Confira no
Portal CNNT o artigo do presidente nacional da
CUT, Artur Henrique, em que ele defende uma correção da tabela do
IR para desonerar os novos salários. Artur lembra que em 2006 a CUT
também conseguiu conquistar a correção. O tema já foi encaminhado
ao Ministro de Planejamento. Leia abaixo na
íntegra.
(Foto
Parizott:III
Marcha Nacional, em 2006, mobilização para correção da tabela do
IR)
Para
desonerar salários, CUT quer nova correção da tabela do IR. Mudança
teve início em 2006, por
iniciativa nossa
O movimento sindical cutista, com participação das demais centrais,
iniciou na última quinta-feira um processo de negociação para
manter e se possível ampliar a correção da tabela do imposto de
renda já no ano que vem.
Com nova correção da tabela, queremos que aumente o número de
assalariados isentos e que também diminua, para o maior número
possível de trabalhadores, a porcentagem a ser paga.
Essa proposta foi levada por nós aos ministros do Planejamento,
Paulo Bernardo, e da Previdência, Carlos Gabas. Eles afirmaram que
a negociação em torno do tema está oficialmente aberta.
Nós vamos conseguir essa mudança.
Já conseguimos no final de 2006, no mesmo instante em que fechamos
com o governo Lula o acordo que criou a política permanente de
valorização do salário mínimo.
Naquele momento, argumentamos que deveríamos alterar a tabela do
imposto de renda, mudando as faixas de contribuição também com o
objetivo de evitar que as categorias profissionais que conquistavam
bons aumentos de salário vissem seus ganhos se diluírem no
pagamento de IR.
Este último é um dos principais argumentos para retomarmos o
debate.
Outra razão é a oportunidade. Naquele acordo que fechamos em 2006,
já estava previsto que a correção da tabela do IR seria revista
para 2011.
O acordo em vigor atualmente corrigiu a tabela em 4,5%. Esse
percentual é o mesmo do centro da meta de inflação estipulado pelo
governo federal.
Desde 2006, portanto, o limite de isenção e a linha de corte de
cada faixa são corrigidos em 4,5% todo o ano. Por exemplo: no
início de 2010, ficou desobrigado de pagar IR quem ganha até R$
1.499,15 por mês. Um ano antes, a isenção era para quem ganhava até
R$ 1.434,59 por mês (diferença de 4,5%).Confira
como está a tabela atualmente (até 31 de dezembro):
Vamos
insistir para que o percentual de correção se
amplie.
Esta será apenas uma das medidas
necessárias para continuarmos pressionando por uma profunda mudança
na estrutura tributária do Brasil. Temos uma estrutura muito
regressiva, em que os que ganham menos pagam mais e os que ganham
mais, pagam menos.
A correção da tabela – embora uma conquista
do movimento sindical que devemos sempre valorizar – não
basta.
Artur
Henrique é presidente Nacional da CUT.
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