Brasil e União Europeia debatem acordo de aviação

A frustração dos europeus é com a falta de resposta brasileira sobre o tema.


Publicação: 23/01/2013
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Este será o último ano de recessão para a maioria dos países da União Europeia, que já pode voltar à estabilidade financeira, como condição de retorno do crescimento, previu o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy. O executivo participa nesta semana da reunião de cúpula Brasil-União Europeia, com a presidenta Dilma Rousseff. Em entrevista, Rompuy citou os acordos de intercâmbio de estudantes e pesquisadores como um resultado palpável da “parceria estratégica” entre Brasil e União Europeia, mas cobrou a assinatura do acordo de “céus abertos”, para livre atuação das companhias aéreas nos dois mercados.
“O euro não está mais em risco de extinção, as pessoas entendem que ele está aqui para ficar”, comentou Rompuy. “A eurozona vê uma volta à estabilidade financeira, que é condição essencial para a volta ao crescimento.” Como a reação da economia toma tempo, há um consenso de que a economia na Europa terá fraco crescimento ou irá se contrair ligeiramente neste ano, reconhece o dirigente europeu, presidente do órgão que coordena os ministros dos países membros da União Europeia. “Mas baseado nas previsões atuais, este será o último ano de recessão para a maioria dos países.”

Comercial
Rompuy  evitou responder as perguntas sobre as perspectivas e expectativas na relação comercial entre o Brasil e a União Europeia. Os europeus aderiram à iniciativa do governo dos Estados Unidos para lançar negociações de um acordo internacional de liberalização de serviços, com apoio de outros países como Japão, Colômbia e Chile. As negociações de livre comércio entre União Europeia e Mercosul serão alvo de discussão no Chile, nesta semana, às margens da reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Frustração
A maior frustração dos europeus, no entanto, é com a falta de resposta brasileira à demanda pelo acordo de “céus abertos”, que permitiria às companhias europeias operar no Brasil sem serem limitadas pelo número de voos operados pelas companhias brasileiras na Europa. O acordo estava pronto para ser assinado no ano passado, quando as negociações foram suspensas pelo Palácio do Planalto. Não há demanda por parte das empresas brasileiras de aumentar substancialmente os voos à Europa e há temor na equipe econômica de as companhias europeias, com a demanda em retração nos seus países de origem, façam competição predatória pelo mercado brasileiro.
“Espero que, logo, nós implementemos um acordo sobre transporte aéreo que pode tornar as viagens entre nossos países mais fáceis e mais baratas”, cobrou Rompuy, ao responder sobre resultados concretos da “parceira estratégica” Brasil-União Europeia. “Uma parceria estratégica é sobre construir uma agenda comum, baseada em confiança mútua, valores comum e uma visão compartilhada sobre o mundo”, argumentou, ao explicar a relativa falta de acordos abrigados sob essa parceria. Os acordos do “Ciência sem Fronteiras”, de intercâmbio de estudantes, são, com o acordo sobre vistos entre Brasil e os europeus, exemplos de “resultados tangíveis” da parceria, diz ele.

Democracia

“Na cena internacional, Brasil e União Europeia apoiam valores democráticos, multilateralismo efetivo, o império da lei, o desenvolvimento sustentável. Isso molda nosso mundo comum”, argumentou, citando a cooperação do Brasil com o bloco europeu nas negociações sobre o clima como um ponto de satisfação entre os dois governos. “Em termos de relação bilateral, o que estamos fazendo é lançar as bases para relações e intercâmbios nos próximos cinquenta anos”, disse, ao lembrar o papel de destaque da Europa como investidor no Brasil e vice-versa.
Para Rompuy, os diálogos mantidos entre técnicos, diplomatas e autoridades em áreas como ciência e tecnologia, normas técnicas para a indústria e transportes, terão efeitos que, gradualmente, permitirão maior comércio e geração de empregos. “Uma visão de longo prazo é essencial”, concluiu.

Com agências



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