"Estaremos nas ruas até que todas as mulheres sejam, de fato, livres"

Confira o artigo da Secretária Estadual da Mulher Trabalhadora da CUT/SP, Sonia Auxiliadora.


Publicação: 06/03/2014
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Dia 8 de Março – Dia Internacional da Mulher, em que afirmamos ser este um “Dia de Luta das Mulheres” pois, como não basta um dia, tornamos março o mês de luta das mulheres. E avançamos para abril e todos os outros meses do ano, porque não basta um dia, não basta um mês e, sim, todos os anos de reparação milenar para acabarmos de uma vez por todas com a cultura machista patriarcal imposta na sociedade.
Não nascemos machistas, muito menos sexistas, imbuídos e imbuídas de preconceitos e discriminação construídos há milênios, para o poder da dominação e da segregação de cor, raça, etnia e geracional, do jugo do macho forte sobre a mulher, o "sexo frágil".
Ora, cultura construída que, como tal, podemos e temos o dever de transformar. É preciso desconstruir o machismo para a construção de um mundo novo; para a construção da igualdade entre homens e mulheres, livres da imposição da força e do conceito de propriedade.
Por isso lutamos por uma sociedade onde sejamos iguais, onde a mulher tenha os mesmos direitos que os homens, no Brasil e no mundo.
Acabar coma cultura machista e patriarcal imposta na sociedade é papel e dever de todas e todos nós que primamos por igualdade, liberdade e autonomia!
Não existe país livre quando a dominação impera! Um novo mundo é urgente, uma nova sociedade onde a força bruta não seja imposta e onde a mulher não seja subjugada pelo simples fato de ser mulher!
Foram 30 anos de Dídice, Sandra Cabral, Luci Paulino, nossa saudosa Ednalva, Maria Mendes, Ivania, Cida até às atuais Rosane e Sonia que, ao lado de todas as trabalhadoras que estiveram organizadas ao longo dessa trajetória, foram responsáveis por grandes mobilizações que culminaram com uma histórica conquista: a CUT, nos seus 30 anos de história e embates da mulher trabalhadora por igualdade na vida, no trabalho e no movimento sindical, demonstra, na prática, sua clara disposição de luta pela igualdade ao aprovar em suas resoluções a “Paridade” na direção da Central, ou seja, 50% de mulheres e 50% de homens nos espaços de direção.
Que esses 30 anos de lutas sejam referência e prenúncio para a grande conquista da Igualdade, Liberdade e Autonomia das mulheres no Brasil e no mundo.
Não basta um dia. Estaremos nas ruas até que todas as mulheres sejam, de fato, livres!

*Sonia Auxiliadora Vasconcelos da Silva é Secretária Estadual da Mulher Trabalhadora da CUT/SP



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