A CUT
Brasília participará no processo de construção de paz na Colômbia
através da integração no Comitê Brasília pela Paz na
Colômbia. A reunião que encaminhará questões relativas a este
processo será realizada nesta quinta-feira, dia 11, às 19h, na sede
do Sindsep.
Saiba mais
A Colômbia passa por um processo de construção de paz no país. As
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP) e o governo
colombiano estão se reunindo e deliberando vários pontos cruciais
para resgatar o patriotismo da Colômbia
Os diálogos entre governo e FARC e as novas plataformas amplas de
esquerda, como a Marcha Patriótica, possibilitam novos cenários em
um país tão acostumado com a violência. Tal vez nenhuma outra nação
latino-americana esteja vivendo um momento tão decisivo na sua
história, e o Brasil não pode estar alheio a esse processo.
É tempo de transformação na América Latina. Nas ruas de Caracas, as
multidões que choraram a morte do presidente venezuelano Hugo
Chávez são reflexo de um continente que luta pela autodeterminação.
A partir de experiências próprias, a construção de poder popular
também avança em outros países, como Equador e Bolívia. E, mesmo
nos governos de Argentina, Uruguai e Brasil, as políticas públicas
já não são as mesmas de vinte anos atrás. O império estadunidense
vê crescer um bloco de integração latino-americana que desafia sua
hegemonia política e militar.
Ao contrário dos vizinhos latino-americanos, a Colômbia continua
aprofundando o seu sistema neoliberal. Nos últimos anos, os
governos vêm apostando em atrair investimentos de multinacionais
para extração de recursos minerais e produção extensiva de
matéria-prima para biocombustíveis, como cana de açúcar e palma
africana. Os sintomas do neoliberalismo são os de sempre.
Privatização de empresas públicas, dêsfinanciamento dos serviços
públicos de educação e saúde, e quebra da indústria nacional, que
não resiste à competição com as multinacionais. Hoje a Colômbia é o
país com a maior taxa de desemprego da América do Sul - 12,1% - e
mais de 60% dos trabalhadores estão na informalidade.
A guerra entre Estado e guerrilhas dura mais de meio século. Nos
últimos dez anos, depois do fracasso dos diálogos de Caguán, a
política anti-insurgente foi levada ao extremo na tentativa de
aniquilar a resistência armada. Os gastos com segurança nacional
representam aproximadamente 15% do orçamento do governo – só ficam
atrás das despesas com a dívida pública. O contingente do exército
colombiano está em torno de 430 mil oficiais e só se compara com as
forças armadas brasileiras. A diferença é que o Brasil é sete vezes
maior em território e quatro vezes mais populoso.
Mesmo assim as guerrilhas não foram derrotadas e, nas atuais
condições, dificilmente serão. A miséria e a repressão no campo
colombiano fizeram nascer e continuam impulsionando a luta armada.
A grande maioria dos jovens que ingressam cotidianamente à
insurgência são camponeses sem terra e sem quaisquer perspectivas.
As FARC lutam pela reforma agrária em um país onde um terço das
terras está nas mãos de 3% dos proprietários. Não é difícil
entender por que 65% de camponeses vivem na pobreza.
A imagem de país próspero que a Colômbia tenta vender ao mundo se
desfaz com poucos dias de observação e um par de conversas. De
todos os cantos, emergem movimentos políticos e sociais que sonham
em transformar o país. Querem o reconhecimento e a investigação dos
mais de 300 mil crimes de violência de Estado, e a liberdade dos
mais de 9 mil presos políticos. Querem garantia aos direitos
fundamentais e à participação política plena. Querem ser donos das
riquezas do país e do próprio destino.
Com informações da
CUT-DF e Colômbia em Marcha
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