Leia
no Portal CNTT-CUT o artigo do presidente nacional
da CUT, Artur Henrique, que faz uma análise da aposentadoria
no Brasil, destacando que no Dia Nacional do Aposentado,
celebrado no último dia 24 de janeiro, não há muito que comemorar.
“Os brasileiros e brasileiras neste ano não terão aumento acima da
inflação e não houve conquistas na política permanente da
valorização da aposentadoria”, disse. Leia o artigo na
íntegra.
Infelizmente, neste Dia Nacional do Aposentado falta uma boa
notícia que pudesse dar novo significado e alegria à data. Os
brasileiros e brasileiros que ganham aposentadorias acima de um
salário mínimo não terão aumento acima da inflação neste ano e,
pior, não conquistamos ainda uma política permanente de valorização
das aposentadorias e pensões.
Nada de desânimo, entretanto. A CUT continua empenhada e pressiona
governo e congresso nacional para modificar essa situação.
A proposta que defendemos para recuperar o poder de compra das
aposentadorias acima de um salário mínimo – aproximadamente 34% de
todo o universo de aposentados no Brasil – tem como referência a
política de valorização permanente do salário mínimo que está em
vigor desde o final de 2006 e que vem sendo um dos principais
instrumentos de distribuição de renda e de dinamização da
economia.
Queremos estabelecer um processo em que as aposentadorias acima do
mínimo sejam atualizadas todo o ano com base na soma de dois
elementos: a inflação do período mais um percentual do crescimento
do PIB. Assim, como ocorre com o salário mínimo, o crescimento da
economia será repartido com as aposentadorias e pensões e permitirá
aumentos reais.
Na outra ponta da valorização das aposentadorias e pensões, a CUT
defende a criação de uma política que garanta acesso a todos os
idosos, em qualquer ponto do Brasil, de serviços essenciais como
medicamentos, assistência médica, transporte e lazer. A elaboração
dessa política deve ser, em nosso entendimento, negociada entre as
centrais, as entidades representativas dos aposentados e o governo
federal.
Acreditamos que essas duas propostas, combinadas entre si e
transformadas em lei que lhes dê permanência, superam com muito
mais vantagens a proposta de um aumento pontual, limitado a um
único ano, como apressadamente algumas entidades defenderam meses
atrás.
Não há uma única oportunidade em que nos encontramos com
representantes do governo ou do congresso que nós não cobramos uma
nova atitude para com as aposentadorias acima de um salário mínimo.
Nas manifestações e atos políticos que vamos realizar durante este
ano, com certeza incluiremos essa reivindicação em nossa pauta.
Você pode nos ajudar enviando mensagem para os parlamentares em que
votou (os endereços podem ser encontrados em
http://www2.camara.gov.br/ e http://www.senado.gov.br/) e para o
ministério da Fazenda, o principal responsável pelos cofres do
governo (os telefones e o endereço de email podem ser encontrados
em www.fazenda.gov.br).
Artur Henrique, presidente da CUT Nacional
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
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