Nesta
quarta-feira, dia 5 de dezembro, ocorre outra rodada de negociação
entre os aeroviários e aeronautas e as empresas. Nos dias 3 e 4, os
sindicatos cutistas realizaram assembleias com os trabalhadores
para avaliar as ações da campanha.
Os aeroviários entendem que são muito baixos os salários que
recebem hoje e mantém a reivindicação de reajuste salarial de 10%
para todos os trabalhadores. A decisão é fruto de consulta junto às
bases em assembleias realizadas no mês de novembro. Os aeronautas
também realizaram assembleias. Eles aceitam discutir o índice,
desde que ele contemple aumento real para todos.
Os
representantes dos sindicatos dos aeroviários relatam que os
trabalhadores estão preparados para paralisações caso as
negociações não avancem.
Reivindicações
Os aeroviários reclamam, além dos baixos salários, da sobrecarga de
trabalho, excesso de jornada, aumento das doenças ocupacionais e
descaso com a segurança de voo por parte das companhias.
O economista do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Cláudio Toledo,
ressalta que as empresas, apesar dos balanços negativos, estão
ajustando suas malhas e a oferta de voo à demanda do mercado e que
isso irá melhorar os balanços futuros. E que apesar de dificuldades
em obter rentabilidade no setor, com as demissões em massa do
último período, a produtividade foi aumentada e isso tem que ser
levado em conta na negociação salarial.
Ele destaca que o setor aéreo segue em amplo crescimento no país e
que as empresas estão ajustando-se financeiramente e que terão
condições de dar conta de um aumento real para ambas categorias.
Além disso, o impacto do aumento salarial sobre o balanço geral das
empresas, numa hipótese de aumento real, não chega a 2% do
faturamento das companhias aéreas e pode ser administrada com
facilidade pelas empresas, sem que seja necessário mais aumento nas
passagens aéreas.
"O nível de emprego está caindo, a demanda segue em crescimento e,
portanto, a produtividade só tem aumentado. E produtividade é o
quanto o trabalhador se esforça para dar conta das suas tarefas na
empresa. Nesse cenário já ruim para os trabalhadores, diante de
tantas demissões, cabe às empresas, no mínimo, garantir aumento
real nos salários dos trabalhadores", defendem os
sindicalistas.
Com informações da Fentac/CUT
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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