SNA move ação no Ministério Público contra a TAM

A companhia aérea acumula 22 processos no MPT. Assédio Moral e discriminação racial são algumas das ações. (foto Selma Balbino-SNA)

Publicação: 19/07/2009

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O Sindicato Nacional dos Aeroviários vai entrar com ação no Ministério Público do Trabalho contra a TAM. O informativo Aeroluta, edição de maio, denunciou que a companhia áerea intimidou funcionários a assinarem um abaixo assinado do Sindicato. O documento seria uma tentativa de minimizar as denúncias feitas contra um supervisor da TAM na edição de maio do jornal, baseadas em telefonemas e cartas enviadas pelos aeroviários ao Sindicato. Ao tomar conhecimento desse fato, a direção do Sindicato entrou em contato com a gestora de Recursos Humanos, Adriana Ferregutti, para pedir explicações.

Ela disse por telefone que a lista de fato existia, mas que havia sumido. Horas depois, desmentiu a informação por e-mail, em que afirmou desconhecer a existência do abaixo assinado. A diretoria do SNA achou essa postura muito estanha.

Ação no TRT

Apesar do impacto causado pelas denúncias vinculadas no Aeroluta, a empresa não tomou nenhuma medida para corrigir as irregularidades cometidas. Por isso, o Sindicato decidiu entrar com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) contra a companhia aérea. “Durante a última reunião com Antônio Pavanelli, que aconteceu no dia 15 de abril, apresentamos fotos para comprovar as más condições de trabalho impostas pela TAM. Ainda assim, nada mudou. Não vamos permitir esse desrespeito. Agora, nossa luta é na justiça”, declara Selma Balbino, Secretária Geral do SNA.

A última tentativa de diálogo com a TAM foi durante a reunião realizada em abril, com Antônio Pavanelli e Adriana Ferreguti. A TAM fez pressão para que os trabalhadores entregassem carta ao SNA informando a desistência da ação. Uma funcionária de manutenção preparou o documento e enviou ao Sindicato. Como a instituição não aceitou receber a carta se não fosse entregue pelo próprio trabalhador, ela se apresentou na sede do SNA para exigir o recebimento do pedido.

Questionada pelo presidente do órgão, Fernando Galdino da Silva, admitiu ter redigido as cartas, alegando que os mecânicos não conseguiriam preparar o documento. “A TAM deveria ter vergonha. Dizer que profissionais qualificados como os mecânicos não são capazes de tarefa tão simples”, declara a direção do sindicato.

MPT tem 22 denúncias contra a TAM

A TAM acumula 22 processos no Ministério Público do Trabalho (MPT) de Brasília. As ações abrangem todo o território brasileiro. Entre as denúncias constam o descumprimento de normas de segurança do trabalho e da Convenção Coletiva (CCT), assédio moral e crime de racismo. Para o Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), essa é a comprovação de que a empresa não está interessada em resolver os problemas dos funcionários, apesar das constantes tentativas de diálogo da instituição nos últimos dois anos. De acordo com o SNA, os aeroviários mais lesados são os de rampa. “A TAM trata esses profissionais com desprezo, como se fossem trabalhadores de segunda categoria”, afirma a direção.O SNA espera que a nova diretora de Recursos Humanos da TAM Agne Machado tenha uma postura diferente da do antigo responsável pelo cargo, Roberto Hobeika, e dos gerentes Arnaldo Amaral e Antônio Pavanelli. Segundo a instituição, eles não fizeram nada para melhorar as condições de trabalho da categoria. A direção do sindicato declara que está organizando documentos com as denúncias que foram entregues a TAM e, apesar disso, não tiveram solução nos últimos dois anos. Esse material será enviado a Agne Machado, para que ela se familiarize com as irregularidades cometidas pela companhia e busque uma solução.

Fonte: SNA

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