A
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes da CUT
(CNTT-CUT) – entidade que representa mais de 1 milhão de
trabalhadores nos setores aéreo, ferroviário, metroviário,
rodoviário, portuário e viário de todo o Brasil – encaminhou na
tarde de terça-feira, 31 de julho, ofícios ao Ministério dos
Transportes e demais entidades governamentais denunciando que a
paralisação em curso de caminhoneiros no território brasileiro é
uma ação promovida pelos empresários (locaute) do setor que querem
suspender os efeitos da lei 12.619/2012.
O documento também repudia esse movimento patronal que objetiva
impedir a aplicação da referida lei que traz avanços importantes
para os trabalhadores (as) rodoviários. A Confederação
denuncia também que os piquetes nas estradas estão forçando a
adesão dos trabalhadores(as) à paralisação, coação exercida pelos
empresários como forma de retirar importantes cláusulas da lei que
favorecem os trabalhadores(as).
O presidente da CNTT-CUT, Paulo João Estausia, informa que, caso a
pressão patronal traga alguma alteração na lei que regulamenta a
profissão de motorista, organizará suas federações e sindicatos de
trabalhadores(as) para exercer posicionamento contrário,
mobilizando as bases em todo o território nacional.
Apoio à Lei
No ofício,
a CNTT-CUT expressa total apoio à lei sancionada pela
presidenta Dilma Rousseff por entender que a regulamentação da
profissão de motorista traz direitos importantes para o(a)
trabalhador(a) ao determinar o controle da jornada de trabalho,
descansos obrigatórios, proibição da remuneração apenas por
comissão ou qualquer tipo de vantagem vinculado ao valor,
quilometragem ou quantidade de produto transportado, entre outros
pontos. “A regulamentação da profissão de motorista foi uma das
principais reivindicações da CNTT-CUT junto ao governo federal, e
sua aplicação, com certeza, deverá proporcionar uma vida digna aos
trabalhadores(as) em transportes rodoviários, que terão mais tempo
livre para desfrutar com a família, para estudar, para descansar; o
que deve refletir imediatamente nas condições de saúde do
trabalhador(a), e na segurança das rodovias, com um número menor de
acidentes”, frisa o presidente Paulo João Estausia.
Lei trará mais segurança nas
estradas
A
CNTT-CUT enfatiza que a nova legislação tem que ser festejada não
apenas pelos trabalhadores, mas por toda a sociedade visto
que, segundo órgãos governamentais e de diversos institutos de
pesquisa, uma grande parcela dos acidentes nas estradas era
provocado por motoristas de caminhões e ônibus que se viam
obrigados a consumir estimulantes para conseguirem cumprir a
jornada excessiva, única forma de garantir um salário mediano no
fim do mês. A regulamentação da profissão de motorista é
reivindicação antiga dos trabalhadores em transportes rodoviários e
a CNTT-CUT apoia a sua aplicação.
Com informações do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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