Militantes
da CUT e das demais centrais sindicais de todo o Brasil realizaram
na terça-feira, 26, uma manifestação em frente à sede do Banco
Central, em Brasília, contra a alta dos juros.
O Comitê de Política Monetária (Copom) está reunido para definir a
taxa básica de juros (SELIC). A nova taxa será anunciada nesta
quarta-feira, 27. Segundo a Agência Brasil, a expectativa de
analistas do mercado financeiro consultados pelo BC é de que haverá
alta de 0,5 ponto percentual na Selic, totalizando 10% ao ano.
Na manifestação, a CUT e as demais centrais sindicais exigiram a
redução da Selic, a queda de tarifas e de juros bancários e a
regulamentação do sistema financeiro.
Distribuição de renda
O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que o ato é em defesa do
desenvolvimento do Brasil com distribuição de renda e melhores
condições de vida para a classe trabalhadora. “Juro alto prioriza a
especulação financeira em detrimento do trabalho e da renda.
Queremos um Brasil para todos”, disse Vagner.
O dirigente explicou que juro alto desestimula a produção, o
investimento público e o trabalho e, consequentemente, desestimula
o investimento público em saúde, educação, transporte,
infraestrutura, segurança e saneamento básico. Isso porque, todos
os recursos são usados para pagar a dívida.
Inflação
Vagner também criticou o argumento de que para combater a inflação
é preciso aumentar a taxa de juros. Há alguns anos, a SELIC é usada
pelo BC como instrumento para influenciar a atividade econômica e,
por consequência, a inflação. Quando a inflação está em alta, o
Copom eleva a Selic para reduzir a pressão sobre os preços. Cabe ao
BC perseguir a meta de inflação, que é 4,5%, com margem de 2 pontos
percentuais para mais ou para menos. “Combater a inflação com
alta de juros, gera mais desemprego e mais recessão. O que mais
afeta a taxa de juros é o câmbio. O governo tem de resolver o
problema do câmbio e, não, aumentar os juros”, concluiu o
presidente da CUT.
Pela CUT, participaram do ato a vice-presidente Carmen Foro, e
os/as secretários/as Sérgio Nobre (Geral), Quintino Severo
(Administração e Finanças), Jacy Afonso (Organização), Graça Costa
(Relações do Trabalho), Pedro Armengol (Adjunto de Relações do
Trabalho), Rosane Silva (Mulher), Alfredo Santos Jr (Juventude),
Valeir Artle (Adjunto de Organização), Eduardo Guterra (Adjunto de
saúde) e os diretores executivos Roni Barbosa e Shakespeare
Martins.
Cerca de 50 gritavam em frente ao prédio do Supremo contra o
presidente da Corte e as prisões dos petistas
Manifestantes contra Barbosa
A CUT também protestou, nesta terça-feira, em frente ao prédio do
Supremo Tribunal Federal (STF), contra as prisões dos petistas José
Dirceu (ex-ministro), José Genoino (deputado e ex-presidente do PT)
e Delúbio Soares (ex-tesoureiro do partido): “Dirceu, guerreiro do
povo brasileiro”.
O grupo gritou palavras de ordem contra o presidente da Corte,
Joaquim Barbosa: “Joaquim, como que é?! Você bateu na sua mulher”.
Em 1986, a ex-mulher de Barbosa registrou um boletim de ocorrência
acusando-o de agressão para, em seguida, afirmar que o episódio foi
superado.
CNTT/CUT com informações da CUT Nacional e Portal
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