Mulheres iniciam marcha em Campinas

“Seguiremos livres até que todas sejamos livres” é o tema da manifestação.


Publicação: 09/03/2010
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Um grupo de piauienses cantaram, no Largo do Rosário, região central do município a 100km da capital paulista, que a luta das mulheres pelo poder é difícil, mas precisa acontecer e que vieram do Piauí fazer barulho em terra alheia, como tantas outras de todo o País farão até o dia 18 de março, quando a terceira ação internacional da Marcha Mundial de Mulheres terminará.
Até lá, a mobilização seguirá por Valinhos (9), Vinhedo (10), Louveira (11), Jundiaí (12), Várzea Paulista (13), Cajamar (14), Jordanésia (15), Perus (16) e Osasco (17), em uma rotina que inclui acordar por volta das 4h30, iniciar a caminhada rumo à próxima cidade, se alimentar e no período da tarde, participar de oficinas de formação.
No ato inaugural da caminhada, cerca de 3 mil trabalhadoras cobriram em instantes as calçadas campineiras com o lilás das camisetas, bonés, faixas e bandeiras em defesa do acesso irrestrito a bens comuns e serviços públicos, paz e desmilitarização, autonomia econômica e o fim da violência contra as mulheres, eixos da ação que tem como tema “Seguiremos livres até que todas sejamos livres”.


Feminismo e luta
De acordo com Rosane Silva, Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, a central deve levar à caminhada cerca de 700 mulheres.
A expectativa é que além dos pontos citados, a mobilização dê visibilidade a temas do mundo do trabalho. “Iremos trazer à pauta geral os debates que estão sendo travados pelo movimento sindical como a redução da jornada de 44 para 40 horas, o acesso a creches públicas de boa qualidade e a ratificação da convenção 156 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – norma que assegura a igualdade de oportunidades para homens e mulheres.”
A Secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, ressaltou que as eleições em 2010 também colocam na ordem do dia a necessidade das mulheres ocuparem os espaços públicos. “O ato que inicia hoje demonstra uma imensa capacidade de luta e organização. Precisamos manter esse espírito para avançarmos mais para conquistarmos direitos que ainda nos são negados como a divisão de responsabilidades nos cuidados com os filhos e o salário igual para trabalho de igual valor.”
Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), Lucilene Binsfeld, a Tudi, esteve presente na manifestação e reforçou a necessidade de corrigir discrepâncias inexplicáveis. “Precisamos conquistar aliados que defendam propostas capazes de contribuir para a construção de um Estado realmente democrático, como a equiparação de direitos das trabalhadoras domésticas com os demais trabalhadores, o fim do trabalho aos domingos e a descriminalização do aborto. Estamos demonstrando hoje que não ficamos paradas enquanto as coisas acontecem.”

Motivação

Segundo Sônia Coelho, da Marcha Mundial de Mulheres, o momento é de apontar políticas como alternativas para frear a exploração da mulher. “Não temos uma pauta principal porque todas se relacionam: desde o fim da desigualdade e da mercantilização das mulheres, até um basta à violência e a falta de acesso a bens comuns como terra e emprego. Aí, entra também a questão da soberania alimentar e  a necessidade de expressar a solidariedade entre companheiras de todo o mundo que precisam combater a militarização em todo o planeta”, comentou.
Ela acrescentou que o Brasil avançou com a criação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, mas destacou a necessidade de maior ousadia no combate à desigualdade.
Às sete da noite, de mãos dadas e por cerca de quatro quilômetros, as manifestantes seguiram até chegar ao Ginásio Rogê Ferreira, onde dormiram acomodadas em colchonetes. Logo pela manhã, como costuma ser para a maioria delas, a batalha continuou.

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