Nova Campanha da CNBB visa combater o tráfico humano

As mulheres são as principais vítimas. A iniciativa conta com o apoio do Ministério da Justiça.


Publicação: 06/03/2014
Imagem de Nova Campanha da CNBB visa combater o tráfico humano

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou  na tarde de quarta-feira, 5 de março, a Campanha da Fraternidade 2014. Este ano, a campanha tratará de Fraternidade e Tráfico Humano.  A abertura da campanha aconteceu na sede da CNBB em Brasília e contou com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. No dia 7 de abril a Câmara fará uma sessão solene e de homenagem à Campanha da Fraternidade.
Segundo o ministro José Eduardo Cardozo, o tráfico humano no Brasil é uma problema mal documentado: o número de inquéritos policiais abertos é muito pequeno em relação ao número de crimes que ocorrem, porque as pessoas resistem a denunciar.
Cardozo afirmou que o governo conta com uma série  de iniciativas que envolvem todos os  órgãos relacionados ao combate a esse problema, como a Polícia Federal,  a Polícia Rodoviária Federal, a Secretaria de Direitos Humanos e a Secretaria de Políticas para as mulheres. Segundo o ministro, será criado um comitê conjunto que vai buscar aprimorar as políticas de Estado, receber sugestões e estimular a participação da sociedade civil no combate a esse tipo de crime.
Este ano, as metas da campanha incluem denunciar as estruturas causadoras do tráfico humano, reivindicar políticas públicas que propiciem a reinserção social das vítimas e a promoção de ações de prevenção do problema.
Durante o evento foi divulgada uma mensagem do Papa Francisco aos brasileiros. O Papa pediu que a população se mobilizasse  contra a “praga social” que representa o tráfico de seres humanos. Citando a exploração de trabalhadores, as mulheres obrigadas a se prostituir e o tráfico de crianças para remoção de órgãos, o Papa pediu que os fiéis usem a consciência. "Como se pode anunciar a alegria da Páscoa sem se solidarizar com aquelas cuja liberdade aqui na terra é negada?", disse no documento.

 



Significado do cartaz
O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.
Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra, na parte superior do cartaz, expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.
As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior.
A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos. (Fonte: CF 2014).

Dados
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU)  mostram que entre 1 e 4 milhões de pessoas são traficadas por ano no mundo. A maioria das vítimas são mulheres, adolescentes e crianças. Segundo estimativas do órgão, o tráfico de seres humanos movimente cerca de US$ 12 bilhões anuais no mundo. Seria a terceira atividade ilegal que mais gera lucro no mundo, atrás somente do tráfico de armas e de drogas. Se em quatro ou cinco anos a situação não for revertida, o tráfico de seres humanos poderá ser a principal e mais rentável atividade ilegal do mundo.

Redação CNTT com CNBB




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