O pré-sal e o tsunami na geopolítica do petróleo

Leia no portal da CNTT a opinião de João Antônio de Moraes, coordenador da Federação Única dos Petroleiros(FUP).


Publicação: 28/03/2011
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Uma nova ordem mundial começa a alterar a geopolítica do petróleo e, mais do que nunca, precisamos tratar o pré-sal como uma riqueza extremamente estratégica. O acidente nuclear no Japão, as mudanças políticas no Norte da África e no Oriente Médio e a visita de Barack Obama ao Brasil são fatos correlatos que colocam em alerta os movimentos sociais na defesa da nossa soberania energética.
O tsunami japonês varreu, pelo menos temporariamente, os planos de expansão nuclear dos países que apostam nesta fonte de energia como principal alternativa para reduzir a dependência de hidrocarbonetos (óleo e gás). A tendência é que esses recursos se tornem cada vez mais estratégicos para saciar a fome de energia do planeta. Hoje os combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás) já são responsáveis por mais de 80% da matriz global. As estimativas da Agência Internacional de Energia são de que o consumo de petróleo continue aumentando, ultrapassando nos próximos dez anos a marca de 100 milhões de barris por dia.
Em função disso, já estamos assistindo à corrida das principais nações em busca por novas fronteiras produtoras de petróleo e gás para garantir suas necessidades de abastecimento. Não por acaso, o Brasil foi o primeiro pouso de Barack Obama na América Latina. Por trás de sua "cordial" visita, estão intenções nada amistosas. Os Estados Unidos são o maior consumidor de petróleo do planeta e também o país mais vulnerável em meio à onda de revoltas que assola o Norte da África e o Oriente Médio.
Em troca de petróleo, o império norte-americano tem apoiado e sustentado ditaduras e governos autoritários, intervindo militarmente nesses países sempre que seus interesses são confrontados. É o que está acontecendo agora na Líbia, da mesma forma como aconteceu no Irã, no Iraque e no Afeganistão. Mas as movimentações de peças no tabuleiro de xadrez do mundo árabe levam os analistas políticos a acreditarem que uma nova coalizão de forças colocará em xeque a posição confortável que os Estados Unidos usufruíam na região até então.
Para que Washington diminua sua dependência do Oriente Médio e do Norte da África, o Brasil é a bola da vez. Com o pré-sal, nosso país será um dos três maiores produtores de petróleo do planeta e é de olho nesta riqueza que os Estados Unidos vêm tentando fechar acordos e parcerias com o governo brasileiro e a Petrobrás. A FUP e os movimentos sociais são contrários à tese de que o pré-sal deve fazer do Brasil um grande exportador de petróleo. Queremos que este estratégico recurso seja explorado e investido de forma sustentável para desenvolver toda a sua cadeia produtiva. Desde a construção de navios e plataformas até a indústria petroquímica e plástica.
É desta forma que o país irá gerar emprego e renda e não exportando petróleo cru para abastecer países ricos, como os Estados Unidos, que durante décadas exploram e usufruem de recursos energéticos alheios para sustentar seus absurdos níveis de consumo. O pré-sal, como disse a presidenta Dilma, é o passaporte para que as gerações futuras tenham um país desenvolvido, com oportunidades para todos. Mas isso só será possível investindo na cadeia produtiva do petróleo aqui no Brasil, fomentando a indústria nacional, gerando emprego e renda para milhões de brasileiros.

Por João Antônio de Moraes, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP)

 



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