BRT, VLT e
monotrilho. As duas siglas e a palavra monotrilho representam não
apenas meios, mas sistemas de transportes que podem amenizar as
dificuldades do trânsito nas grandes cidades. Hoje, os efeitos
negativos vão além da qualidade de vida daqueles que, diariamente,
perdem horas tentando se locomover entre a casa e o trabalho ou a
escola.
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que os
problemas de deslocamento dos moradores nas grandes cidades afetam
“diretamente” a produtividade do trabalhador e a competitividade do
setor produtivo. De acordo com o estudo Cidades: Mobilidade, Habitação e
Escala, no Brasil, a situação tem piorado, já que, entre 2003 e
2010, o tempo médio gasto pelo brasileiro em deslocamentos urbanos
aumentou 20%.
Entre as possíveis soluções, a primeira delas, Bus Rapid Transit,
refere-se a um sistema de ônibus com faixa exclusiva, no qual a
tarifa é paga antes do embarque, ainda na estação. A segunda sigla
– Veículo Leve sobre Trilhos – é usada para uma versão
moderna dos antigos bondes. Para situações onde há menos espaços na
superfície, a solução pode estar alguns metros acima do solo: o
monotrilho, sistema de transporte que, em geral, é feito sobre
vigas.
Apesar de ter menor capacidade – 30 mil passageiros por hora em
cada sentido –, o BRT é um sistema muito eficiente e com
metodologia totalmente brasileira. O sistema foi implantado pela
primeira vez em Curitiba e, atualmente, é usado em diversos países,
tanto na Europa quanto na Ásia e nas Américas. Já o VLT tem
capacidade para transportar 40 mil passageiros por hora em cada
sentido. Do ponto de vista ecológico, o bonde moderno seria a
melhor opção.
Para localidades onde não haja espaço na superfície, o mais
indicado é o monotrilho, que tem capacidade para transportar 50 mil
passageiros por hora em cada sentido. Além de poder atingir mais
velocidade em áreas complicadas, permitir um passeio bonito, com
paisagens vistas do alto, também ajuda a criar, no cidadão, o
hábito de querer usar o transporte público e deixar o carro na
garagem.
Segundo o estudo da CNI, o Brasil teve crescimento demográfico de
13% entre 2003 e 2010. No mesmo período, o número de veículos em
circulação aumentou 66%. Conforme o estudo, a consequência é que
cada morador das 12 metrópoles brasileiras (Rio de Janeiro, São
Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Brasília, Belém, Curitiba,
Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre e Recife) gasta, em média,
uma hora e quatro minutos para se locomover. Nas cidades
médias, que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes, as pessoas
gastam, em média, 31 minutos em seus deslocamentos.
Com
informações da Agência Brasil
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