Ato-Show reforça a necessidade da criação da Comissão da Verdade em Sergipe

A manifestação também marcou a solidariedade aos seis estudantes processados por denunciar um agente da ditadura.


Publicação: 07/12/2012
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Com o objetivo de se solidarizar com os seis estudantes processados por denunciar um agente da ditadura, pela homenagem aos 101 de Carlos Marighela e para pedir a instalação da Comissão da Verdade em Sergipe, a CUT se uniu ao Levante Popular da Juventude e realizou na tarde de quarta-feira, 5 de dezembro, na Praça Fausto Cardoso, o ato-show da Memória, Verdade e Justiça.
Os seis estudantes foram ameaçados por um processo judicial que os penalizavam pela manifestação contra a ditadura militar, especificamente a um dos médicos que atestavam a saúde dos torturados, o Dr. José Carlos Pinheiro. Para os estudantes, que formam o Levante Popular da Juventude, o ato, que foi pensado como mais uma das ações de pressão, se tornou um ato comemorativo já que em audiência no dia anterior, o médico retirou a queixa contra os estudantes universitários.
Mostrando a importância desse ato político, o coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, veio à Aracaju para reforçar o apoio ao caso dos estudantes processados e à criação da Comissão da Verdade. “Esse ato é de extrema importância, seja pela a solidariedade a esses jovens corajosos que sem temor fortalecem o debate sobre a reabertura dos arquivos da ditadura, sejam em ações como o esculacho ou pela luta da instauração da Comissão da Verdade em Sergipe, ou por relembrar a figura do líder político, Carlos Augusto Mariguela. Ações como estas fazem com que a população entenda a necessidade de resgatar o seu passado para fortalecer um futuro, no qual repressões e violências não façam parte das ações do Estado”, acrescentou.
Para a representante do Movimento Nacional pelos Direitos Humanos, Lídia Anjos, é preciso que se abra a história da ditadura para que a população possa compreender e até mesmo prevenir que esta situação aconteça novamente. “A Comissão da Verdade fará com que, de fato, possamos conhecer o nosso passado e minar com qualquer possibilidade de vivermos no presente ou no futuro praticas ditatoriais como vivemos da década de 60. Para isso é importante que seja trazido à tona os nomes de quem foram essas pessoas que auxiliaram a ditadura. Que postos elas ocupam hoje? Onde estão essas pessoas? Seja onde estiverem, ainda têm iniciativas ditatoriais?”, questionou.
Um ato que envolveu não só falas e discursos, mas também muita música e cultura engajada, contando com as atrações musicais de Pedro Munhoz (RS), os cancioneiros Heitor e Mosquito, o músico e integrante do MST, Lupércio, a banda de reggae sergipano, Ato Libertário, um dos grandes expoentes da música no Estado, Alex Sant’anna e o Grupo Cultural  Batuque Dança Aiê, um grupo de jovens quilombolas da cidade de Brejo Grande, que apresentaram seus shows após o ato, deu o tom as grande músicas e enredos que fizeram e fazem parte da história, com cânticos críticos, que mostraram a realidade social em letra, música e prosa.

Comissão da Verdade
A CUT Nacional já manifestou seu apoio à constituição da Comissão Nacional da Verdade, instrumento que deverá aprofundar a investigação das atrocidades cometidas durante a Ditadura Militar, e defende a punição dos torturadores e assassinos que ainda continuam impunes.
Em Sergipe, a Central já vem realizando eventos que reforçam a criação da Comissão, a exemplo do debate com o filho de Marighella, Carlos Augusto Marighella, que trouxe elementos da história de seu pai, dos bastidores da Ditadura e da maneira como tudo isso influenciou sua opções enquanto militante no processo de redemocratização do país.
“Resgatar o que de fato aconteceu durante o regime militar sempre fez parte das ações da CUT em todo o Brasil. Hoje viemos, mais uma vez, cobrar a instalação da Comissão da Verdade em Sergipe. É uma vergonha, já que na maioria dos estados as Comissões já estão em andamento.”, disse Rubens Marques, representante da CUT-SE.
Estiveram também presentes no Ato os deputados estaduais Ana Lúcia (PT) e João Daniel (PT), entidades sindicais como o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (SINDIJUS), Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de Sergipe (SINTUFS) e Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), além dos movimentos sociais como o MST, representado pelo coordenador nacional João Pedro Stédile, o Movimento Não pago, Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH), Instituto Braços e o Intervozes.

 

Com informações da CUT Nacional



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