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CUT-DF recebeu a visita de Aleksander Korendyasey, secretário geral
da Embaixada da Rússia, na segunda-feira, 24. Aleksander fez
questão de conhecer a Central e conversar com dirigentes sindicais
sobre os avanços sociais de seu país e sobre os últimos
acontecimentos envolvendo países do leste europeu. (Foto: CUT-DF)
O diplomata russo, em uma verdadeira aula de conjuntura
internacional, fez um balanço da participação dos sindicatos na
antiga União Soviética (URSS) e os desafios que enfrentaram após
1991. "Os sindicatos estavam um pouco despreparados para cumprir o
seu papel", afirma.
Interesses comuns
Para Korendyasey, é importante conhecer melhor a organização dos
trabalhadores, aproximando os sindicatos brasileiros e russos. "Os
interesses são comuns: queremos mais salário, mais emprego e um
futuro melhor para as gerações que virão; então temos que conhecer
uns aos outros e avançar", destacou.
Em um âmbito mais amplo, o diplomata disse que a Rússia encara o
Brasil como uma parceria estratégica. "Integramos os Brics [bloco
de cooperação política formada pelo Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul], que representam a metade da população mundial. Por
isso mesmo temos que avançar para além de uma aproximação
econômica", disse.
Sobre a recente crise política na Ucrânia, Korendyasey afirmou que
vê com desconfiança e apreensão os desdobramentos dos fatos, mas
que a Rússia adere ao princípio do respeito à autodeterminação dos
países; contra o uso da força em qualquer país. "A ideia é que as
mudanças se deem a partir de eleições, com paz social".
Referência
O secretário de Política Social da CUT-DF, Ismael José César,
destacou que é preciso entender o mundo, "pois não estamos
isolados, e trocar experiências, inclusive para nos contrapormos
aqui". Para Ismael, mesmo na era pós-URSS, a Rússia é uma
referência à contraofensiva norte-americana no mundo. "Precisamos
ver os avanços experimentados pelos russos, e fazermos um
intercâmbio cultural e social", disse.
Para o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, esta foi uma
grande oportunidade de dialogar com companheiros com os quais temos
afinidade política. "A realidade que ocorre em países distantes
pode não estar tão longe de nós. Então, temos que ficar atentos e
fazer o contraponto", finalizou.
Redação com CUT
Brasília
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