Aeroviários aprovam redução de jornada na TAP Brasil

Os trabalhadores aprovaram, no dia 12, em Porto Alegre e Rio de Janeiro, o plano de crise da empresa.


Publicação: 19/03/2009
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            Após semanas de negociações, os trabalhadores aeroviários de Porto Alegre e Rio de Janeiro aprovaram o plano de crise apresentado pela TAP (antiga VEM). A decisão aconteceu em assembléia, realizada no último dia 12 de março, na qual 624 trabalhadores votaram a favor da proposta e 263 a rejeitaram. Houve apenas um voto em branco e cinco nulos.

            Segundo a proposta, mais de 70% dos trabalhadores não terão redução de salários, apenas de jornada. Os outros 30% terão redução de salário e de jornada, mas a redução maior será na jornada. “De fato, a participação dos trabalhadores nas assembléias, debatendo a crise da empresa, expressando suas expectativas e demonstrando unidade contra a redução dos salários foi decisiva para que a TAP se esforçasse em traçar uma saída alternativa. Foi um negociação árdua, que evoluiu para a melhor proposta possível”, disse Celso Klafke, presidente da FENTAC-CUT e vice-presidente da CNTT-CUT.

             No Rio de Janeiro, a assembléia foi realizada pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA). Dos 803 trabalhadores, apenas 120 opuseram-se ao plano da empresa. Ambos os sindicatos, desde que a TAP tomou a iniciativa de apresentar o plano de crise, foram contrários à redução de salários. Uma proposta anterior chegou a ser votada no dia 19 de fevereiro e foi rejeitada pela ampla maioria dos trabalhadores.  

Defesa dos interesses da categoria

              Para os dirigentes sindicais, as entidades que representam os aeroviários cumpriram seu papel em defesa dos interesses da categoria. Na sexta-feira, dia 13, os sindicatos reuniram-se com representantes da TAP Brasil na sede da FENTAC-CUT , no Rio, para discutir o texto do acordo. A  pedido do Ministério Público, seus prazos foram divididos em duas partes. O acordo aprovado em assembléia, incluindo a sugestão do órgão prevê redução de jornada e salários por 105 dias e garante estabilidade de emprego por 180 dias. Ele é prorrogável nas mesmas condições, desde que seja aprovada em assembléia de trabalhadores. Com o plano, a empresa afirma que poderá superar a crise e evitar demissões.

              Além do acordo, a TAP Brasil busca junto ao governo federal apoio para a renegociação de sua dívida tributária, para tornar-se apta a novos contratos. A medida é apoiada pelos sindicatos de trabalhadores e pela Fentac/CUT e, se alcançada, resultará no fim do acordo e na normalização do regime de trabalho e salários dos funcionários da empresa.    

Fonte: Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre.



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