“A aviação realmente é muito encantadora”

Esta frase é da sindicalista e funcionária da Infraero, a aeroportuária, Solange Maria Farias.


Publicação: 14/05/2010
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Com 36 anos de tradição e credibilidade no mercado, a Infraero é uma empresa pública nacional sediada em Brasília que está presente em todos os Estados da federação, reunindo aproximadamente 28.000 profissionais, entre orgânicos e terceirizados.
Vinculada ao Ministério da Defesa, a Infraero administra desde os maiores aeroportos brasileiros até alguns tão pequenos que sequer recebem voos comerciais regulares, caso de aeroportos cuja função é representar a soberania nacional em áreas longínquas. Ao todo são 67 aeroportos, 80 unidades de apoio à navegação aérea e 33 terminais de logística de carga.

Estes aeroportos concentram aproximadamente 97% do movimento do transporte aéreo regular do Brasil. O que equivale a dois milhões de pousos e decolagens de aeronaves nacionais e estrangeiras, transportando cerca de 113 milhões de passageiros.

O Espaço Mulher da CNTT-CUT entrevistou a funcionária pública e trabalhadora da Infraero, a aeroportuária baiana Solange Maria Farias que falou a “paixão pela aviação”, os desafios das mulheres neste setor e a importância das mulheres ocuparem cada vez mais espaços na vida profissional,sindical, acadêmica e política. Confira:

Portal CNTT-CUT O que lhe motivou escolher esta profissão?
Solange Maria Farias: O sonho de todos os brasileiros é ser empregado público. Como o concurso em pauta naquele momento era o da Infraero, depois de eu fazer as provas, passar e começar a trabalhar, veio a paixão pelo que faço!  Ao longo dos anos, percebi que a aviação realmente é muito encantadora. Trabalho na Infraero há 10 anos.

CNTT-CUT: Já sofreu algum preconceito por ser mulher?
Solange: Os dois primeiros anos foram muito difíceis, houve um momento que eu era obrigada a ouvir piadas do tipo, “para ficar no pátio tem que fazer xixi em pé”, como anatomicamente eu não podia fazer xixi em pé, fui tirada do pátio. Mas, na minha vida de um modo geral nada foi fácil,  mas isso fez com que eu acumulasse experiência e equilíbrio e acabei  dando a volta por cima, conquistando a amizade e o respeito dos meus colegas que hoje represento.
A pesar dos avanços e das conquistas de todas nós mulheres,  ainda temos que percorrer uma estrada longa no setor de transportes, não só como empregadas de qualquer uma empresa pública ou privada, mas, também, nos sindicatos, no parlamento na vida pública de um modo geral.

CNTT-CUT: Quais foram as dificuldades para exercer a profissão?
Solange:  A Infraero é uma empresa que nasceu no berço do militarismo, e consequentemente, a maioria dos seus empregados daquela época eram indicados por alguém vinculado a esse berço. Com isso, já podemos imaginar as limitações das pessoas para aceitar uma mulher com habilitação classe “D” com um par de raquetes sinalizando um MD 11, acoplando um finger em uma aeronave e ainda com filiação em um partido historicamente de esquerda, com o agravante de ser em um aeroporto de uma cidade dominada pelo Coronelismo Carlista mandando e desmandando, neste aeroporto. Após uma década,  tenho a satisfação de saber que após a chegada de diversos empregados concursados a empresa foi sendo oxigenada com novas ideias e nova visão, hoje o pátio está cheio de mulheres bravas e guerreiras vivendo harmoniosamente a vida profissional, homens e mulheres!  O corporativismo dos grupos dentro da empresa (dificultavam e ainda dificultam).

CNTT-CUT: Para as mulheres que sonham em ser trabalhar nesta profissão, quais são os seus conselhos?
Solange: Olha, acho que as mulheres estão aptas a desenvolver qualquer profissão, isso é fato! Por isso mesmo, o meu conselho seria “vamos em frente, não existem barreiras intransponíveis: só depende de nós”.

CNTT-CUT: Caso queira completar alguma informação fique à vontade!
Solange: O que preocupa nos dias de hoje não são as discriminações dos alienados profissionais.   O que causa muita preocupação são as ações discriminatórias dos que tiveram a oportunidade de acumular conhecimento e que inclusive defendem uma candidatura feminina para presidente, porém, nega a participação da mulher nos trabalhos de base, nas mesas de negociações, nas direções sindicais e associativa na disputa eleitoral, etc. Não se pode conceber um corpo funcional de uma empresa, com  35% de mulheres e sem representação feminina nos fóruns. Isso é veto, e é veto ao obvio, às vezes disfarçado com a participação de lideranças pré-fabricadas e de última hora. Isso é negar uma história testada e comprovada de companheiras que colocaram suas vidas à disposição da causa social e ideológica.

Viviane Barbosa, editora do Portal da CNTT-CUT, com a colaboração de Geisi Santos

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