Pelo Mundo: Estudo prevê colapso na navegação

A análise tem como base o declínio recorde na contratação de navios para a movimentação de produtos como carvão, minério de ferro e grãos.


Publicação: 31/10/2008
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          As linhas de navegação que transportam commodities poderão sofrer um colapso nos próximos seis meses e suas empresas, ser levadas à falência em cerca de dois anos, segundo estudo da corretora internacional especialista em navegação Fearnley Fonds S.A.. Segundo a empresa, a análise tem como base o declínio recorde na contratação de navios para a movimentação de produtos como carvão, minério de ferro e grãos. A queda na demanda e ainda a falta de crédito impedirá que as companhias sejam capazes de pagar as encomendas de novas embarcações, a maioria prevista para ser entregue até 2010. Algumas operadoras, antes da crise financeira mundial, acreditavam em um aumento na procura por embarcações de commodities e chegaram a impulsionar grandes programas de construção de navios. Uma companhia ucraniana, por exemplo, que havia solicitado 55 novas embarcações, foi obrigada a pedir proteção contra falência na semana passada. Segundo o analista bancário Rikard Vabo, de Oslo, o índice de frete marítimo (Baltic Exchange Dry Index ou BDI) caiu 66% nos últimos três meses. Em maio, o BDI registrava 11.793 pontos. Ontem, marcava 1.220 pontos.

          Maersk Line reduz serviço Ásia-Europa      

          A Maersk Line confirmou, na semana passada, que irá retirar nove porta-contêineres da rota entre Ásia e Europa após o mercado não demonstrar qualquer reaquecimento. O serviço será suspenso temporariamente a partir do próximo mês e não há previsão de retorno. A companhia é um dos vários armadores que reduziram suas atividades entre Ásia-Europa devido à queda na demanda e no preço do frete. De acordo com a empresa, os cargueiros com capacidade para 7.600 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) serão transferidos para as linhas entre Ásia e Caribe.     

          Porto prevê queda no crescimento em 2009

          Autoridades do Porto de Ro- terdã (Holanda) anunciaram um crescimento de 6% na movimentação de cargas, atingindo 321 milhões de toneladas, nos primeiros nove meses do ano. Porém, elas advertem que, em 2009, deve haver uma considerável queda no crescimento, devido à desaceleração global. Os setores onde serão observados os maiores declínios são os de granéis químicos e contêineres.      

          Navios nigerianos são atacados      

          Mais três navios foram vítima de ataques piratas neste final de semana. O navio Bourbon Ajax foi sequestrado por homens armados na manhã do último sábado na costa da Nigéria. Cerca de 10 nigerianos foram feitos reféns. A embarcação e os tripulantes foram libertados pouco tempo depois. Um navio petrolífero também chegou a ser atacado, mas escapou dos piratas. Houve ainda uma embarcação não-identificada cujos passageiros tiveram alguns objetos roubados.     

          Otan escolta carregamentos      

          Na tentativa de amenizar a "epidemia" de ataques piratas pelo mundo, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deu início a novos planos. O primeiro deles foi o envio, na tarde de ontem, de navios deguerra paraque escoltassem um carregamento do Programa Mundial de Alimentação (da Organização das Nações Unidas) pela costa da Somália (África Ocidental), ondevários cargueiros foram atacados.

Fonte: A Tribuna



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