CNTT/CUT divulga os encaminhamentos do 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres

O evento reuniu 1.600 mulheres de 48 países em São Paulo.


Publicação: 09/09/2013
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O Portal CNTT divulga a seguir os principais encaminhamentos do 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, realizado no final de agosto, no Memorial da América Latina, em São Paulo. O evento reuniu 1.600 mulheres de 48 países que debateram sobre a resistência, o enfrentamento e a construção de alternativas ao modelo patriarcal, capitalista, racista, lesbofóbico e colonial. (Foto: Graça Samo, nova coordenadora internacional da MMM, e Nalu Faria, uma das coordenadoras da Marcha no Brasil - Divulgação)
Realizado pela primeira vez no Brasil, o evento marcou o encerramento do mandato brasileiro no Secretariado Internacional da MMM e a eleição da próxima gestão, que é agora em Moçambique. Outra ação é a organização da 4ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que acontecerá em 2015.
Leia abaixo os principais pontos do documento “Feminismo em Marcha para Mudar o Mundo”:

Prostituição
O documento critica a exploração do corpo da mulher, desde a indústria da beleza até a prostituição. "Nosso corpo é constantemente controlado e regulado, a partir de padrões morais de sexualidade – heteronormativa, fálica, lesbofóbica e focada no prazer masculino – e na maternidade", diz o relatório. As participantes da MMM se declararam contra o projeto do Dep. Jean Willis, que prevê a legalização da prostituição. "Ao invés de contribuir para a melhoria de condições de vida das prostitutas, legaliza a sexualidade como um serviço mercantil, reforça a cafetinagem e aprofunda a exploração das mulheres", declaram.

Sexualidade
No texto, as participantes da MMM se declaram nem liberal, nem moralistas, mas reconhecem "o direito das mulheres viverem sua sexualidade livremente". "Denunciamos a imposição da maternidade como destino obrigatório das mulheres e reafirmamos a autonomia de decisão sobre os nossos corpos e o direito ao aborto legal, seguro e público. Reafirmamos nossa visão de que a sexualidade é construída socialmente, e defendemos a lesbiandade como fundamental para o livre exercício da sexualidade sem coerção, sem estereótipos e sem relações de poder", diz o texto.

Violência patriarcal
O documento diz que "a  violência patriarcal está presente no cotidiano da vida de todas as mulheres. Ela é, muitas vezes, naturalizada e legitimada, e se fortalece também com as desigualdades de classe e raça, revelando o não reconhecimento das mulheres como sujeitos autônomos" e afirma que "ainda há muito para ser denunciado, como os estupros coletivos e corretivos, o abuso sexual contra crianças e a impunidade em relação ao grande número de assassinatos de mulheres". No documento, as mulheres exigem a condenação da Banda New Hit, acusados de violentarem duas fãs adolescentes na Bahia, e dos estupradores assassinos de Queimadas, na Paraíba. Elas cobram que seja aplicada a Lei Maria da Penha em ambos os casos.

Capitalismo
O documento faz críticas às praticas do sistema atual. “Frente a todas as crises, esse sistema apresenta falsas soluções, que significam mais mercado e mais concentração de renda, impostas por meio de um processo violento dos Estados” diz o texto. Ele também afirma que afirma que é necessária uma alteração da lógica do sistema capitalista, o que, segundo ele, "só será possível se houver vontade política e incorporação de uma perspectiva feminista, que hoje é traduzida pela agenda de despatriarcalização do Estado".

Agronegócio
As militantes da MMM também debateu a questão do avanço do agronegócio em terras indígenas e quilombolas, algo que “causa mortes e destruição. “Exigimos que os recursos públicos, em particular do BNDES, não sejam destinados às grandes empresas para financiamento do agronegócio, dos megaeventos e do capitalismo verde", declaram.
O texto reafirma seus objetivos, e busca a união dos movimentos que têm os mesmo fins. “A auto-organização das mulheres é nossa estratégia de fortalecimento como sujeito político que constrói uma força mundial, em aliança com os movimentos sociais que compartilham da luta anticapitalista, e por uma sociedade baseada nos valores de liberdade, igualdade, justiça, paz e solidariedade", finaliza.

CNTT/CUT com informações da MMM



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