Um dos
convidados do Seminário Nacional “Transportando o
Desenvolvimento e a Inclusão Social” da CNTT-CUT,
realizado na sede da Contag em Brasília, foi o deputado federal do
PT-SP, Vicente Paulo da Silva (Vicentinho) que participou no
segundo dia, 27, e socializou com os dirigentes seus projetos de
lei que beneficiam os trabalhadores em transportes. Alguns deles
são o que regulamentam a profissão agente de bordo – em Sorocaba os
rodoviários conquistaram a contratação destes trabalhadores nas
linhas de ônibus da cidade -- e a jornada semanal de trabalho dos
caminhoneiros. Outros temas abordados foram as normas e
procedimentos do Ministério do Trabalho e Emprego no que
se referem ao registro sindical e à atualização de cadastro,
que foram apresentadas pelos assessores da Secretaria Nacional de
Organização da CUT. Logo após as
apresentações, os dirigentes debateram as principais propostas para
fortalecer as lutas dos trabalhadores em transportes de todo o
País.
Na
sua exposição, o presidente do SINA-CUT, Francisco Lemos, elogiou a
CNTT pela iniciativa de promover um Seminário com todos os
sindicatos filiados e disse que “quando os aeroportuários fazem uma
paralisação ela ganha destaque com o apoio e solidariedade dos
rodoviários”. O sindicalista ficou irritado com as matérias
veiculadas pela grande imprensa sobre a ameaça de privatização dos
aeroportos brasileiros. “Esta é mais uma tentativa de golpe da
imprensa neoliberal que deseja que apenas a classe média e alta
tenham acesso ao transporte aéreo. Eles batem na tecla de que os
nossos aeroportos são precários e não tem infraestrutura. Isso não
é verdade. Os nossos aeroportos têm infraestrutura, no entanto, não
são utilizadas adequadamente”, frisa.
Lemos ainda questionou que se a
privatização realmente fosse boa, por que mais de 80% dos
aeroportos no mundo são públicos, um exemplo claro são os Estados
Unidos, onde todos os aeroportos são 100%
públicos.
O
presidente do SINA-CUT disse que com vinda da Copa do Mundo ao
Brasil a aviação está crescendo ao ritmo de 20% ao ano e os
desafios dos trabalhadores estão no seguinte tripé: resgatar a
satisfação do usuário; garantir a participação ampla dos
trabalhadores nas decisões governamentais e o Estado tem que
assumir o seu papel. O diretor do SINA e Secretário de Comunicação
e Imprensa da CNTT, Célio Barros, também participou dos debates.
Bandeiras
de lutas
O Secretário de Combate à
Discriminação Racial da CNTT-CUT e diretor do Sindicato dos
Ferroviários do Rio de Janeiro, Walmir de Lemos (Índio) manifestou
preocupação com as concessões das linhas ferroviárias para a
iniciativa privada e citou que a privatização da Transnordestina
acarretou na demissão de cerca de 100 trabalhadores. Ele também
disse que as privatizações nas linhas de trens que aconteceram no
Estado do Rio apenas pioraram ainda mais o transporte diário. “A
meta era atender mais de 1 milhão de passageiros, mas hoje são
atendidas de forma precária cerca de 500 mil por dia. Faltam
investimentos e as condições de trabalho dos funcionários são
ruins”, explicou.
O diretor do Sindiviários e Secretário Nacional da Juventude da
CNTT, Alfredo Colletti, destacou a relevância do trabalho dos
trabalhadores viários (conhecidos em São Paulo como marronzinhos) e
salientou que a sua função não se limita à aplicação de multas. “O
sistema viário no trânsito existe há 30 anos. Nos últimos anos por
incompetência dos governos que não souberam projetar as vias,
as principais conseqüências foram o aumento drástico do trânsito
nas capitais. Isso é reflexo da ausência de um sistema de
transporte de qualidade. O trânsito piorou de 1992 para cá e o
rodízio não resolveu o problema. Estima-se que seis milhões de
carros trafegam diariamente em São Paulo, no entanto, deste total,
2,5 milhões circulam com algum problema. É preciso construir um
novo sistema eficiente para o transporte coletivo”, explicou.
O dirigente colocou como proposta de luta da CNTT-CUT a
regulamentação do adicional de pericolosidade, que hoje atingiria
100% dos trabalhadores de todo o Brasil. O Secretário Nacional de
Administração/Finanças da CNTT-CUT, Deladier Nunes de Alencar, e
dirigente da Federação Norte/Nordeste enfatizou as principais
reivindicações da categoria rodoviária cutista. Ele citou, como
exemplos de lutas, a redução da Jornada de Trabalho, sem redução no
Salário (a proposta é que a jornada diária
seja de 6h para motoristas, cobradores e para trabalhadores
das áreas administrativas); a regularização da profissão do
cobrador; o retorno da aposentadoria especial para o motorista; o
combate às linhas clandestinas/cooperativas e a realização
de um debate sobre as licitações interestaduais. “Há 20
anos estamos debatendo a importância da regularização da profissão
do cobrador. Precisamos combater os clandestinos que não
pagam impostos e também não pagam os direitos dos trabalhadores”,
salientou.
O
vice-presidente da CNTT-CUT e presidente da Federação Nacional dos
Portuários (FNP), Eduardo Guterra, elogiou a Direção da CNTT, em
especial o presidente Paulinho, pela iniciativa de trazer a sede da
Confederação para Brasília. “Defendemos que a gestão dos portos
brasileiros seja profissional. Tem que acabar com a politicagem de
nomeações de cargos dentro das empresas públicas. Precisamos
de uma gestão séria e profissional para vencer estes
obstáculos. Também é fundamental exigirmos
contrapartidas sociais, como a manutenção dos empregos, das
estatais/empresas que utilizam verbas públicas para investir
nos portos”, finalizou.
Acesso a
galeria de imagens do Seminário no nosso
flickr
Viviane
Barbosa, editora do Portal da CNTT-CUT com imagens de Marcelo
Lima
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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