Foto: divulgação
As mulheres tiveram o maior aumento real do rendimento médio de todas as fontes na comparação entre 2000 e 2010, quando avançou 12,0%. A atividade delas no trabalho também subiu mais do que a dos homens no período. A taxa passou de 79,7% para 75,7% entre os homens e de 50,1% para 54,6% entre as mulheres. Mas a desigualdade entre os sexos resiste na patriarcal sociedade brasileira: elas ainda ganham em média 68% do que os homens recebem.
É o que mostram as Estatísticas de Gênero – Uma análise dos resultados do Censo Demográfico 2010, produzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento, divulgado nesta sexta-feira (31), foi feito em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e a Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais e Quilombolas do Ministério do Desenvolvimento Agrário (DPMRQ/MDA).
Os desafios das mulheres, que representam a maior parcela da população brasileira, persistem em todos os setores. O crescimento da formalização entre elas (de 51,3% para 57,9%), por exemplo, foi inferior ao dos homens (de 50,0% para 59,2%). Além disso, em 2010, 30,4% das mulheres de 16 anos ou mais não tinham rendimento, frente a 19,4% dos homens.
Porque as mulheres se esforçam mais e recebem menos
A conclusão, segundo o IBGE, é que as mulheres estudam mais, mas possuem formação em áreas que auferem menores rendimentos; estão mais presentes no mercado de trabalho, mas continuam ganhando menos e caminham mais lentamente rumo à formalização.
“Ganharam espaço entre os responsáveis pelas famílias e domicílios; e, mesmo entre elas, há importantes diferenciais regionais e de cor ou raça, que reforçam as desigualdades de gênero ainda enfrentadas pelas mulheres no Brasil”, destaca o instituto.
A publicação apresenta indicadores sobre aspectos populacionais (incluindo famílias e migração), pessoas com deficiência, habitação, educação, mercado de trabalho e rendimento. Além da desagregação por sexo, há também por cor ou raça, situação do domicílio e grupos de idade, entre outras.
Chefia das famílias
Em 2000, as mulheres comandavam 24,9% dos 44,8 milhões de domicílios particulares existentes no País. Em 2010, essa proporção cresceu para 38,7% dos 57,3 milhões de domicílios brasileiros, o que representam um aumento de 13,7 pontos percentuais, segundo o estudo.
Com informações do Portal Brasil
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