As ministras
da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Iriny Lopes, e a
da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, defenderam
a previsão de medidas de combate à discriminação no Plano Nacional
de Educação (PNE), durante a audiência da comissão especial, na
Câmara dos Deputados, realizada no dia 1º de junho. A audiência foi
destinada a analisar a proposta que cria o Plano Nacional de
Educação (PNE - PL 8035/10), com metas do setor para os próximos
dez anos.
Segundo Iriny Lopes, o respeito à pluralidade deve ser incentivado
no ambiente escolar. “As crianças começam, desde pequenas, a
naturalizar algo que não é natural, que é a discriminação entre
homens e mulheres, entre raças, entre orientações sexuais. As
futuras gerações precisam ser trabalhadas contra a discriminação”,
argumentou.
Em sua apresentação, a ministra da SPM disse que apesar de as
mulheres terem mais acesso à educação que os homens, elas ainda
enfrentam discriminação na escola e no mercado de trabalho. Também
ressaltou que a remuneração das trabalhadoras ainda é muito
inferior a dos trabalhadores. Além disso, segundo ela, os cursos
superiores mais frequentados por mulheres, na maioria dos casos,
reproduzem a função tradicional de cuidadora e não permitem o
acesso a profissões mais valorizadas pelo mercado.
Escolaridade
Hoje, as mulheres acumulam, em
média, 7,4 anos de estudo e os homens, 7 anos. Elas ocupam também
56,9% das vagas na universidade e na pós-graduação. “Apesar disso,
temos a cultura de tratar de forma diferente os dois gêneros. E
isso se reproduz na família e na escola”, afirmou a ministra da
SPM.
Para diminuir a discriminação de gênero, a ministra propôs algumas
mudanças no projeto do plano. Entre elas: inserção de conteúdos
relacionados às relações de gênero, etnico-raciais e de orientação
sexual na formação de professores e funcionários das escolas;
inclusão desse tema nas diretrizes curriculares dos colégios e nos
livros didáticos; estímulo à produção acadêmica sobre esse tópico;
e fomento à participação das mulheres em cursos de graduação e
pós-graduação de Engenharia, Matemática, Física, Química,
Matemática e outros campos da Ciência.
Para Luiza Bairros, da Seppir, o percentual de analfabetismo entre
os negros é mais que o dobro do identificado entre os brancos. Ao
se analisar o acesso ao ensino superior, o dado é inverso: a
proporção de brancos que chegam ao ensino superior é o dobro da
proporção de negros que fazem um curso de graduação. Na média,
segundo ela, os negros mantêm há anos um déficit de dois anos de
estudo se comparados aos brancos.
Segundo a ministra da Seppir, é preciso adotar medidas educacionais
que acelerem a igualdade de condições entre os dois grupos. Entre
as sugestões apresentadas, estão: a geração de indicadores com
desagregação de dados para avaliação dos impactos da educação na
desigualdade racial; e a prioridade no atendimento dos grupos
étnicos excluídos nas políticas de ensino profissionalizante.
Fase de emendas
A proposta que estabelece o
PNE tramita em caráter conclusivo na Câmara. Segundo o relator da
proposta, Angelo Vanhoni (PT-PR), já foram apresentadas mais de 600
emendas à proposta. Vanhoni explica que, até julho, o colegiado
deverá organizar uma série de debates sobre a educação no País. A
expectativa é que o relatório sobre a proposta seja apresentado até
o final de agosto.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL
Boletim Online