Bahia: Sindicato dos Rodoviários denunciam buracos na Estrada Velha do Aeroporto

As inúmeras crateras colocam em risco a vida de quem trafega e causa danos aos veículos.

Publicação: 18/09/2013

Quem precisa trafegar pela Avenida Aliomar Baleeiro, conhecida como Estrada Velha do Aeroporto (EVA), que liga o bairro de Pirajá a Mussurunga, enfrenta sérios problemas com a situação caótica da via. Foi o que constatou a equipe de reportagem do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, que esteve no local na tarde de terça-feira, dia 17, e flagrou o estado em que se encontra a avenida, que um dia foi uma das principais da cidade. (Foto: Cratera na Estrada Velha do Aeroporto - crédito: Imprensa Sindicado dos Rodoviários da Bahia)
Nos seus mais de 20 quilômetros de pista, o número de buracos é enorme, muitos deles em curvas perigosas, colocando em risco a vida de quem trafega e causando danos aos veículos.
A EVA foi construída por soldados americanos na década de 1940, durante a 2ª Guerra Mundial para facilitar o trajeto entre o Aeroporto – que na época se chamava Santo Amaro de Ipitanga – e a Base Naval, em Paripe. "Quem passa pelo local precisa ter atenção redobrada para não sofrer acidente. Não se pode chamar crateras de buracos. O mínimo que a Prefeitura, responsável pela manutenção, poderia fazer era sinalizar os pontos críticos. Isso já ajudaria muito, principalmente à noite", alerta Daniel Mota, Diretor de Imprensa do Sindicato.
Além das verdadeiras crateras existentes em grande parte da estrada, em diversos trechos é possível verificar a falta de sinalização de trânsito, faixas, acostamentos e iluminação precária. Há também uma ponte pré-histórica por onde só passa um veículo por vez e não tem mureta de proteção.
A situação da estrada tem sido alvo de constantes reclamações de moradores próximos e de motoristas, principalmente os de ônibus coletivo, que transportam centenas de pessoas diariamente. "A estrada está um caos. Só nós sabemos o risco de morte que corremos. Com tantos buracos é preciso fazer verdadeiros malabarismos. Além disso, não existe sinalização digna, acostamento e nem ponto de ônibus. Está completamente sem estrutura", reclama o rodoviário Cláudio Silva.
De acordo com o morador Antônio, que reside há mais de 40 anos no bairro de Mussurunga, os prejuízos com o carro são inúmeros. "Já tive que trocar dois pneus recentemente por conta das batidas nos buracos, fora os outros prejuízos que já tive. Se de dia a situação está ruim, à noite, sem a iluminação adequada, fica pior. Está horrível isso aqui", conta.

Cratera é problema a parte
Com as fortes chuvas de Julho, além dos problemas crônicos da estrada, uma enorme cratera foi aberta na pista, na entrada da Vila Verde, e vem causando transtornos à população. Em protesto, moradores despejaram uma caçamba de entulho para chamar a atenção das autoridades. No local, só é possível passar um veículo por vez. Além disso, os ônibus coletivos que circulavam pelo local seguem com o trajeto modificado, obrigando os usuários a saltar distante de suas residências e terminar o percurso à pé.
A Prefeitura está trabalhando no local para normalizar o tráfego de veículos, mas os moradores, insatisfeitos, se queixam da demora na conclusão da obra. "Eles estão construindo estádios de futebol, reforçando a segurança para a Copa e nós que precisamos dos serviços da Prefeitura somos o quê? Bichos para ficar convivendo com essa situação? Tantos buracos, as crianças perdendo aula, pois os ônibus atrasam ou não passam mais aqui. É preciso uma solução", questiona a moradora Dalva Oliveira.

Com informações do Sindicato dos Rodoviários no Estado da Bahia

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