Esta frase é da controladora de tráfego do Porto de Santos, Rosemeyre Duarte (foto com o filho).
Publicação: 05/02/2010
Nesta semana,
você vai conferir a entrevista da controladora de tráfego do Porto
de Santos -- um dos maiores complexos portuários da América do Sul,
cuja movimentação de cargas bateu recorde em 2009, registrando
83,194 milhões de toneladas -- Rosemeyre da Conceição Duarte,
36(foto). A título de informação, em 2009, o porto
paulista respondeu por 26,7% das exportações do País, com US$ 40,8
bilhões, também acima dos 25,2% do ano anterior. Para2010, aexpectativa é
aumentar em 5,3% a movimentação de cargas sobre o total do ano
passado. Cursando o curso superior de gestão
portuária, a trabalhadora Rosimeyre falou com o Portal da
CNTT-CUT sobre o seu dia a dia no Terminal 37 do Porto de
Santos e também aconselhou às trabalhadoras que sonham em trabalhar
nesta profissão a não desistirem nunca! Confira a
seguir:
CNTT-CUT: O que lhe motivou trabalhar no cais
do Porto de Santos? Rosemeyre da Conceição
Duarte:Minha carreira
profissional iniciou no transporte. Comecei vendendo passagem na
rua, depois uma amiga me indicou para trabalhar em “soltura de
pátio” no Porto de Santos (colocava a frota na rua).Esse trabalho
era cheio de desafios, algo que me fascinou. Às vezes, o ônibus
quebrava, não tinha como soltá-lo, não tinha ninguém pra me
orientar então eu tinha que dar um jeito. Foram as turbulências,
desafios e quebra de rotina que me fizeram gostar da área do
transporte. Nunca gostei de trabalhar em lugares fechados,
escritórios, essas coisas. Trabalhar em lugar aberto e agitado
sempre foi algo que busquei. Nesta primeira fase profissional,
trabalhei oito anos na Viação Piracicabana. Depois sai porque, por
ser um trabalho de 12 horas, me sentia muito consumida e não dava
tempo de ficar com o meu filho. Hoje, estou trabalhando há um ano e
meio como controladora de tráfego no Terminal 37 do Porto de
Santos. Amo o que eu faço! Adoro trabalhar ao ar livre, com
desafios e sem rotina. De manhã os desafios são maiores pela
movimentação do cais, mas à noite é mais
tranquilo.
CNTT:Já sofreu
algum preconceito por ser mulher? Rosemeyre:Nunca. Talvez alguma rejeição no começo, pela
função. Essa profissão não existia antes de eu entrar no Porto. Por
mais que todos os trabalhadores fossem homens, não entrei na função
sozinha, algumas mulheres entraram comigo. Nesta profissão, a
minha maior dificuldade foi a falta de uma instrução
concreta. Como é uma área nova, a pressão era muita. No começo,
fiquei meio perdida, sem direção. Uma vez a correria foi tanta que
não aguentei, e foi a única vez que chorei nesse
trabalho.
CNTT:Para as
mulheres que sonham em trabalhar no Porto, quais conselhos você
daria? Rosemeyre:Tem que ter muita força de vontade, pois a
área no cais é difícil, tem chuva, tem sol e muita correria. Tem
que querer muito.
Viviane Barbosa, editora do Portal CNTT-CUT
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