Desde
o triunfo da Revolução Cubana, que completou 59 anos no último dia
26 de julho, o desenvolvimento da medicina tem sido a grande
prioridade do governo cubano, o que transformou a ilha do Caribe em
uma referência mundial neste campo. Atualmente, Cuba é o país que
concentra o maior número de médicos por habitante.
Em 2012, Cuba
formou mais 11 mil novos médicos, os quais completaram sua formação
de seis anos em faculdades de medicina reconhecidas pela excelência
no ensino. Trata-se da maior promoção médica da história do país,
que tornou o desenvolvimento da medicina e o bem-estar social, as
prioridades nacionais. Entre esses médicos recém-graduados, 5.315
são cubanos e 5.694 vêm de 59 países da América Latina, África,
Ásia e até mesmo dos Estados Unidos, com maioria de bolivianos
(2.400), nicaraguenses (429), peruanos (453), equatorianos (308),
colombianos (175) e guatemaltecos (170).
Após o
triunfo da Revolução, Cuba contava somente com 6.286 médicos.
Dentre eles, 3 mil decidiram deixar o país e ir para os Estados
Unidos, atraídos pelas oportunidades profissionais que Washington
oferecia. Em nome da guerra política e ideológica que se opunha ao
novo governo de Fidel Castro, o governo Eisenhower decidiu esvaziar
a nação de seu capital humano, até o ponto de criar uma grave crise
sanitária.
Como
resposta, Cuba se comprometeu a investir de forma maciça na
medicina. Universalizou o acesso ao ensino superior e estabeleceu a
educação gratuita para todas as especialidades. Assim, existem hoje
24 faculdades de medicina em 13 das 15 províncias cubanas, e o país
dispõe de mais de 43 mil professores de medicina. Desde 1959, se
formaram cerca de 109 mil médicos em Cuba. Com uma relação de um
médico para 148 habitantes (67,2 médicos para 10 mil habitantes ou
78.622, no total), segundo a Organização Mundial da Saúde, Cuba é a
nação mais bem dotada neste setor. O país dispõe de 161 hospitais e
452 clínicas.
No ano
universitário 2011-2012, o número total de graduados em Ciências
Médicas, que inclui 21 perfis profissionais (médicos, dentistas,
enfermeiros, psicólogos, tecnologia da saúde etc.), sobe para
32.171, entre cubanos e estrangeiros.
Elam
Além dos
cursos disponíveis nas 24 faculdades de medicina do país, Cuba
forma estudantes estrangeiros na Elam (Escola Latino-Americana de
Medicina de Havana). Em 1998, depois que o furacão Mitch atingiu a
América Central e o Caribe, Fidel Castro decidiu criar a Elam –
inaugurada em 15 de novembro de 1999 – com o intuito de formar em
Cuba os futuros médicos do mundo subdesenvolvido.
Atualmente,
24 mil estudantes de 116 países da América Latina, África, Ásia,
Oceania e Estados Unidos (500 por turma) cursam uma faculdade de
medicina gratuita em Cuba. Entre a primeira turma de 2005 e 2010,
8.594 jovens doutores saíram da Elam. As formaturas de 2011 e 2012
foram excepcionais com cerca de 8 mil graduados. No total, cerca de
15 mil médicos se formaram na Elam em 25 especialidades
distintas.
A
Organização Mundial da Saúde prestou uma homenagem ao trabalho da
Elam: “A Escola Latino-Americana de Medicina acolhe jovens
entusiasmados dos países em desenvolvimento, que retornam para casa
como médicos formados. É uma questão de promover a equidade
sanitária (…). A Elam (…) assumiu a premissa da “responsabilidade
social”. A Organização Mundial da Saúde define a responsabilidade
social das faculdades de medicina como o dever de conduzir suas
atividades de formação, investigação e serviços para suprir as
necessidades prioritárias de saúde da comunidade, região ou país ao
qual devem servir.
A
finalidade da Elam é formar médicos principalmente para fornecer
serviço público em comunidades urbanas e rurais desfavorecidas, por
meio da aquisição de competências em atendimento primário integral,
que vão desde a promoção da saúde até o tratamento e a
reabilitação. Em troca do compromisso não obrigatório de atender
regiões carentes, os estudantes recebem bolsa integral e uma
pequena remuneração, e assim, ao se formar, não têm dívidas com a
instituição.
No que diz
respeito ao processo seletivo, é dada preferência aos candidatos de
baixa renda, que de outra forma não poderiam pagar os estudos
médicos. Faculdades como a Elam propõem um desafio no setor da
educação médica do mundo todo para que adote um maior compromisso
social.
Com informações da Rede Brasil Atual
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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