que seus rendimentos seriam
ainda menores! Além disso, as mulheres já são a maioria entre os
trabalhadores terceirizados, por um agravante histórico da
construção do patriarcado, o qual relega as mulheres – de forma
naturalizada – uma posição subalterna no mercado e as reserva às
posições com piores rendimentos e mais desvalorizadas
socialmente.
Com a aprovação do PL 4330, a prática da terceirização passa a ser
legitimada e incentivada, e as mulheres são a categoria mais
atingida por essas formas de contratação, em especial as mulheres
negras.
Além disso, há uma institucionalização no imaginário social
coletivo de que as mulheres devem desempenhar os trabalhos
domésticos e de cuidado, segundo uma lógica de divisão sexual do
trabalho. Essa situação já cria uma dupla jornada de trabalho para
as mulheres, que têm seus empregos no mercado e suas obrigações nas
tarefas de reprodução.
Como, em geral, os trabalhadores terceirizados trabalham em média
4h diárias a mais que os contratados diretos, e pressupondo que as
mulheres são a maioria das terceirizadas, isso representa mais uma
adição na quantidade de horas de trabalho que as mulheres
desempenham, contabilizando as remuneradas e as não
remuneradas”.
Do Portal Fórum
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