Assédio
moral ou violência moral no trabalho não é um fenômeno novo.
Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho. A novidade
reside na intensificação, gravidade, amplitude e banalização do
fenômeno e na abordagem ao trabalho. A reflexão e o debate sobre o
tema são recentes no Brasil, tendo ganhado força após a divulgação
da pesquisa brasileira realizada por Dra. Margarida
Barreto.
E o que é assédio moral no
trabalho?
É a exposição dos trabalhadores e
trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras,
repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no
exercício de suas funções. É mais comum em relações hierárquicas
autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas
de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s),
desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a
organização, forçando-o a desistir do emprego.
A prática desses atos pelos chefes pode
acarretar prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a
organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações,
passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpada
e desacreditada diante dos pares.
Os colegas de trabalho, por medo do
desemprego e a vergonha de serem também humilhados rompem os laços
afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e repetem ações
e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da
tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vitima vai
gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua
auto-estima.
Entretanto, quer seja um ato ou a repetição
dele, devemos combater firmemente por constituir uma violência
psicológica, causando danos à saúde física e mental, não somente
daquele que é excluído, mas de todo o coletivo que testemunha esses
atos.
A humilhação repetitiva e de longa duração
interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto,
comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e
sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que
podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a
morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas
relações e condições de trabalho.
A violência moral no trabalho constitui um
fenômeno internacional segundo levantamento recente da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) com diversos países desenvolvidos.
A pesquisa aponta para distúrbios da saúde mental relacionado com
as condições de trabalho em países como Finlândia, Alemanha, Reino
Unido, Polônia e Estados Unidos.
O que a vítima deve
fazer?
- Resistir: anotar com detalhes toda as
humilhações sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do
agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que
mais você achar necessário).
- Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor.
- Organizar. O apoio é fundamental dentro e fora da empresa.
- Evitar conversar com o agressor, sem testemunhas. Ir sempre com colega de trabalho ou representante sindical.
- Exigir por escrito, explicações do ato agressor e permanecer com cópia da carta enviada ao Departamento Pessoal ou Recursos Humanos e da eventual resposta do agressor. Se possível mandar sua carta registrada, por correio, guardando o recibo.
- Procurar seu sindicato e relatar o acontecido para diretores e outras instancias como: médicos ou advogados do sindicato assim como: Ministério Público, Justiça do Trabalho, Comissão de Direitos Humanos e Conselho Regional de Medicina (ver Resolução do Conselho Federal de Medicina n.1488/98 sobre saúde do trabalhador).
- Recorrer ao Centro de Referencia em Saúde dos Trabalhadores e contar a humilhação sofrida ao médico, assistente social ou psicólogo.
- Buscar
apoio junto a familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a
solidariedade são fundamentais para recuperação da auto-estima,
dignidade, identidade e cidadania.
Assédio Moral no
Trabalho
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