Iniciada por diversos sindicatos cutistas, a revista já conta com 700 mil leitores.
Publicação: 16/06/2010
A "Revista
do Brasil", iniciativa de diversos sindicatos cutistas, tem tiragem
de 360 mil exemplares mensais e já conta com 700 mil leitores. Ao
completar exatos quatro anos, a Revista traz uma reportagem de capa
sobre o movimento sindical e sua ação nas eleições 2010.
Trabalho decente, democracia participativa, respeito aos movimentos
sociais, crescimento sustentável e com distribuição de renda em
meio a uma pauta de mais de duas centenas de reivindicações para
ser entregue aos postulantes à sucessão de Lula. Foi esse o teor do
documento que selou a manifestação do dia 1º de junho no Pacaembu,
em São Paulo, organizada por cinco das seis centrais sindicais do
país.
Criadas num ambiente historicamente marcado por divergências e
divisões, as diferentes vertentes do sindicalismo brasileiro
alcançaram durante os dois mandatos de Lula uma aproximação inédita
em torno de pontos comuns, como a valorização do salário mínimo e a
redução do imposto de renda da classe média assalariada. A edição
mostra um balanço de indicadores econômicos e sociais das eras FHC
e Lula, que deve influenciar a intervenção das centrais no período
eleitoral que se inicia.
Textos de Vitor Nuzzi e Flávio Aguiar analisam as ações do Banco
Central brasileiro voltadas a conter o crescimento econômico,
enquanto na Europa os países novamente recorrem aos cofres públicos
– e aos direitos sociais da população – para tentar conter a crise
provocada pelo cassino do capitalismo desregrado que derruba como
num efeito dominó, com ponto de partida na Grécia, as economias do
velho continente. E em tempos de Copa do Mundo, Aguiar abre também
parênteses para mostrar que a bactéria da segregação racial ainda
não está morta na África do Sul.
A edição traz relatos do repórter João Peres, que visitou o
presídio de Urso Branco, em Rondônia, em processo de reabilitação
para funcionar como instrumento de recuperação das pessoas ali
aprisionadas. E reportagem de Vania Alves contando como a
especulação imobiliária avança sobre uma tradicional festa popular
de Cabo de Santo Agostinho (PE). Pernambuco que é a terra natal de
Alceu Valença, um dos mais importantes, inventivos e inquietos
artistas da MPB, que tem sua paixão pela cultura nordestina e sua
recém-concluída empreitada no mundo do cinema entre os destaque do
mês.
Maurício Thuswohl faz um passeio pelo revigorado Jardim Botânico do
Rio de Janeiro, Mouzar Benedito lembra sua primeira Copa do Mundo e
Renato Pompeu mostra o que as gerações de Paulo Henrique Ganso,
Didi e Pelé têm que a de Dunga não tem.