Confira no
Portal da CNTT-CUT, a homenagem da Federação Nacional dos
Portuários (FNP-CUT) que narra a história dos portos, destacando
que foi a Inglaterra que solicitou a abertura dos portos
brasileiros como condição para apoiar a fuga da família real.
Passados 200 anos, por meio de decreto real, os portos
brasileiros foram abertos a todas as nações amigas que quisessem
comercializar com a Colônia, fato que foi considerado o primeiro
grande passo para a independência política e econômica do Brasil,
apesar do domínio inglês. Leia mais a seguir:
No
século XIX, Napoleão Bonaparte, imperador da França, exercia seu
domínio militar sobre toda a Europa. A única potência que ainda
fazia frente ao seu poderio era a Inglaterra. Donos de uma poderosa
frota naval, os ingleses o derrotaram na Batalha de Trafalgar, em
1805.
Para enfrentar
a Inglaterra, Napoleão decretou um bloqueio, que consistia em
mantê-la isolada em sua ilha, sem contato comercial com outras
nações. Nenhum país poderia comercializar com a Inglaterra, sob a
ameaça de represália militar francesa. Como Portugal sempre foi um
dos principais parceiros comerciais da Inglaterra, não desejava
respeitar o bloqueio. Assim, aconselhada pelos ingleses, a família
real portuguesa mudou-se com toda a corte para o Brasil. Em 1807,
logo após a partida da família real, Napoleão invadiu
Portugal.
Os
portugueses não tinham como se defender dos franceses, precisavam
da proteção dos ingleses. Por isso, a Inglaterra solicitou a
abertura dos portos brasileiros como condição para apoiar a fuga da
família real. Portugal teve, então, de assinar um tratado que
taxava em 15% as mercadorias dos navios ingleses.
O
Imposto aplicado aos ingleses era menor que aquele aplicado às
outras nações, incluindo Portugal. Assim, o comércio brasileiro
ficou entregue aos ingleses durante muito tempo.
No
ano de 1808, por meio de decreto real, os portos brasileiros foram
abertos a todas as nações amigas que quisessem comercializar com a
Colônia, fato que foi considerado o primeiro grande passo para a
independência política e econômica do Brasil, apesar do domínio
inglês.
28 de
janeiro
Esta é a
história antiga e oficial, de lá para cá as coisas mudaram e muito.
Todo o sistema portuário nacional mudou com a Promulgação da Lei
8.630 em 28 de Janeiro de 1993, justamente neste dia. Segundo
a FNP-CUT,
já
são dezenove anos de muita luta e persistência.
Os
portuários enfrentaram profundas mudanças nas relações de trabalho
com o advento da conteinerização das cargas, implantação de
equipamentos modernos, privatização das operações portuárias,
figura do Operador passando a ser titular das operações portuárias,
foi possível definir o modelo de contratação dos trabalhadores
e responsáveis pela Gestão de Mão de Obra Avulsa com a
criação dos Ogmos, e com as Administrações Portuárias passando a
contar com os Conselhos de Autoridade Portuária (CAP), entre
outras.
Os
profissionais dos portos trabalham como avulsos e
empregados, usam luvas e
capacetes, carregam e descarregam mercadorias, dirigem guindastes e
empilhadeiras, conferem e pesam cargas, movimentam contêineres
dentro e fora dos navios, fiscalizam a entrada e saída de
mercadorias e passageiros, também cuidam da manutenção dos
equipamentos, da segurança patrimonial do trabalho e do meio
ambiente, da atracação dos navios, no controle alfandegário, na
gestão portuária elaborando projetos de construção e no
melhoramento da infraestrutura, e até mesmo, quando aposentados,
continuam trabalhando como vigilantes, nas cercanias dos portos
brasileiros.
O
trabalho da categoria é muito importante, pois é por meio dos
portos brasileiros que se faz o comércio interno e externo no País,
que contribui para a geração de empregos e renda.
“Nossa
merecida homenagem a todos e a todas que com muita dedicação e
garra constroem o dia a dia portuário no nosso País.”,
direção da FNP.
Com informações da Federação Nacional dos Portuários
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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