Jornalistas, Educadores, e Secretários de
Comunicação das CUTs estaduais, das Federações e Confederações de
trabalhadores filiadas à CUT de todo o País encerraram na quarta,
dia 10, o VI Encontro de Comunicação da CUT (ENACOM). A atividade,
organizada pela Secretaria de Comunicação da CUT Nacional, iniciou
na segunda, dia 8, no Hotel EZ Aclimação, em São Paulo. O Encontro
reuniu um time de blogueiros, intelectuais e professores da
academia que debateu e apresentou alternativas e experiências para
democratizar a comunicação no País. “O Encontro foi muito rico.
Saíram propostas interessantes dos trabalhos em grupos das quatro
regiões do País. Daqui em diante temos que socializá-las com as
direções e com a base”, frisou a Secretária de Comunicação da CUT
Nacional, Rosane Bertotti. (foto: Rosane, Viviane Barbosa,
Assessora de Comunicação CNTT, Carlos Azenha, blogueiro do Viamundo
e repórter da TV Record e Manoel Neres, Secretário de Comunicação
da FEM-CUT/SP- crédito: Roberto Claro,
Sinergia/CUT)
O Secretário de Comunicação e Imprensa da FEM-CUT/SP e diretor do
Sindicato dos Metalúrgicos de Itu, Manoel Neres, parabenizou a CUT
pela iniciativa. “Estes três dias foram excelentes. Observei nos
relatos dos companheiros e companheiras que vivemos dois Brasis. Na
região norte, apenas 15% da população tem acesso à internet e o
custo para ter um acesso de qualidade é um absurdo. A CUT precisa
ajudar estes companheiros”, relata.
Manoel também explica que é fundamental que todas as ações de
comunicação sejam articuladas em parceria com as Secretarias de
Formação das CUTs Estaduais e as Escolas Sindicais. “Discutimos a
criação de cursos/oficinas sobre como utilizar as redes sociais e
qual é a linguagem que devemos adotar. Para isso, precisamos
desenvolver cursos de formação específicos”, finaliza.
500 mil assinaturas
Um encaminhamento aprovado durante o VI ENACOM é a Campanha pela
coleta de 500 mil assinaturas em defesa do Projeto de Lei de
Iniciativa Popular que prevê um novo marco regulatório das
comunicações -- encabeçado pelo Fórum Nacional de Democratização da
Comunicação (FNDC). Ao contrário do que pensa a velha mídia, que
alega que o PL é censura, o Projeto visa ampliar a democracia,
dando vez e voz àqueles que não têm espaço nos veículos da grande
imprensa brasileira. (boxe abaixo com mais informações)
Rosane Bertotti socializou que, no dia 19, haverá uma Plenária
Nacional da Campanha que debaterá pontos do Projeto e
salientou que esta bandeira deve ser abraçada por todos que lutam
pelo direito à informação, que é um direito humano.
Baseado no Plano Nacional de Comunicação da CUT, dirigentes e
jornalistas apresentaram propostas para fortalecer os meios de
comunicação atuais do movimento sindical/social, bem como debateram
estratégias para fomentar e difundir a democratização da mídia
nacionalmente. O Portal CNTT-CUT socializa algumas
propostas, que serão submetidas à apreciação da Executiva Nacional
da CUT.
Fortalecer os Fóruns Estaduais de Democratização da
Informação;
Lançar a Campanha do Projeto de Lei no Dia Internacional dos
Trabalhadores, 1º de Maio, que terá um prazo de duração;
Divulgar nos websites e nas redes sociais (Facebook, Twitter e
Youtube) o que é a Campanha e a sua importância para a
sociedade;
Promover atos de ruas e culturais para chamar atenção da população
sobre a coleta das assinaturas do PL;
Elaborar um diagnóstico/mapeamento da comunicação nas bases das
CUTs estaduais;
Organizar uma Feira Nacional de Comunicação da CUT;
Investir em profissionais da área de marketing/publicidade para dar
maior visibilidade popular da importância da CUT para a
sociedade;
Organizar Seminários nos Estados sobre a democratização da
mídia;
Utilizar o dinheiro do Imposto Sindical para instrumentalizar a
luta pela democratização da informação no Brasil;
Criar um espaço de discussão permanente, exemplo um Coletivo de
Comunicação do XI ENACOM;
Propor seminário que socialize cases de comunicação de sucesso do
movimento sindical e reúna acadêmicos;
Por que o Brasil precisa de um novo marco
regulatório
Todos os países têm algum tipo de regulação sobre os meios
eletrônicos e não é cerceamento, ao contrário, procuram
corresponder ao fato de que o direito à informação, à liberdade de
expressão, é também um direito individual e humano. Mas, com os
meios modernos de comunicação, com a convergência das mídias, cada
vez mais esse direito é interativo, coletivo e social. É preciso
que o Estado, em nome da sociedade, fixe parâmetros e regras que
não implicam a restrição de conteúdo, mas normas de funcionamento
para esses meios, que são cada vez mais poderosos, formam opiniões
e difundem interesses. Em todos os países há alguma regulamentação
para os meios eletrônicos.
No Brasil, a Constituição fixou algumas regras para os meios de
comunicação: os artigos 220, 221,222 e 223. O marco regulatório
defende o que está escrito na Constituição, que carece de
regulamentação. Esse debate foi feito na Conferência Nacional de
Comunicação, em 2009, que estabeleceu uma série de compromissos
para o governo. O Brasil tem uma Lei de Imprensa, de 1969, que foi
derrubada pelo Supremo, o Código Brasileiro de Telecomunicações,
que já completou mais de 50 anos e foi criado em uma época em que
não havia nem internet. Para atualizar a legislação é fundamental
um marco regulatório.
Resolução do PT
O Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou resolução em defesa da
regulamentação. O Partido defende que se cumpram os artigos da
Constituição que proíbem a existência de monopólios e oligopólios e
a aplicação da complementaridade, a convivência de três tipos de
sistema de comunicação: o privado, que predomina no Brasil e não
vai ser desapropriado, nem seus conteúdos serão cerceados; o
estatal e o setor público, que também deveria conviver nessa
tríade. "É preciso estimular o surgimento de um setor público, ter
novas normas e leis que protejam as rádios comunitárias para que
não aconteça como atualmente, em que boa parte funciona
ilegalmente. A própria normatização das TVs abertas exige um
percentual de conteúdo nacional e, para isso, precisa produzir um
conteúdo que atenda à complexidade do país, as culturas, os
sotaques", destaca em entrevista à Revista Fórum, o presidente
nacional do PT, Rui Falcão.
Com relação à mídia impressa, não há nenhuma interferência do marco
regulatório, a não ser a discussão se é necessário ou não uma lei
específica para o direito de resposta, que não tem relação direta
com o marco regulatório. A revogação da Lei de Imprensa deixou um
vazio jurídico. Também seria importante os jornalistas apoiarem
esse movimento, que significa mais empregos e melhores condições de
trabalho e permitiria estabelecer um código de ética que fosse
aceito nas empresas com direito de objeção de consciência – o
jornalista não ser obrigado a fazer determinadas matérias que
violem suas convicções.
Viviane Barbosa, editora do Portal da
CNTT-CUT
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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