Caminhoneiros autônomos e celetistas se reuniram no Rio de Janeiro, na sexta-feira (19), para o 4º Encontro Nacional da categoria. O evento foi promovido pela CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), em parceria com a FECAMRJ (Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas do estado do Rio de Janeiro).
Realizada de forma híbrida (presencial e online), a reunião abordou os avanços e desafios nas negociações com ministérios, órgãos do governo e a Secretaria-Geral da Presidência da República.
Entre os principais temas em pauta estiveram o cumprimento do Piso Mínimo de Frete, a alteração da jornada de trabalho dos caminhoneiros autônomos e a aposentadoria especial aos 25 anos de contribuição ao INSS.
O diretor da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer, e presidente do Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Ijuí-RS), apresentou um panorama das tratativas com o governo, criticou a lentidão na fiscalização do Piso Mínimo de Frete, mas destacou o aumento das multas após a pressão da Confederação em conjunto com os caminhoneiros.
Sobre a aposentadoria especial, o diretor alertou para a necessidade de intensificar a mobilização, a fim de garantir a inclusão da categoria, no Projeto de Lei Complementar (PLP) 42/2023, que regulamenta a aposentadoria especial, e contemplou os aeronautas, agentes de trânsito e transportadores de valores.
Segurança e saúde mental
A convite das entidades organizadoras, o delegado Cassiano Condes, da recém-criada Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas da Baixada Fluminense, ressaltou a importância de uma atuação integrada entre a polícia e os transportadores para o enfrentamento ao crime. Ele explicou que a unidade foi criada para ampliar a capacidade de resposta em uma região marcada pelo alto índice de roubos.
Já a psicóloga Adriane Danibal apresentou dados preocupantes
sobre a saúde mental dos caminhoneiros: cerca de 30% dos
afastamentos por doenças mentais no Brasil estão ligados a
trabalhadores do transporte. Ansiedade, depressão e transtorno de
estresse pós-traumático (TEPT) aparecem como os principais
problemas.
Segundo ela, fatores como distância da família, falta de descanso
adequado e exposição a situações de risco, como assaltos, agravam o
quadro.
“É essencial garantir suporte psicológico, por meio de ferramentas
digitais, como consultas online, e também criar pontos de apoio nas
estradas”, reforçou.
Unidade da categoria
O presidente da CNTTL, Paulo do Transporte, fez um apelo à unidade,
lembrando que a união é fundamental para fortalecer a
representatividade da categoria junto ao governo federal.
Litti Dahmler reforçou a necessidade de manter a pressão,
afirmando que “qualquer governo ou parlamentar é igual a feijão: só
funciona na pressão”.
Ao final, os caminhoneiros aprovaram a realização do 5º Encontro
Nacional da categoria, que acontecerá em Guarulhos, no dia 1º de
novembro, dando continuidade às discussões.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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