Metalúrgicos durante ato - crédito Viviane Barbosa/Mídia Consulte
Metalúrgicos cutistas do Estado de São Paulo e de várias regiões do País participaram na quinta-feira (2) de ato público em defesa da renovação da frota de caminhões do país. A atividade aconteceu em frente à sede regional do Ministério da Fazenda, em São Paulo. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística da CUT (CNTTL) também apoia essa luta.
A mobilização teve como objetivo chamar a atenção do governo federal para a pauta de reivindicações entregue no início do ano pedindo medidas de estímulo à produção de caminhões, como mecanismo para garantir empregos nas montadoras, aquecer a economia, além contribuir com a prevenção de acidentes de trânsito e a melhoria no meio ambiente.
Empregos de qualidade
Para o presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, a medida trará inúmeros benefícios. “O Estado de São Paulo é o que tem maior complicação de trânsito, ou seja, maior dificuldade mobilidade urbana, principalmente a região metropolitana. Um projeto desses que tira veículos velhos de circulação faz com que o trânsito flua de maneira mais rápida. Se deixa de ter caminhões quebrados nas marginais, nas vias de acesso e nas estradas que cortam o Estado. Além disso, melhora a qualidade do ar e traz empregos de qualidade, pois atrai novas tecnologias”, defende Luizão.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, esse é um tema muito importante para todo País. “O programa prevê retirar de circulação caminhões com mais de 30 anos. Esses caminhões antigos representam 7% da frota, cerca de 200 mil veículos e consomem 10% a mais de diesel em comparação com os novos”, explica Marques.
Já o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Paulo Cayres, reforçou que o projeto trará novas formas de financiamento para contemplar de caminhoneiros individuais a grandes transportadoras e vai estimular a renovação da frota. “O projeto contribui para incrementar a produção nacional de caminhões. Irá funcionar ainda como um mecanismo para garantir empregos nas montadoras, aquecer a economia, além de contribuir para prevenção de acidentes de trânsito e melhoria no meio ambiente, uma vez que os caminhões mais novos emitem menos poluentes”, destaca Cayres.
O presidente da CUT nacional, Vagner Freitas, ressaltou que a renovação de frota é necessária para desenvolver a economia e gerar mais empregos. “Queremos e exigimos respostas da equipe econômica. Ao mesmo tempo que a CUT estará ao lado da presidenta, pronta para lutar contra golpes, exigimos mudanças na política econômica do governo”, disse.
O ato foi convocado pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM/Força Sindical), com apoio da CUT/SP.
Histórico
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC discute este tema desde 1998
quando lançou o documento “Renovação e reciclagem da Frota de
Veículos”. Em 2003, foi apresentado ao então presidente eleito
Lula, o plano de 7 metas, na qual foi proposto uma meta de
renovação da frota de veículos. Em 2009, em meio à crise
internacional, o Sindicato propôs ao Presidente Lula um programa
para renovação da Frota de Caminhões. Em 2011, foi novamente
apresentado o tema para a presidenta eleita Dilma.
Com a criação do Conselho Setorial Automotivo em 2012, o Sindicato
apresentou o tema aos diferentes ministérios e a partir daí iniciou
o debate com os demais setores envolvidos. Em 2013, iniciou um
debate com diversos setores para a construção de uma
proposta.
Proposta
A Renovação da Frota prevê a retirada de caminhões de circulação,
em um primeiro momento, com mais de 30 anos, o que representa quase
20% da frota atual. Embora esses caminhões tenham autorização para
circular, dados do Ministério dos Transportes mostram que dos
veículos pesados que se envolvem em acidentes, um terço deles tem
mais de nove anos. Além disso, de todos os acidentes registrados,
10% tem participação de caminhões com idade superior a esta.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, são
227.982 caminhões com mais de 30 anos. A ideia é que os caminhões
antigos sejam entregues em um posto de reciclagem e serão
totalmente destruídos em troca de um certificado, que garantirá o
acesso de seus proprietários às linhas de crédito específicas para
aquisição de caminhões novos. Essa medida estimulará a produção de
caminhões, o que provocará um impacto positivo na geração de novos
postos de trabalho e na renda do
trabalhador.
Da FEM-CUT/SP
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