Acidentes do trabalho atingem mais de 1 milhão de pessoas anualmente

Somente na cidade de São Paulo morre um motociclista por dia, e a maioria deles está na informalidade


Publicação: 17/01/2008
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             São considerados acidentes do trabalho aqueles que ocorrem durante o serviço (típicos) ou no trajeto entre a residência e a empresa, além das doenças ocupacionais. De acordo com dados de 2006, quando foram registradas cerca de  504 mil ocorrências, os acidentes típicos representaram 80% do total, os de trajeto 14,7%, e as doenças ocupacionais 5,3%.

              De acordo com Marco Antonio Gomes Perez, coordenador-geral da área técnica de saúde do trabalhador do Ministério da Saúde, os dados referem-se apenas aos trabalhadores com carteira assinada e que, por isso, estão cobertos pela Previdência Social. "Sem registro, não há como caracterizar um acidente do trabalho. Daí vem a subnotificação." Ele cita como exemplo os empregados da construção civil – metade dos quais, segundo estimativas do próprio sindicato das empresas do setor, é informal – e os motoboys. "Somente na cidade de São Paulo morre um motociclista por dia, e a maioria deles está na informalidade.

              São números que não chegam às estatísticas." Se, por um lado, a informalidade restringe o acesso à cobertura previdenciária – segundo Perez, apenas 30,4% da população economicamente ativa tem carteira de trabalho assinada –, a falta de dados confiáveis impede que se faça um trabalho eficiente nas áreas de risco. "O Sistema Único de Saúde (SUS) vem procurando fazer com que os acidentes e doenças do trabalho tenham maior reconhecimento pelos profissionais da área, uma vez que grande parte dos atendimentos não gera informações sobre a saúde do trabalhador.

            "A preocupação é compartilhada pela médica Maria Maeno, pesquisadora da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), instituição ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego e voltada para o estudo das condições dos ambientes laborais. "Os médicos, tradicionalmente, não se preocupam em diagnosticar a origem ocupacional da doença.

              Eles tratam a enfermidade, mas não a relacionam com a causa", afirma. Em sua opinião, é preciso que os profissionais da saúde tenham consciência do papel social que exercem. "Quando identificam a origem ocupacional do agravo, o trabalhador passa a ter uma série de direitos. Além disso, torna-se possível traçar um quadro mais real dos motivos de afastamento", acrescenta.

             De acordo com Maria Maeno, um dos setores que mais afastam trabalhadores por doenças ocupacionais é o bancário. "O ritmo intenso de atividade, a pressão a que estão submetidos, o enxugamento do quadro de funcionários e as ameaças de penalização levam os bancários a adoecer com muita freqüência", finaliza.

Fonte: Revista Problemas Brasileiros -edição janeiro 2008 (matéria editada por Viviane Barbosa)   

 



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