Trabalhadores da VarigLog tiram indicativo de greve

Na última quarta-feira, 28, sindicalistas reuniram-se para discutir a reestruturação da companhia.


Publicação: 30/05/2008
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Sindicalistas do setor aéreo participaram de reunião, na última quarta-feira ,28, na sede da VarigLog, em São Paulo, para discutir a reestruturação da companhia. Os trabalhadores saíram frustrados do encontro com o presidente da empresa, Eduardo Arthur Rodrigues Silva, e o advogado Sidnei Muneratti, que não apresentaram números ou conseguiram convencê-los da intenção da aérea em honrar seus compromissos trabalhistas.

Cerca de 270 trabalhadores demitidos recentemente ainda aguardam a homologação e o pagamento de suas verbas rescisórias. Há demissões anteriores cuja rescisão ainda não foi quitada. De acordo com representantes da VarigLog, nesta terça-feira (27/5), a empresa efetuou depósito referente à multa do fundo de garantia (FGTS) devida a 55 funcionários. Mas parte do depósito do FGTS continua em atraso junto à Caixa Federal.

"Estamos juntos para tentar encontrar o melhor caminho para a solução dos problemas da VarigLog", disse Muneratti. Contudo, segundo ele, não há soluções rápidas para os trabalhadores. Os trabalhadores demonstravam perplexidade e indignação frente aos argumentos do advogado. Muneratti tentou negociar com as entidades a homologação das rescisões em separado, ou seja, uma nova conversa com cada sindicato para encaminhar esse processo com parcelamento do pagamento das verbas rescisórias. Os sindicalistas mantiveram a unidade nas negociações e não aceitaram o descumprimento da legislação.

O representante do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre Paulo Rodolfo Pacheco questionou a postura da empresa, lembrando que as gerências foram orientadas a incentivar a adesão ao PDV (Plano de Demissão Voluntária), mas em nenhum momento informaram aos interessados que não seriam pagos, que não havia recursos previstos, que as verbas seriam parceladas.

A VarigLog não está cumprindo a lei, que dá prazo de dez dias para a empresa homologar a rescisão de funcionários. Para o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT), Celso Klafke, falta à companhia coerência em suas atitudes. "Na última reunião, a VarigLog defendeu que as demissões eram inevitáveis e informou quantas seriam. Agora, já diz buscar demitir o menor número possível de trabalhadores, o que é bom, mas demonstra absoluta falta de clareza nas suas intenções e nos seus planos futuros", ressalta.

Entre os trabalhadores demitidos, estão mais de cinqüenta aeronautas nas mesmas condições, ou seja, que foram dispensados e a empresa até agora não homologou as rescisões ou pagou o que devia. O Sindicato Nacional dos Aeronautas deve reunir-se com a VarigLog na próxima semana, quando mais uma vez irá defender o imediato pagamento desses trabalhadores. A presidente do Sindicato, Graziella Baggio, ressalta que a empresa deve verbas rescisórias desde dezembro de 2007.

Segundo Klafke, como a companhia não cumpriu a cláusula 41 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), que rege prioridades em caso de redução de vagas, os sindicatos irão lutar para reverter as demissões já realizadas daqueles que tiverem interesse em permanecer na VarigLog.

Em Guarulhos, os funcionários elegeram, em assembléia, uma comissão de colegas para participar dessas negociações. Seus representantes denunciaram a demissão de uma trabalhadora grávida, de membros da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), ambos com direito à estabilidade, e de funcionários com mais de vinte anos de casa que não tinham interesse em sair.

Para os sindicalistas, a VarigLog perdeu toda a credibilidade ao agendar uma reunião, na qual participaram dirigentes de várias localidades, vazia de propósito. "A companhia chamou os sindicatos para enrolá-los. Seus representantes dizem uma coisa, a empresa faz outra", afirmou Klafke. Os sindicalistas exigem a interrupção imediata das demissões, a revisão das já efetuadas, e o cumprimento integral das CCTs e da legislação vigente, incluindo pagamento de salários, rescisões, benefícios e FGTS em dia.

Se a VarigLog não aceitar essas condições, os trabalhadores prometem iniciar greve a partir do dia 6 de junho. Os sindicatos irão buscar junto aos interventores judiciais da empresa reunião de urgência para tratar desses assuntos.

Participaram da reunião representantes dos sindicatos de aeroviários de Guarulhos, Porto Alegre e Pernambuco, e do Sindicato Nacional dos Aeroviários, ligados à Fentac/CUT, assim como dirigentes do SAESP (Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo), do SIMARJ (Sindicato Municipal dos Aeroviários do Rio de Janeiro) e da FNTTA (Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo), ligados à Força Sindical. A decisão das entidades conta com o apoio do Sindicato Nacional dos Aeronautas (ligado à Fentac/CUT) e do Sindiamazon.

Fonte: Vyria Comunicação Limitada



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