Bairros próximos ao Centro do Rio Grande (Créditos: Victória Silva|CUT Brasil)
Grupos de extrema direita, formado por alguns parlamentares e influenciadores digitais, têm espalhado notícias falsas de que o Governo Federal não tem ajudado as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul e que as doações não estariam chegando a quem precisa, espalhando o pânico e colocando a população contra as autoridades e entidades civis que estão na linha de frente organizando as doações e socorrendo pessoas e animais de estimação.
As mentiras são diversas, desde a de que a Polícia Rodoviária está pedindo nota fiscal das doações que estão sendo levadas ao estado; de que foram encontrados 300 corpos boiando na cidade de Canoas; que o governo federal patrocinou o show da cantora Madonna, no Rio de Janeiro, ao invés de mandar ajuda aos gaúchos; de que o empresário Luciano Hang enviou mais helicópteros para o estado do que a Força Aérea Brasileira (FAB), e a de que bombeiros estavam escondendo jet skis na cidade de Nova Santa Rita, entre tantos outros absurdos.
Para se ter uma ideia do tamanho do esquema de atuação dos governos federal e estadual, segundo o boletim divulgado ao meio dia desta segunda-feira (13), pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul foram resgatadas 76.470 pessoas e 10.814 animais. O total do efetivo federal, estadual e municipal envolvido nas várias operações no estado chega a 27.651 profissionais. O efetivo do governo federal ultrapassa 20.240 profissionais, em operações que mobilizam mais de 4.200 equipamentos, dos mais diversos tipos.
Além do salvamento de pessoas e animais, os profissionais do governo federal atuam no restabelecimento de energia e de telecomunicações, na recuperação de estradas e estruturas, no acolhimento e a estruturação de abrigos para desalojados, no atendimento em saúde e na garantia da segurança de instalações.
Apesar dessa ajuda, o que se ouve e vê nas redes sociais e em grupos de WhatsApp é a desinformação. Por isso que a tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul trouxe novamente à luz a necessidade de regulamentação do Projeto de Lei das Redes Sociais, o PL das Fake News (nº 2630/20). O tripé do PL, que está tramitando no Congresso Nacional e precisa ser aprovado, é a responsabilidade, liberdade de expressão e transparência.
O texto do projeto de lei fixa medidas para o combate à disseminação de conteúdos falsos nas redes sociais, prevendo penalidades para plataformas que autorizem esse tipo de postagem. A proposta legislativa é para regular as big techs (gigantes de tecnologia), que atuam no Brasil, como Facebook, X (antigo Twitter), Google e Telegram. Também consta no projeto a construção de mecanismos de regulação com penalidades para quem venha a disseminar e/ou patrocinar notícias falsas ou criminosas.
No entanto, em 9 de abril deste ano, o Projeto de Lei voltou à estaca zero na Câmara dos Deputados, quando o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que será formado um grupo de trabalho para sistematizar a matéria, antes de que seja enviada para votação em plenário. O PL já tinha parecer do relator Orlando Silva (PCdoB). Porém, em reunião de líderes, Lira disse que não havia consenso para que a matéria fosse apreciada em plenário. Orlando Silva disse que foi surpreendido com a decisão.
Para o secretário-adjunto de Comunicação da CUT Nacional, Tadeu Porto, o debate de combate às ditas fake news é um dos grandes desafios desse tempo histórico que a sociedade está vivendo. Ele entende que as redes sociais, as instituições e cada cidadão têm muita responsabilidade e, é preciso ter serenidade para entender esse momento e propor, de fato, uma ética que englobe todo mundo na sociedade.
“A quantidade de informação que a gente tem disponível, ela dificulta o entendimento do que é uma verdade absoluta. Nós passamos por momentos de muita incerteza e desconfiança. E isso faz com que as pessoas liguem a ideia de verdade ao seu desejo, que é aquele conceito de pós-verdade, e fica muito difícil dela simplesmente acreditar em algo que não esteja ligado ao que ela quer acreditar. A gente precisa seriamente pensar uma ética da informação, da comunicação, como um todo. O Estado, a sociedade e os sindicatos têm que pensar”, analisa o dirigente.
"Mais uma vez estamos diante de uma tragédia e não conseguimos comunicar bem sobre essa tragédia. E isso é horrível para qualquer sociedade que quer se sustentar enquanto um coletivo, com todas as pessoas da sociedade vivendo bem"
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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